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Obesidade: crianças de 1 a 2 anos são as mais afetadas
A obesidade é caracterizada pelo excesso de gordura corporal e é considerada uma doença crônica. Além disso, é um fator de risco para várias enfermidades não transmissíveis, como diabetes, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer. A condição afeta 65,5% da população e, só em 2021, foi responsável por 2,8 milhões de mortes nas Américas, segundo o Ministério da Saúde.
Obesidade infantil
O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI), de 2019, revelou que em crianças de 1 a 2 anos a prevalência de excesso de peso é maior que nas outras faixas etárias. As causas para a obesidade constituem um conjunto de fatores, entre eles a predisposição genética associada a hábitos de vida que favorecem o ganho de peso.
Crianças e adolescentes com obesidade podem ter a saúde física e mental afetada. Como explica a médica endocrinologista Julienne Angela Ramires de Carvalho, “quando falamos da saúde física, temos problemas ortopédicos articulares, deformidades ósseas, dificuldades respiratórias e distúrbios do sono. Ao longo do tempo, podem surgir problemas circulatórios, cardíacos e diabetes. Até problemas de pele podem ser causados pela obesidade”, pontua.
A médica também destaca que crianças e adolescentes com a doença têm maior predisposição à ansiedade e depressão, e podem ser vítimas de bullying.
Papel dos pais na prevenção
A prevenção da doença é papel dos pais e responsáveis. “O recomendado é que a futura mãe engravide com um peso próximo ao recomendado para a sua altura. Durante a gestação também é importante evitar o ganho excessivo de peso. Isso pode predispor ao desenvolvimento da obesidade infantil”, frisa a médica.
O aleitamento materno também pode prevenir a doença. Até os 6 meses de vida, o leite da mãe deve ser o único alimento consumido pela criança, pois contém tudo o que o bebê necessita para desenvolver-se de forma saudável. À medida que a criança cresce, deve-se estimular brincadeiras e atividades que incentivem movimentos físicos.
A especialista ainda alerta para os hábitos alimentares. Os alimentos ultraprocessados, como bolacha, suco de caixinha, bolo industrializado, refrigerante e salgadinho, devem ser evitados. A preferência deve ser por alimentos in natura, como arroz, feijão, carne, verdura, legume, ovo e fruta.
“É importante que os pais ou responsáveis não só tentem controlar a alimentação do filho, mas que eles mesmos tenham hábitos alimentares saudáveis e que incluam a prática de atividade física e brincadeira ao ar livre. O tempo em que a criança usa os meios eletrônicos também precisa ser controlado, pois o excesso pode agravar ou aumentar o risco de obesidade”, finaliza.
Serviço de Endocrinologia
O Serviço de Endocrinologia do Hospital Pequeno Príncipe atende crianças e adolescentes com doenças relacionadas às glândulas tireoide, hipófise, suprarrenais, gônadas, paratireoides e pâncreas, que incluem obesidade, diabetes e doenças metabólicas. O serviço também é referência para o atendimento de enfermidades ósseas raras, como a osteogênese imperfeita, conhecida como doença dos ossos de vidro, raquitismo e displasias ósseas.
- Confira, no vídeo a seguir, como diferenciar a obesidade do sobrepeso:
O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).