Radiologia Intervencionista Pediátrica - Hospital Pequeno Príncipe

Radiologia Intervencionista Pediátrica

A radiologia intervencionista é uma especialidade que utiliza métodos de imagem para guiar procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, realizados por meio de agulhas e cateteres (dispositivos médicos em forma de tubo), com o objetivo de tratar e diagnosticar doenças de alta complexidade de diversas áreas da medicina. O Serviço de Radiologia Intervencionista Pediátrica do Hospital Pequeno Príncipe é o único exclusivamente pediátrico do Brasil, realizando por ano aproximadamente 400 procedimentos.

Os casos atendidos pelo serviço são, geralmente, complexos, envolvem abordagem multiprofissional e necessitam de um plano terapêutico. Na instituição, a especialidade trabalha em conjunto com os serviços de Transplante Hepático, Cirurgia Pediátrica, Nefrologia, Cirurgia Vascular, Oncologia e Hematologia e Ortopedia. No Brasil, somente cinco médicos são associados à Sociedade Mundial de Radiologia Intervencionista Pediátrica (Society for Pediatric Interventional Radiology – SPIR, na sigla em inglês), e dois deles atuam no Pequeno Príncipe.

Atualmente, a equipe da instituição é formada por dois médicos radiologistas intervencionistas e um radiologista, que trabalham em interface com outros profissionais, como técnicos de radiologia, anestesiologistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, pediatras, cirurgiões e nutricionistas.

Como os procedimentos são feitos

A radiologia intervencionista utiliza dois métodos de acesso: via percutânea (punção na pele para acessar órgãos e tecidos) e via endovascular (nos vasos sanguíneos). O grande diferencial do serviço, além de garantir um procedimento minimamente invasivo, é permitir que a criança ou o adolescente saia da cirurgia sem grandes cicatrizes, além de reduzir o tempo de recuperação, com menos dor no pós-operatório e menor risco de complicações.

Para guiar os cateteres, stents, molas e drenos, são utilizados métodos de imagem. No Pequeno Príncipe, eles podem ser realizados em aparelhos de tomografia, ultrassom e angiógrafo (aparelho de hemodinâmica). A escolha do equipamento varia de acordo com o diagnóstico de cada paciente e conforme cada procedimento, analisando partes do corpo em tempo real de forma minimamente invasiva.

A seguir, confira as áreas de atuação da radiologia intervencionista pediátrica do Pequeno Príncipe.

Tratamento de malformações vasculares

São alterações no desenvolvimento dos vasos sanguíneos, que são classificadas pela natureza dos vasos – capilares, linfáticos, venosos e arteriais – ou pelo tipo de fluxo – rápido ou lento – dentro da área de formação anormal. As malformações vasculares estão presentes, geralmente, ao nascimento, mas em alguns casos se desenvolvem na infância.

Outra característica dessas malformações é que elas não manifestam redução espontânea se não tratadas. Além disso, podem apresentar momentos de aumento durante o desenvolvimento. Procedimentos como esse podem, então, transformar vidas.

Biópsias percutâneas: diagnóstico e tratamento

No Pequeno Príncipe, grande parte das biópsias percutâneas – quando um material é coletado por meio de uma agulha acoplada a uma seringa – é solicitada pelas especialidades de ortopedia, oncologia e hematologia. A técnica rápida e segura possibilita a retirada de células, lesões nos órgãos ou nódulos sem grandes cortes.

Transplante hepático: pré e pós-operatório

A especialidade de radiologia intervencionista está diretamente ligada à especialidade de transplante hepático, pois auxilia no pré e no pós-operatório, além da existência de uma normativa do Sistema Único de Saúde (SUS) que exige um serviço de radiologia intervencionista para que transplantes de fígado sejam feitos. Antes do procedimento cirúrgico, os radiologistas intervencionistas realizam biópsias para identificar distúrbios ou doenças no fígado.

Embolização do ducto torácico

A intervenção de “fechamento” é realizada em casos de quilotórax, que é um distúrbio anatômico e funcional do sistema linfático – que permite o fluxo de líquido entre as células e o sangue –, caracterizado pelo acúmulo de linfa, um líquido rico em lipídios, resultando em um inchaço dos vasos.

O procedimento de embolização ocorre via punção no ducto torácico, que é o maior vaso linfático do corpo humano, quando cateteres navegam no interior do vaso e, com auxílio de contraste, é possível identificar o defeito. Por meio de liberação de um stent, o fechamento é realizado.

Para saber mais sobre as áreas de atuação do Serviço de Radiologia Intervencionista Pediátrica do Hospital Pequeno Príncipe, clique aqui.

Histórico

  • O Serviço de Radiologia Intervencionista Pediátrica do Hospital Pequeno Príncipe foi formalizado no final de 2019, em conjunto com a reestruturação do Serviço de Transplante Hepático.
  • Em 2020, o serviço passou a trabalhar com outras especialidades da instituição.
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Atendimento

SUS, convênios, particular e teleconsulta (SUS e particular)

Telefone: (41) 3514-4141
Atendimento: nas sextas-feiras, das 10h às 12h
Endereço: Av. Iguaçu, 1.458

Equipe

  • Dr. Adilson Girotto de Oliveira

    Dr. Adilson Girotto de Oliveira

    CRM-PR 25417

    Médico Radiologista

  • Dr. Helder Groenwold Campos

    Dr. Helder Groenwold Campos

    CRM-PR 30266

    Radiologista intervencionista pediátrico

  • Dr. Pedro Henrique Batista Santini

    Dr. Pedro Henrique Batista Santini

    CRM-PR 30678

    Radiologista intervencionista pediátrico

A especialidade em números (2022)

  • 42

    consultas

  • 400

    procedimentos realizados