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Como cuidar da saúde mental na infância e adolescência?

Neste Janeiro Branco, o Hospital Pequeno Príncipe chama atenção de pais e responsáveis sobre como cuidar da saúde mental na infância e adolescência. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde mental é um estado de bem-estar emocional e psicológico. Por meio disso, o indivíduo é capaz de fazer uso de suas habilidades emocionais e cognitivas para desenvolver suas funções sociais e de responder às solicitações comuns da vida cotidiana.
A coordenadora do Serviço de Psicologia do Hospital Pequeno Príncipe, Angelita Wisnieski da Silva, lembra que crianças e adolescentes tendem a ser mais vulneráveis ao sofrimento, porque estão em pleno processo de desenvolvimento dos seus recursos internos para lidar com as dificuldades. “Ou seja, ainda estão aprendendo a como ser enquanto humanos no mundo, nas relações e nos conflitos. Por isso, precisam de mais apoio de suas redes familiar, escolar, comunitária e de amigos”, explica.
Ainda de acordo com a especialista, crianças e adolescentes podem apresentar problemas emocionais como qualquer adulto. “Entretanto, é preciso atenção para diferenciar um quadro psicopatológico das vivências entendidas como normais da vida. Episódios de tristeza ou a ansiedade frente a algo novo ou desconhecido é diferente de estados intensos e persistentes, que atrapalham ou dificultam a rotina e podem indicar uma doença mental que exige tratamento profissional”, considera.
Como cuidar da saúde mental na infância e adolescência?
A psicóloga indica algumas atitudes que devem ser consideradas por um adulto que podem ajudá-lo a interagir com crianças e adolescentes na busca de equilíbrio para a saúde mental. Afinal, pais e responsáveis são, antes de tudo, referência e modelo para as crianças e adolescentes.
- Cuidar da própria saúde mental é o básico para conseguir ser uma boa referência de saúde para a criança e para o adolescente.
- Estar atento à criança e ao adolescente em relação às suas necessidades de afeto e presença e às particularidades de cada faixa etária.
- Mostrar disponibilidade para ajudar quando a criança ou o adolescente demonstrar precisar de ajuda ou quando der sinais de que necessite falar de algo que o incomode;
- Ouvir e acolher sem julgamentos e sem repreensão.
- Questionar para ajudar a própria criança ou adolescente encontrar estratégias de enfrentamento de seu sofrimento.
- Oferecer orientações.
- Respeitar o tempo de privacidade e intimidade da criança, especialmente na entrada na adolescência, certificando-se de que está em ambiente seguro.
- Evitar sobrecarga de atividades, responsabilidades e cobranças sobre a criança.
- Limitar o tempo de uso de telas (celular, computador, televisão…), considerando que essas faixas etárias ainda estão construindo sua capacidade de autorregulação e precisam de ajuda externa para isso.
- Admitir que mesmo um adulto não tem respostas e soluções para tudo e que também pede ajuda para não enfrentar todos os problemas sozinho.
- Promover acolhimento e investir em vínculos de confiança.