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Como a crise climática afeta a saúde infantil?

No Brasil, quase 60% das crianças e adolescentes — cerca de 40 milhões — estão expostos a múltiplos riscos climáticos, segundo o UNICEF. Poluição do ar, enchentes, secas extremas e desastres ambientais não só ameaçam o planeta, mas também a saúde física e mental das novas gerações. Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, que em 2025 chama atenção para a poluição plástica, o Hospital Pequeno Príncipe reforça que cuidar do planeta é cuidar da saúde das crianças.
A crise climática impacta diretamente a saúde infantil, especialmente devido à poluição do ar. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que 99% da população global vive em áreas com ar de qualidade abaixo dos padrões recomendados. “Isso contribui para o aumento de doenças respiratórias como asma, bronquite e infecções pulmonares. E afeta principalmente crianças devido ao seu sistema imunológico ainda em desenvolvimento”, salienta o pneumologista Paulo Kussek, do Hospital Pequeno Príncipe.
A exposição contínua a poluentes pode causar problemas respiratórios imediatos e sequelas no desenvolvimento pulmonar em longo prazo. Além disso, eventos climáticos extremos como enchentes e incêndios podem desencadear estresse pós-traumático, ansiedade e depressão em jovens, evidenciando a interligação entre proteção ambiental e bem-estar físico e emocional das novas gerações.
Sinais de como a crise climática afeta a saúde infantil
A crise climática tem impactos diretos na saúde das crianças. Alterações ambientais como poluição do ar, calor extremo, tempestades intensas e mudanças bruscas de temperatura aumentam o risco de diversas doenças infantis. Entenda os principais sinais de alerta!
Problemas respiratórios
- Sintomas comuns: tosse persistente, chiado no peito, falta de ar, agravamento de asma ou rinite.
- Causa ambiental: exposição à poluição do ar, especialmente em dias de queimadas ou alta concentração de poluentes, que irritam as vias respiratórias sensíveis do público infantil.
Desidratação e insolação
- Sintomas principais: dor de cabeça, tontura, boca seca, cansaço excessivo, vômitos.
- Causa ambiental: exposição prolongada a ondas de calor extremo, que aumentam a perda de líquidos e dificultam a regulação térmica do corpo das crianças.
Alergias de pele e oculares
- Sintomas recorrentes: coceira, vermelhidão na pele, olhos irritados e lacrimejando.
- Causa ambiental: variações climáticas, como clima muito seco ou úmido, podem desencadear dermatites e conjuntivites alérgicas.
Doenças transmitidas por mosquitos
- Sintomas típicos: febre alta, manchas vermelhas no corpo, dores musculares e articulares.
- Causa ambiental: aumento de focos de água parada e temperaturas elevadas favorecem a proliferação de mosquitos transmissores de doenças como dengue, zika e chikungunya, agravados pelas mudanças climáticas e pela falta de saneamento básico.
Como educar e proteger desde cedo?
Apesar do cenário preocupante, ações práticas e educativas podem reduzir os impactos e formar uma geração mais consciente. Nesse sentido, ensinar desde cedo hábitos sustentáveis é essencial. Mostre às crianças como reduzir o lixo, economizar água e energia, evitar o desperdício, usar sacolas reutilizáveis e optar por meios de transporte mais ecológicos. Também incentive o contato com a natureza, o cuidado com plantas e animais. E participe junto delas de ações comunitárias e atividades educativas sobre o meio ambiente.
Para proteger os pequenos, é fundamental evitar atividades ao ar livre em dia com muita fumaça ou poluição, usar máscaras PFF2 quando necessário, manter os ambientes bem ventilados e combater focos de mosquito. Também é essencial escolher roupas leves e protetoras, aplicar repelentes adequados e manter consultas regulares com o pediatra. “Mas o mais importante é garantir uma boa hidratação em vários momentos do dia e proporcionar às crianças um ambiente limpo e saudável para crescerem”, orienta o pneumologista.
O papel do Hospital Pequeno Príncipe nessa causa
Além de ser referência nacional no atendimento de casos de alta e média complexidade de crianças e adolescentes, o Hospital Pequeno Príncipe também é pioneiro em ações ambientais. Nesse sentido, intensificou sua atuação a partir dos anos 2000, tornando-se o primeiro hospital do país mercúrio zero e o segundo do Brasil a compensar suas emissões de carbono. Além disso, é signatário de iniciativas como o Pacto Global, Race To Zero e Programa Empresa Amiga da Mata Atlântica.
A instituição se mantém na vanguarda mundial com projetos de eficiência energética. Em 2024, foi destaque no Children’s Hospital International Executive Forum (CHIEF) como o único hospital a incorporar um índice de saúde ambiental ao seu planejamento estratégico. Também foi reconhecida com a classificação Ouro no Health Care Climate Challenge, premiação internacional concedida pela Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis.
Como próximo passo em sua jornada sustentável, busca a certificação internacional LIFE em Negócios e Biodiversidade, que reconhece organizações comprometidas com a gestão ambiental responsável e a preservação da biodiversidade.
- Confira, no vídeo a seguir, como a instituição luta para mudar este cenário: