Pequeno Príncipe firma parceria para neutralizar as emissões de carbono - Hospital Pequeno Príncipe

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Pequeno Príncipe firma parceria para neutralizar as emissões de carbono

A instituição é o segundo hospital do Brasil, o primeiro pediátrico, a compensar as emissões de gases do efeito estufa com proteção de área na Grande Reserva Mata Atlântica
05/06/2021

O Complexo Pequeno Príncipe firmou uma importante parceria com a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, para garantir a compensação de 822 toneladas de carbono emitidas pelo Hospital em 2019, ano base de cálculo para o projeto. Pioneiro em ações ambientais e de mitigação das emissões de carbono, a instituição se torna a segunda entidade de saúde do Brasil a neutralizar a emissão de gases do efeito estufa (GEE).

A assinatura dessa iniciativa vai compensar as emissões de carbono por meio da proteção e manejo de dez hectares (100 mil metros quadrados) de florestas nativas presentes na Reserva Natural das Águas, mantida pela SPVS no município de Antonina, litoral do Paraná. A área natural faz parte da Grande Reserva Mata Atlântica, maior remanescente contínuo desse bioma. O projeto também contribuirá para manutenção e incremento da biodiversidade local e geração de outros serviços essenciais à vida humana.

As emissões de GEE têm sido apontadas como uma das principais fontes de alterações climáticas do planeta – e, segundo a Health Care Without Harm (HCHW), o setor de saúde representa 4,4% das emissões globais. Ou seja, se o setor global de saúde fosse um país, seria o quinto maior poluidor do clima da Terra.  “Muito mais do que compensar nossas emissões, queremos explicitar nosso compromisso com a saúde da biosfera, pois temos a missão de garantir um legado de sustentabilidade de vida à nossa sociedade. Temos uma relação muito íntima com a saúde, e conservar a natureza é um meio de garantir qualidade de vida à presente e às futuras gerações, e vamos fazer isso por meio deste projeto”, explica José Álvaro da Silva Carneiro, diretor corporativo do Complexo Pequeno Príncipe.

A parceria com a SPVS levou em conta a metodologia própria desenvolvida pela instituição, que consiste em um padrão de compensação voluntária, sem geração de créditos de carbono comercializáveis, e tem como base conceitual a metodologia REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), o conceito de produção de natureza e programas de pagamento por serviços ecossistêmicos.

Para definir o tamanho da área necessária para a compensação, a SPVS possui um método de mensuração e monitoramento da biomassa de carbono montado em suas reservas naturais no litoral do Paraná, que estimou que a cada um hectare (dez mil metros quadrados) da Floresta Ombrófila Densa se compensa em média 152,9tC de carbono. Assim, a compensação é realizada por meio da proteção e manejo de alta qualidade de florestas nativas que já possuem um estoque de carbono consolidado.

Para o diretor-executivo da SPVS, Clóvis Borges, “o adequado entendimento sobre a relação entre as atividades humanas e a dependência dos recursos naturais ainda é um desafio para a maioria dos empreendimentos em todo o mundo”, frisa. “Por essa razão, parcerias pioneiras e exemplares como esta, com o Complexo Pequeno Príncipe, mostram-se como vetores de mudanças e geradores de modelos de como produzir futuro, um exemplo a seguir”, acrescenta.

O Complexo Pequeno Príncipe acredita que a sociedade precisa reconhecer os ensinamentos da pandemia e reagir revendo suas relações com a biosfera e os vulneráveis. “O Pequeno Príncipe quer evidenciar para a comunidade que é possível romper o paradigma entre saber o que se deve fazer e partir para a atitude objetiva de fazer acontecer”, conclui Carneiro.

Sustentabilidade
A iniciativa de compensar carbono faz parte de uma estratégia do Pequeno Príncipe de valorização da sustentabilidade ambiental. Em 2013, quando o Hospital se tornou livre de mercúrio, implementou a gestão ambiental focando na redução do consumo de energia e água e na de geração de resíduos. “Mas nós percebemos que precisávamos e poderíamos fazer mais. Promovemos reciclagem dos restos orgânicos do Hospital. Só em 2020, foram 14 toneladas que transformamos em adubo orgânico e usamos o composto em nosso plantio de chás e em nossa estufa, onde mantemos plantas nativas e medicinais, sendo algumas ameaçadas de extinção. Na Região Norte de Curitiba, cuidamos de um bosque de oito hectares, um importante ‘hotspot’ urbano, na área onde faremos nossa expansão estrutural”, destaca o diretor corporativo do Complexo.

As ervas frescas de diferentes espécies, como capim-limão, erva-cidreira, hortelã e camomila, com adubação orgânica, resultante da reciclagem de resíduos do refeitório do Hospital, viram chás 100% naturais que são servidos aos pacientes. A iniciativa conseguiu reduzir o volume da destinação dos resíduos orgânicos ao aterro sanitário de Curitiba, o que contribui com a diminuição de emissão de gases do efeito estufa, e foi reconhecida pelo Prêmio Amigo do Meio Ambiente 2020, concedido pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.


Sobre a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS)
Desde 1984, a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) realiza ações voltadas à proteção do patrimônio natural no Sul do país. É hoje considerada uma das mais representativas organizações especializadas no tema da conservação da biodiversidade no Brasil com foco no bioma Mata Atlântica, e suas atividades apresentam grande afinidade com a inovação e busca de atendimento a prioridades no campo da conservação.

A SPVS procura estabelecer uma agenda de maior proximidade da sociedade com o tema da conservação, explorando aspectos educativos e de sensibilização sobre a importância do patrimônio natural para o bem-estar e para a solidez e longevidade dos negócios. E desenvolve ainda atividades em parceria com instituições públicas e privadas, sempre visando à exploração de potenciais para mudanças de cenário e resultados em escala.

Crédito da foto: Zig Koch/SPVS

Sobre a Grande Reserva Mata Atlântica
Um dos exemplos de maior relevância no conjunto de programas em desenvolvimento é a iniciativa Grande Reserva Mata Atlântica, que incorpora o conceito de produção de natureza como estratégia, na qual a manutenção de grandes áreas naturais bem conservadas e com presença de espécies emblemáticas, cultura regional e paisagens únicas é um dos vetores para ações de desenvolvimento regional, com a geração de empregos e renda a partir de atividades de turismo de natureza aliado ao turismo cultural e histórico.

A Grande Reserva Mata Atlântica abrange um contínuo de dois milhões de hectares na porção leste do estado do Paraná, adentrando pela Serra do Mar e Planície Costeira pelos estados de Santa Catarina e São Paulo. É o maior e mais bem conservado remanescente do bioma Mata Atlântica do mundo, com a presença de espécies de topo de cadeia como a onça-pintada, anta, águias, além de espécies endêmicas, como o mico-leão-de-cara-preta e o papagaio-da-cara-roxa.

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