Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe ganha mais uma unidade

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Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe ganha mais uma unidade

Novo espaço conta com mais sete laboratórios e equipamentos de grande porte e pretende aprimorar a qualidade dos 124 estudos em andamento
20/11/2023
Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe
A nova unidade do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe conta com uma área de 450 metros quadrados.

A terceira unidade do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe foi inaugurada na sexta-feira, dia 17, no bairro Cabral, em Curitiba (PR). O novo espaço conta com uma área de 450 metros quadrados, que abriga mais sete laboratórios e equipamentos de grande porte que o atual não comporta. Com a nova estrutura, os 124 estudos científicos em andamento terão um ganho de qualidade.

Além dos laboratórios multiusuários, destinados à realização de diferentes experimentos, há ainda dois laboratórios de cultivo celular para ensaios in vitro, o Laboratório de Produtos Naturais para identificação de novos princípios ativos e laboratórios de cromatografia e proteômica, que irão compor o parque tecnológico do Instituto. Esses dois últimos vão permitir o desenvolvimento de novas pesquisas aplicadas à assistência.

O principal estudo pretende descobrir quais são os fatores relacionados à resposta terapêutica a determinados medicamentos – utilizados principalmente no tratamento oncológico – por meio da investigação de biomarcadores no proteoma dos pacientes. Outro estudo, complementar, desenvolverá protocolos para monitorar a concentração de medicações no sangue, permitindo rápido ajuste de dose, evitando concentrações subterapêuticas sem efeito ou concentrações supraterapêuticas, com potenciais efeitos tóxicos. Em ambos os casos, o objetivo será oferecer aos pacientes um tratamento individualizado e assertivo.

O Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe

Criado em 2006, o Instituto passou a fazer parte, junto com o Hospital Pequeno Príncipe e com a Faculdades Pequeno Príncipe, do Complexo Pequeno Príncipe. Contava, até então, com duas estruturas nas proximidades da unidade hospitalar – a sede – e o Biobanco, inaugurado em 2017.

Único projeto social apadrinhado pelo rei Pelé no mundo, o Instituto nasceu para contribuir com a redução da mortalidade infantojuvenil por meio de pesquisas sobre doenças complexas que afetam essa população. Por ser uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, o apoio do maior jogador de futebol de todos os tempos foi fundamental para garantir visibilidade e recursos para que inúmeros estudos fossem realizados, beneficiando milhares de crianças e adolescentes.

Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe
O diretor-corporativo José Álvaro destacou a importância da parceira com o rei Pelé.

“Estamos habituados a conviver com um problema financeiro histórico. Mas almejávamos articular um grande hospital pediátrico, com uma faculdade – inaugurada em 2003 – e um instituto de pesquisa a exemplo das grandes estruturas pediátricas do planeta que unem assistência, ensino e pesquisa. Em um lugar que já é deficitário como o Hospital, dar esse passo necessitava de muita coragem. Mas com a chegada do Pelé, fomos capazes de conceber o processo de captação de recursos, apoiado por ele. Isso fez com que levássemos o Instituto adiante e hoje somos muito felizes por isso”, disse o diretor-corporativo do Complexo Pequeno Príncipe, José Álvaro da Silva Carneiro.

Presente no evento de inauguração da nova unidade, Flávia Kurtz Arantes do Nascimento, filha do rei, representante de Pelé no Instituto e membro do conselho mantenedor do Pequeno Príncipe, elogiou o trabalho desempenhado pela instituição. “É importante dizer que tudo isso nasceu de um grande sonho de um menino que prometeu a seu pai ganhar uma Copa do Mundo e que transformou seu milésimo gol em um gesto tão lindo ao oferecê-lo às crianças. Eu acho que isso representa muito esse trabalho maravilhoso que eu acompanho desde o início. Não teria legado maior do que meu pai estar envolvido com esse grupo que acredita, que vive e faz da vida deles essa entrega. Então eu agradeço imensamente. Ele um dia disse que Pelé é um nome famoso, mas só é famoso porque tinha toda uma equipe que sempre jogou com ele e assim ele conseguia fazer os gols. E é sobre isso. Vocês são uma equipe e têm esse nome que ajuda, mas, sem vocês, nada seria possível”, destacou. Para a inauguração foi organizada uma exposição de memorabília com assinaturas do Rei e pertencente ao Complexo Pequeno Príncipe.

Dia do Rei Pelé

A inauguração ocorreu na antevéspera do Dia do Rei Pelé, celebrado em 19 de novembro. A criação da data foi uma iniciativa do Pequeno Príncipe que ganhou eco na Câmara Municipal de Curitiba e na Assembleia Legislativa do estado, com aprovação da homenagem no município e no Paraná. O dia foi escolhido em alusão ao milésimo gol do atleta, marcado na mesma data no ano de 1969 e que ele dedicou às crianças. “Aproveito a oportunidade para pedir a todos os brasileiros que não esqueçam as crianças pobres, que não esqueçam os necessitados”, disse à época.

A expectativa agora é para a criação do Dia Nacional do Rei Pelé. A proposta, também articulada pelo Pequeno Príncipe, conta com o apoio do deputado Luciano Ducci e do deputado Felipe Carreras na Câmara Federal. Uma audiência pública está prevista para o dia 5 de dezembro para que depois a iniciativa possa ser apresentada para votação.

Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe
A filha do rei Pelé e a pesquisadora Mara também participaram da inauguração.

A parceria

A história do rei se encontra com a do Pequeno Príncipe por intermédio do médico Nilson Santos – falecido em outubro de 2020 – e de sua esposa, Mara Lúcia Cordeiro, neurocientista e diretora de Relações Institucionais do Instituto. Para a pesquisadora, a articulação para criar o Instituto só foi possível por causa do trabalho em conjunto. “Nós tínhamos um sonho e hoje mais uma parte desse sonho está sendo realizado. Juntos, trabalhando e acreditando nesse sonho, conseguimos realizar. Nós somos pesquisadores e fazemos pesquisa por amor à ciência. Mesmo que em nossa vida talvez não cheguemos a ver os resultados, porque os resultados muitas vezes demoram, a ciência está aí, ajudando cada vez mais crianças. Então meu muito obrigado a todos vocês que dedicam suas vidas à ciência e a salvar vidas”, comentou.

A diretora-geral do Instituto, Ety Cristina Forte Carneiro, agradeceu o apoio dos parceiros. “A gente teve a felicidade de encontrar pessoas maravilhosas no nosso trabalho e somos extremamente agradecidos. Queria agradecer também todos os nossos pesquisadores. Graças à coragem que vocês têm de pensar diferente, de fazer perguntas, de usar criatividade sem medo, é que a gente faz o que faz e traz avanços para a ciência”, ressaltou ela.

Contribuição do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe

Anualmente, centenas de estudos são desenvolvidos no Instituto de Pesquisa, que hoje reúne 17 pesquisadores principais e 217 alunos de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Com estudos em sete linhas de pesquisa, contabiliza 420 artigos publicados em variadas revistas científicas de renome internacional até este ano.

Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe
O diretor-científico Bonald enfatizou a importância do instituto para o mundo.

“Nem sempre é uma publicação. Pode ser um protocolo usado dentro do Hospital, pode ser uma técnica que vai avaliar o quadro de uma criança, pode ser algo que está acontecendo na região onde uma doença está se manifestando, a centenas de quilômetros do Paraná, e que às vezes o pesquisador tem que se deslocar para entender o ambiente. A pesquisa à beira do leito leva o pesquisador para ir ver a família dentro do Hospital. Então, a pesquisa que fazemos compreende muito mais que a pesquisa de bancada. Hoje já atuamos também com pesquisa da computação, da bioinformática, do big data e de cultivo celular. Nossa obrigação é produzir mais. Nós estamos aqui para garantir esse alinhamento do Hospital com a pesquisa”, considerou o diretor-científico do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, Bonald Cavalcante de Figueiredo.

Referência em pesquisa científica, o Instituto também contribui, desde 2007, com a formação de profissionais especializados em pediatria, por meio do Programa de Mestrado e Doutorado em Biotecnologia Aplicada à Saúde da Criança e do Adolescente, desenvolvido em parceria com a Faculdades Pequeno Príncipe. Desde a sua implantação, o Instituto já formou 162 mestres e doutores. O programa também é o único no Brasil com interface entre a biotecnologia e a pediatria, que permite o desenvolvimento de ferramentas com inovações no diagnóstico e tratamento, incluindo todas as áreas do conhecimento.

Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe
Criado em 2006, o Instituto passou a fazer parte, junto com o Hospital Pequeno Príncipe e com a Faculdades Pequeno Príncipe, do Complexo Pequeno Príncipe.

Representantes

Parlamentares representantes da Assembleia Legislativa do Paraná e da Câmara Municipal de Curitiba estiveram presentes na inauguração da terceira unidade do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe e falaram sobre o que o novo espaço representa para a ciência:

“O Pequeno Príncipe tem uma história no Paraná, há mais de 100 anos, na assistência, desde 2003 com a Faculdades e desde 2006 trazendo a pesquisa, e assim une os três grandes pilares do cuidado e da vida das pessoas. E isso tudo é muito arrojado, e a instituição sempre foi vanguardista, e não é à toa que é referência no Brasil no cuidado e na atenção com nossas crianças e adolescentes. Esse investimento mostra a crença na ciência e na importância da ciência, tão importante à nossa vida no dia a dia e na melhoria do cuidado e da assistência. Então, parabéns ao Instituto Pelé, ao Hospital Pequeno Príncipe, à diretoria e a todo esse grande time de pesquisadores. Podem contar com meu apoio na Assembleia Legislativa do Paraná, porque eu vou lutar sempre para apoiar a causa da ciência, tão necessária à vida humana.” – Deputada estadual Márcia Huçulak

“É um orgulho ter um instituto como esse na cidade de Curitiba. A inauguração desse novo espaço é de extrema importância, porque os resultados do seu trabalho refletem no Brasil inteiro. E a questão da especialidade do Hospital Pequeno Príncipe tem uma relação muito importante com a pesquisa, porque desta forma é possível prevenir problemas graves de saúde. E tem o meu apoio e da Câmara Municipal por meio da Comissão de Saúde, da qual eu sou presidente.” – Vereador Alexandre Leprevost

“Já é uma grande coisa saber que a população, principalmente a mais vulnerável, pode contar o tempo todo com o Pequeno Príncipe, sempre sendo muito bem recebida, com amor, com dedicação e com tudo de melhor que a instituição pode oferecer. E ter mais um espaço dedicado à pesquisa para essas pessoas é um ganho imenso, porque eu sei que tudo isso aqui tem muita qualidade. Saber que vão atuar para a melhoria da qualidade de vida do ser humano não tem preço. E sabemos da dedicação, do amor e da entrega à ciência das pessoas e pesquisadores envolvidos nisso tudo.” – Vereadora Giorgia Prates

“A marca Pequeno Príncipe é um legado, é mais do que uma história, assim como a história do Pelé, uma personalidade que também agrega muito. A gente só tem a agradecer pela oportunidade de entender um pouco desse universo. Saber do trabalho que os pesquisadores fazem nos motiva a procurar alguma forma de apoio, seja por emenda, seja por indicação de algum empresário, porque as pesquisas em si são o nosso futuro. Em que pese a dificuldade de elas serem valorizadas e de entenderem a importância delas, elas vão mostrar o caminho para o futuro.” – Vereador Mauro Bobato

O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Indústria, Inovação e Infraestrutura (ODS 9)

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