O diagnóstico precoce garante um tratamento mais assertivo aos pacientes com doenças raras.
Uma doença é considerada rara quando atinge até 65 em cada cem mil pessoas. Só no Brasil são mais de 13 milhões de pessoas que possuem uma das mais de sete mil doenças raras já registradas. Essas patologias são caracterizadas por uma ampla diversidade de sinais e sintomas, que variam não só de doença para doença, mas também de pessoa para pessoa, o que acaba dificultando o diagnóstico.
Por isso, neste Dia Mundial das Doenças Raras, celebrado em 28 de fevereiro, o Pequeno Príncipe, maior hospital exclusivamente pediátrico do país, alerta para a importância do diagnóstico precoce para a realização de um tratamento assertivo e que pode transformar a vida dos pacientes.
Todos os anos, a instituição integra a campanha mundial que busca mobilizar toda a sociedade para dar cada vez mais voz para todas as pessoas que tem alguma doença rara. “Quanto mais conscientização, mais podemos ajudar. E ajudar é buscar o diagnóstico precoce. Afinal, identificar a doença nos primeiros anos da criança pode oferecer sobrevida e mudar completamente suas condições de saúde e bem-estar”, explica a neurologista pediátrica e coordenadora do Ambulatório de Doenças Raras do Hospital Pequeno Príncipe, Mara Lúcia Schmitz Ferreira Santos.
Os raros são muitos
Depois de muitas consultas e exames durante a gestação de Vitória Dalbosco – que hoje tem 1 ano de idade – para investigar uma possível condição genética dos pais veio o diagnóstico: acidúria argininosuccínica, uma doença que faz a amônia acumular-se no sangue, tornando-o tóxico para o próprio organismo e provocando hemorragias em diversas partes do corpo.
Vitória ficou na UTI Neonatal do Pequeno Príncipe sendo assistida por uma equipe multiprofissional.
A suspeita em relação a essa condição rara ocorreu após a perda inesperada do primeiro filho do casal, Inocência e Marco Aurélio Dalbosco, com pouco mais de 36 horas de vida.
Um dos tratamentos para essa doença é o transplante hepático, já que crianças com essa condição não podem ingerir proteínas. Vitória ficou na UTI Neonatal do Pequeno Príncipe sendo assistida por uma equipe multiprofissional até que ganhasse peso suficiente para passar pelo procedimento aos 9 meses de vida.
Hoje, depois de alguns meses do transplante, a família de Vitória começa a planejar o retorno para sua cidade natal, Chapecó (SC). “Minha filha era uma aposta. Hoje ela está totalmente curada, sem nenhuma sequela, comendo de tudo, se desenvolvendo e ganhando peso. Vitória está viva, e tenho muito a agradecer ao Hospital Pequeno Príncipe e especialmente à Dra. Mara, que desde a primeira consulta abraçou a nossa causa e fez de tudo para que a história da Vitória tivesse um final feliz”, comemora a mãe.
Mobilização social
Para colocar o tema ainda mais em evidência, o Pequeno Príncipe realizou dois eventos totalmente on-line para falar sobre doenças raras. Os eventos contaram com a participação de especialistas do maior hospital pediátrico do país que falaram sobre os tipos de doenças raras e tratamentos, e também com a participação de autoridades para abordar os direitos das pessoas com doenças raras.
O Pequeno Príncipe é habilitado desde 2016, pelo Ministério da Saúde, como Serviço de Referência em Doenças Raras e se dedica ao tratamento de pacientes com esse diagnóstico há décadas. Por meio do Ambulatório de Doenças Raras, o Hospital busca minimizar os impactos da evolução da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares.
Algumas dessas condições não têm tratamento, outras têm formas de controle, e o restante pode ter cura por medicamentos e até mesmo pela realização de transplantes, como o de Vitória. Outro exemplo são os transplantes de medula óssea. Mais de 30% dos procedimentos realizados no Hospital são em pacientes com doenças raras.
“Apenas 5% das doenças raras têm tratamento, e esse número é muito pequeno, então precisamos lutar pelas que possuem tratamento. Quanto mais precoce é o diagnóstico e o início do tratamento, menos comprometimentos a criança vai ter”, considera a neuropediatra. O diagnóstico e o tratamento das doenças raras são feitos por uma equipe multiprofissional. Além de médicos, estão envolvidos no processo geneticistas, nutricionistas, psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais.
Acompanhe também as redes sociais do Hospital Pequeno Príncipe (Facebook, Instagram, LinkedIn, X, YouTube e TikTok) e fique por dentro de informações de qualidade!
Criar um ambiente onde a criança possa explorar diferentes interesses, sem pressão, mas com incentivo, é um passo importante para o desenvolvimento integral
Mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo convivem com alguma doença rara, das quais 72% têm origem genética, e em 75% dos casos os primeiros sinais aparecem ainda na infância
Coletamos Cookies* (pequenos pedaços de informações armazenados no seu computador) para verificar quem você é. Alguns desses cookies são usados para autenticação do Usuário e outros para conveniência, para ‘lembrar’ de você e suas preferências, seja para uma única visita (por meio de um ‘cookie de sessão’) ou para várias visitas repetidas (usando um ‘cookie persistente’). *Cookie: arquivo colocado em seu computador para rastrear movimentos dentro do site, como visitas as páginas e anúncios. Cookies não armazenam informações pessoais sem que você as tenha fornecido e não coletam informações registradas em seu computador.
Cookies Necessários são os cookies essenciais para fazer com que o nosso site funcione corretamente, permitindo que o Usuário navegue e utilize o site com todas as suas funcionalidades. A recusa desses cookies implica em não funcionamento de parte do site.
Cookies de Redes Sociais permitem que o Usuário acesse nossas campanhas e plataformas de doação a partir de links e leads lançados em nossas plataformas sociais e, após o término da respectiva campanha, permitem que o PEQUENO PRÍNCIPE faça o retarget dos potenciais doadores buscando nova arrecadação de doações.
Cookies de Desempenho são os cookies que permitem entender como o usuário interage com o site, fornecendo informações sobre as áreas visitadas, o tempo gasto no site e eventuais problemas encontrados. Esses cookies ajudam a melhorar o desempenho do site e não identificam o usuário, sendo todos os dados coletados e agregados anonimamente.
Cookies de Conveniência permitem que nosso site lembre das escolhas feitas pelo Usuário, facilitando o acesso e utilização da nossa plataforma em uma próxima oportunidade. Esses cookies podem coletar informações pessoais divulgados pelo próprio usuário e expiram aproximadamente após um ano de sua armazenagem.