Cibele Fontoura Cagliari: a profissional que fundou o Serviço de Fonoaudiologia

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Cibele Fontoura Cagliari: a profissional que fundou o Serviço de Fonoaudiologia

“Temos a mesma missão do Pequeno Príncipe, de tratar cada paciente com qualidade, de forma humanizada e buscando sempre a excelência. Essa instituição é parte da minha vida, é a minha paixão, e me realizo por completo.”
17/07/2023
Cibele Fontoura Cagliari
A fonoaudióloga Cibele Fontoura Cagliari inaugurou o Serviço de Fonoaudiologia há 35 anos no Pequeno Príncipe.

A história de Cibele Fontoura Cagliari com o maior hospital exclusivamente pediátrico do país começou muito antes de ela decidir o que cursar na faculdade. Recorda que, quando criança, nos fins de semana, sempre havia uma parada especial: o Pequeno Príncipe. Isso porque o seu pai, Ivan Beira Fontoura, era um dos pediatras da instituição. Foi ele a grande inspiração e seu maior incentivo para seguir na área da saúde. Em 1988, ela entrou oficialmente como fonoaudióloga e inaugurou o serviço, que ao longo destes 35 anos já transformou a vida de milhares de crianças e adolescentes.

Uma inspiração que vem de berço

“O meu pai trabalhou por muitos anos no Pequeno Príncipe como pediatra, foi um dos diretores-técnicos e responsável por iniciar a UTI Neonatal na instituição. Ele foi a principal inspiração para eu escolher seguir a área da saúde. Isso porque, ainda criança, tínhamos sempre uma parada aqui no Pequeno Príncipe nos fins de semana, quando ele vinha atender alguma emergência. Então, acredito que isso de tratar as pessoas e dar a elas uma condição melhor de saúde sempre esteve no meu sangue. Hoje, meu pai está com 96 anos e, desde que a pandemia começou, ele parou de atuar, por conta do risco de contaminação. Porém, a instituição não sai da mente, e ele sempre se preocupa e pergunta: ‘E o Hospital, como que está?’”

Chegada ao Pequeno Príncipe

“Antes mesmo de finalizar a faculdade de Fonoaudiologia, enquanto fazia uma pesquisa em um hospital de adultos, eu percebi que a área que queria trabalhar era a pediatria – especialmente a neonatologia, que é meu xodó. Então, com o incentivo do meu pai, entrei no Pequeno Príncipe em 1988. Na época, não existia o Serviço de Fonoaudiologia, e eu tive um apoio muito grande do Serviço de Psicologia, em especial da Tatiana Forte, que me deu muita orientação para inaugurar esse novo serviço. A minha área era muito nova na parte hospitalar, então tive que buscar muito conhecimento fora. Inicialmente, atendemos pacientes com paralisia cerebral que buscavam o Ambulatório de Ortopedia. Mas, aos poucos, percebemos a necessidade de ampliar, e hoje, em cinco fonoaudiólogas, atendemos pedidos de todas as 35 especialidades.”

Unidos por uma mesma missão

“É incrível ter participado dessa criação do Complexo Pequeno Príncipe, isso porque quando entrei só tinha o Hospital, e hoje temos também a Faculdades e o Instituto de Pesquisa. Isso mostra visivelmente o quanto o Hospital cresceu e como pôde aprimorar toda a sua atividade. E isso me deixa muito feliz, porque tanto no contexto familiar como profissional temos a mesma missão do Pequeno Príncipe, de tratar cada paciente com qualidade, de forma humanizada e buscando sempre a excelência. Essa instituição é parte da minha vida – passo mais tempo aqui do que em qualquer outro lugar. É a minha paixão, e me realizo por completo.”

A importância da fonoaudiologia

“Aos pouquinhos, o próprio Conselho de Fonoaudiologia foi aprimorando e vendo a necessidade da melhoria nos cursos de graduação. As técnicas também se aperfeiçoaram ao longo do tempo. Quando eu me formei, por exemplo, não usávamos a eletroestimulação, a laserterapia e as bandagens, por exemplo. E isso são todos os recursos que o Hospital Pequeno Príncipe oferece ao seu paciente. Hoje, a nossa atividade é, principalmente, voltada para crianças e adolescentes que usam algum meio alternativo de alimentação, como sonda enteral ou gastrostomia. E nós procuramos viabilizar, dentro do possível, a retomada ou início de uma alimentação via oral. Para isso, a equipe está sempre se aprimorando e melhorando para que esse paciente atinja a sua melhor qualidade de vida.”

Histórias impactadas

“Logo quando entrei aqui, teve uma criança que me marcou bastante, ela nasceu com uma malformação e não conseguia se alimentar pela boca. E teve um processo de correção cirúrgica tardia, somente quando tinha 1 ano de idade, e então poderia comer. Porém, ela não sabia o que era comer – pois a alimentação era sempre feita pela sonda. O Serviço de Fonoaudiologia, então, foi acionado, e nós começamos a trabalhar todo esse processo – a ensiná-la desde a sugar, a mastigar e a deglutir de forma segura e eficaz 100% pela boca. E hoje, ela já é uma moça, está superbem. E isso é gratificante, ver que podemos ajudar a mudar essas vidas de forma tão significativa.”

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