Sinais de alerta para o suicídio na infância e adolescência

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Setembro Amarelo: sinais de alerta para o suicídio na infância e adolescência

Ficar atento à intensidade e persistência dos sinais é essencial para verificar se os comportamentos são características do desenvolvimento ou se indicam riscos
09/09/2022
sinais de alerta
Os sinais de alerta mantêm relativa semelhança entre crianças, adolescentes e adultos.

A Organização das Nações Unidas (ONU) considera o suicídio um problema de saúde pública que se desenvolve por diversas razões. Fatores genéticos, condições de saúde física ou mental, ambiente familiar conflituoso, exposição à violência, álcool e outras drogas, fragilidades na constituição psíquica, entre outras razões, podem gerar tamanho sofrimento que, para algumas pessoas, a vida se torna insuportável. Na véspera do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, lembrado em 10 de setembro, o Hospital Pequeno Príncipe destaca a importância dos responsáveis, familiares, amigos e sociedade ficarem atentos aos sinais de alerta que podem indicar risco.

Segundo a psicóloga Angelita Wisnieski da Silva, do Hospital Pequeno Príncipe, a criança e o adolescente ainda estão em fase de desenvolvimento da capacidade de se ajustar às situações. “Por conta disso, é mais comum que eles apresentem condutas impulsivas e imaturidade emocional. Assim, identificar se os comportamentos são característicos do desenvolvimento ou se indicam riscos nem sempre é fácil”, enfatiza.

Os sinais de alerta mantêm relativa semelhança entre crianças, adolescentes e adultos. “Em adolescentes, entretanto, os pensamentos suicidas podem ser frequentes devido à impossibilidade de lidar com os desafios da passagem da infância à vida adulta – o amadurecimento”, completa a especialista. Evidentemente, uma pessoa pode ter um ou mais sinais em qualquer momento da vida, mas precisa de atenção quando os comportamentos impedem as vivências típicas de cada fase e reduzem a qualidade de vida.

Sinais de alerta em relação ao risco de suicídio

Observar a intensidade, duração e persistência dos sinais na infância e adolescência é imprescindível para adotar formas de prevenção do suicídio, como manter um canal aberto de diálogo, ter uma rede de apoio e buscar atendimento psicológico e psiquiátrico.

  • Desinteresse, dificuldades ou prejuízos no desempenho e aprendizagem escolar.
  • Ansiedade, agitação, irritabilidade ou tristeza permanentes.
  • Isolamento persistente, com afastamento de familiares, amigos e grupos sociais.
  • Alterações no sono e apetite alimentar.
  • Desinteresse por atividades de que gostava e desapego de pertences que valorizava.
  • Baixa autoestima, com desinteresse e descuido com a aparência.
  • Comentários frequentes negativos em relação ao futuro e autodepreciativos.
  • Expressões e comentários que indiquem desejo de morrer.

Você não está sozinho! – O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo, de forma voluntária e gratuita, todas as pessoas que queiram e precisem conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail e chat, 24 horas, todos os dias. Ligue 188 ou acesse www.cvv.org.br.

Transtornos mentais como fatores de risco

Nem sempre os transtornos mentais estão presentes em pessoas que tentam ou cometem suicídio, porém são fatores de risco para o ato. “Transtornos como depressão, bipolaridade, dependência de álcool e outras drogas e esquizofrenia dificultam a convivência social, o autocuidado e o desenvolvimento de habilidades cognitivas, gerando estigmatização, preconceito e bullying”, ressalta a psicóloga. Isso gera sofrimento emocional, ansiedade, raiva, frustração e redução da qualidade de vida, predispondo ao suicídio. A falta de acesso e a não adesão aos tratamentos psiquiátricos agravam ainda mais essa condição.

Confira também a série especial de reportagens em alusão ao Setembro Amarelo:

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