O suicídio é considerado uma epidemia silenciosa que atinge todas as classes sociais e idades. No Brasil, a realidade é alarmante, com uma média de 38 suicídios por dia. Entre os jovens de 15 e 29 anos, essa é a quarta principal causa de morte. Em 2022, 69 casos de autoagressão em pacientes de 11 a 17 anos foram registrados no Hospital Pequeno Príncipe, referência em pediatria no Brasil. Desses, 56 foram tentativas de suicídio.
Falar sobre suicídio é preciso para que as pessoas que passam por momentos difíceis busquem ajuda e entendam que a vida é a melhor escolha. E esse também é o intuito da campanha Setembro Amarelo. O Pequeno Príncipe reforça a importância de familiares, amigos e sociedade adotarem uma postura acolhedora em relação aos sinais de ideação suicida que possam surgir de uma criança ou um adolescente.
De acordo com a psicóloga e coordenadora do Serviço de Psicologia do Hospital Pequeno Príncipe, Angelita Wisnieski da Silva, existem alguns fatores possíveis para o aumento das tentativas de suicídio e episódios de automutilação na faixa etária atendida pela instituição. Entre eles, dificuldades em lidar com frustrações e conflitos inerentes à convivência social (diferenças, decepções e julgamentos) e o acesso indiscriminado a informações pela internet.
Sinais de alerta para o risco de suicídio
– Desinteresse, dificuldades ou prejuízos no desempenho e na aprendizagem escolar.
– Ansiedade, agitação, irritabilidade ou tristeza permanentes.
– Isolamento persistente, com afastamento de grupos sociais.
– Alterações no sono e no apetite.
– Baixa autoestima, com desinteresse e descuido com a aparência.
– Comentários frequentes negativos em relação ao futuro e autodepreciativos.
– Desinteresse por atividades de que gostava e desapego de pertences que valorizava.
– Expressões e comentários que indiquem desejo de morrer.
Ao perceber esses sinais, é fundamental que sejam levados a sério e sem julgamentos por todos que convivem com a pessoa. “Estar atento e demonstrar presença, com incentivo para que a criança ou o adolescente fale sobre como se sente, tende a ajudar. Ter pessoas que se importam e desejam a vida do outro, são fatores protetores contra o suicídio”, reforça a psicóloga.
As doenças mentais, que geralmente levam ao suicídio, provocam a distorção da realidade. Dessa forma, a pessoa perde a capacidade de discernimento e de encontrar saída para os problemas e conflitos. Por isso, é importante também que a criança ou o adolescente esteja em local seguro e saudável, com vigilância constante. E, além disso, busque atendimento psicológico e psiquiátrico para um tratamento adequado.
Diferentes situações podem ser um fator de risco na infância e adolescência, como transtornos mentais não diagnosticados e/ou tratados, bullying na escola, traumas, abuso sexual, perda de um ente querido, uso de drogas e outras substâncias e divórcio dos pais. Entretanto, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% dos casos poderiam ser prevenidos pelo simples fato de se ter alguém com quem conversar.
Como prevenir?
Considerado um problema coletivo e de saúde pública, o suicídio pode ser prevenido com ações de promoção da saúde mental. Entre eles, incentivo a hábitos saudáveis, promoção e valorização de momentos de alegria e prazer compartilhados e acesso a serviços de saúde física e mental.
Além disso, Angelita também salienta que a criança ou o adolescente precisam ser ensinados a lidar com situações difíceis da vida. “O mundo impõe dificuldades às vezes. Mas elas podem ser enfrentadas e superadas de uma forma mais leve quando compartilhadas. Ampliar a visão de mundo e incentivar soluções para os problemas é uma responsabilidade coletiva”, finaliza a especialista.
Confira, no vídeo a seguir, como uma pergunta pode ajudar quem passa por algo difícil:
Confira também a série especial de reportagens em alusão ao Setembro Amarelo:
O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).
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