Doenças congênitas: o que são e quais as causas?

Notícias

Doenças congênitas: o que são e quais as causas e os tipos mais comuns

A atenção médica desde a gestação é crucial para identificar e tratar os defeitos congênitos e, assim, garantir melhor qualidade de vida para as crianças
26/07/2024
doenças congênitas
A UTI Neonatal do Pequeno Príncipe atende recém-nascidos com diferentes tipos de doenças congênitas.

As doenças congênitas, também conhecidas como defeitos ou anomalias congênitas, representam um grupo de condições que causam alterações na estrutura ou na função dos órgãos ou partes do corpo. Essas mudanças ocorrem durante o desenvolvimento fetal e podem ser detectadas ainda na gravidez. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente oito milhões de crianças nascem com alguma anomalia congênita a cada ano no mundo. Tais condições são responsáveis por 10% de todas as mortes de recém-nascidos. Além disso, muitos bebês que sobrevivem correm o risco de desenvolver incapacidades permanentes se não tiverem acesso a cuidados médicos de alta qualidade e em tempo hábil. Por isso, o Hospital Pequeno Príncipe destaca a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado para garantir a qualidade de vida dessas crianças.

Quais são os tipos mais comuns?

Os diferentes tipos de doenças congênitas incluem os seguintes defeitos de:

• tubo neural, como mielomeningocele e encefaloceles;
tubo digestivo, como a formação externa do tubo digestivo à parede abdominal;
• aparelho urinário, como agenesia renal;
• genitálias, como a ausência congênita dos ovários, testículo ectópico e hipospádias;
• coração, como as cardiopatias congênitas;
• ossos, como deformidades osteomusculares congênitas da cabeça, da face, da coluna e do tórax; e
• face, como seio, fístula e cisto pré-auricular.

Causas das doenças congênitas

Entre as causas diversas, destacam-se os fatores ambientais, genéticos ou multifatoriais.

Fatores ambientais: esses incluem exposições durante a gravidez a agentes teratogênicos, que são substâncias ou fatores que podem causar malformações no feto. “Os teratógenos podem ser químicos, físicos ou biológicos, como o vírus zika ou a toxoplasmose, que podem levar a anomalias congênitas devido à exposição a esses fatores externos ao embrião”, comenta Josiane de Souza, geneticista do Pequeno Príncipe.

• Fatores genéticos: essas anomalias podem ser de origem genética, como síndromes genéticas, sequências ou associações de defeitos. “Existem causas genéticas de alterações congênitas que podem ser complexas de entender, mas envolvem mutações ou combinações de genes que predispõem a malformações.”

• Fatores multifatoriais: a maioria dos defeitos congênitos comuns, como cardiopatias, pé torto congênito, fissura lábio-palatal e defeitos de fechamento do tubo neural, resultam de uma interação entre fatores genéticos e ambientais. A médica explica que “tais malformações dependem tanto da predisposição genética quanto de eventos ambientais. E não é apenas um gene envolvido, mas múltiplos genes que contribuem para essas malformações”.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico das doenças congênitas geralmente se inicia no pré-natal, por meio de ultrassonografias realizadas por especialistas. Existem também exames genéticos de triagem e diagnóstico durante o pré-natal. É importante que, já nessa fase, o obstetra forneça orientações detalhadas sobre o processo e as possibilidades de tratamento. Com a disponibilização do diagnóstico intraútero, é possível planejar um parto que minimize os riscos para o bebê.

Os avanços em cirurgias intraútero permitem que procedimentos complexos sejam realizados ainda durante a gestação. Essas cirurgias envolvem a exposição do útero para a equipe cirúrgica neonatal realizar o procedimento necessário e, em seguida, fechar o útero novamente. Após o nascimento, o bebê deve ser acompanhado por neonatologistas, além de uma equipe multiprofissional, e pode ser necessário um suporte contínuo.

Prevenção das doenças congênitas

A prevenção de anomalias congênitas envolve cuidados pré-natais rigorosos e conscientização sobre fatores de risco. “Mulheres em idade fértil devem prestar muita atenção ao que consomem, evitando substâncias teratogênicas, como medicamentos, drogas, tabaco e álcool, especialmente nas primeiras 12 semanas de gestação, quando muitas nem sabem que estão grávidas”, alerta Josiane.

UTI Neonatal

A UTI Neonatal do Hospital Pequeno Príncipe, além de receber pacientes prematuros, atende recém-nascidos com malformações e comorbidades (ou seja, com duas ou mais doenças relacionadas). Isso faz com que a unidade se diferencie pela alta complexidade dos casos recebidos de todos os estados do Brasil. Além disso, dispõe de 20 leitos com equipamentos de ponta – como respiradores de última geração – que garantem conforto e segurança para os pequenos pacientes, além de profissionais especializados em bebês de alto risco.

  • Confira, no vídeo a seguir, mais informações sobre as doenças congênitas:

O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).

Acompanhe também as redes sociais do Hospital Pequeno Príncipe (FacebookInstagram, LinkedIn, X, YouTube e TikTok) e fique por dentro de informações de qualidade!

+ Notícias

23/12/2025

Hospital integra a Exposição – O Pequeno Príncipe – 80 Anos

Mostra imersiva inaugurada no MIS Experience, em São Paulo, celebra os 80 anos da obra considerada uma das mais lidas do mundo
23/12/2025

2025 no Pequeno Príncipe: dos tamborins às linhas de cuidado

Os marcos, avanços e histórias que mostram como esse ampliou o impacto dentro e fora do Hospital
16/12/2025

Como tratar uma queimadura de água-viva em crianças?

A menor superfície corporal dos pequenos intensifica os efeitos das toxinas liberadas pelos tentáculos do animal
15/12/2025

Crianças do CRPP plantam futuro no Parque Náutico de Curitiba

Iniciativa do Complexo Pequeno Príncipe para fortalecer a biodiversidade e avançar na compensação de emissões de GEEs foi cheia de simbolismo e marcada por descobertas
10/12/2025

Faculdades Pequeno Príncipe celebra 22 anos de excelência na educação e saúde

Unidade educacional do Complexo Pequeno Príncipe já formou mais de dois mil profissionais da área da saúde
08/12/2025

O que fazer em caso de picada de aranha em crianças?

O público infantil é mais vulnerável ao veneno, por isso a atenção aos sintomas deve ser redobrada
Ver mais