“Toda hora é hora de brincar”, afirma psicóloga
Brincar é fundamental. São nas brincadeiras que as crianças, os adolescentes e adultos conseguem se expressar, mesmo que inconscientemente. Na Primeira Infância – período que compreende a gestação até os seis anos de vida –, a ação torna-se ainda mais importante, pois é quando ocorre o desenvolvimento da arquitetura cerebral dos meninos e meninas. As experiências vivenciadas nessa fase são relevantes para o restante da vida.
De acordo com a psicóloga e coordenadora do Setor de Voluntariado do Hospital Pequeno Príncipe, Rita Lous, o brincar também é uma maneira de entender o mundo. “Os meninos e meninas, muitas vezes, trabalham registros que marcaram suas vidas brincando. É uma maneira que eles têm de se expressar e transmitir simbolicamente o que sentem”, explica.
“Toda hora é hora de brincar”, afirma a psicóloga. Para ela, as brincadeiras devem ocorrer no momento do banho, da alimentação, dos estudos, entre outros. É algo que precisa ser incorporado na rotina das pessoas. “Brincar é coisa séria”, destaca.
Segundo Rita Lous, a ação não tem a ver com gênero ou classe social. “Ninguém precisa comprar brinquedos para brincar. Apesar de existirem inovações muito bacanas nessa área, uma simples caixa de papelão pode se tornar uma brincadeira superdivertida”, aponta.
Os cuidadores devem estimular e estar verdadeiramente presentes durante as brincadeiras, mas nunca limitar ou impor preconceitos. “Eles devem participar desse momento com verdade. As crianças sentem quando fazemos várias coisas ao mesmo tempo ou quando fazemos algo por obrigação. É necessário deixar que eles soltem a imaginação. Além disso, os cuidadores não devem limitar. Não existe brinquedo de menina ou de menino, por exemplo”, relata.
*Acompanhe a série de notícias que o Pequeno Príncipe preparou sobre a Primeira Infância. A cada semana será publicada uma matéria especial no site da instituição. Na próxima terça-feira, dia 27 , serão abordados alguns mitos e verdades sobre o assunto.
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