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2025 no Pequeno Príncipe: dos tamborins às linhas de cuidado

Quando os tamborins começaram a ecoar na avenida e a Acadêmicos da Realeza entrou em cena homenageando o Pequeno Príncipe, no Carnaval de Curitiba (PR), ficou evidente que 2025 seria um ano especial. Ver a história do Hospital transformada em enredo — com um carro alegórico estampado pelas mãos de pacientes, familiares, voluntários e colaboradores — emocionou todos e anunciou um ciclo de conquistas, avanços assistenciais e mobilização em torno da causa da infância.
E assim foi. O que começou como celebração ganhou forma, ao longo dos meses, em trabalho árduo, conquistas estruturais, cuidado profundo e histórias de vidas transformadas — como a de Rafaelly, que enfrentou uma cirurgia ortopédica bastante delicada; a dos irmãos Bryan e Brennda, que encontraram acolhimento em cada etapa do tratamento; e a da pequena Sofia, cuja coragem inspirou todos ao redor.
Cada uma delas, à sua maneira, refletiu o espírito de um ano extraordinário.
Cuidar de quem cuida
Esse anúncio simbólico na avenida abriu caminho para um ano em que o Hospital fortaleceu quem faz tudo acontecer: seus colaboradores. As rodas de conversa se tornaram espaços valiosos de escuta e participação; o Café com Histórias voltou a reunir pessoas que precisavam falar, ouvir e compartilhar; e ações culturais, como sorteios de teatro e cinema, reforçaram vínculos e lembraram que trabalhar no Pequeno Príncipe também é pertencer.
Ao longo do ano, o bem-estar ganhou novos contornos. O Programa Cores trouxe conversas essenciais sobre ansiedade, imunidade e inteligência emocional. O Programa Mova-se incentivou práticas físicas, enquanto o Programa Mulher Saudável garantiu acesso a exames preventivos e atenção dedicada às colaboradoras.
Ao mesmo tempo, o ciclo de Avaliação de Desempenho aproximou lideranças de suas equipes, fortalecendo a cultura de feedback e planejamento. E um marco histórico ampliou a segurança interna: 556 novos brigadistas se formaram, totalizando 926 profissionais aptos a atuar em emergências — um recorde que traduz responsabilidade e cuidado.
Excelência assistencial
Enquanto isso, nos corredores e salas de atendimento, 2025 testemunhou alguns dos momentos mais marcantes da história do Hospital. Em meio ao avanço de viroses, dengue e doenças sazonais, o Pequeno Príncipe ampliou sua atuação educativa e reforçou orientações às famílias.
Na alta complexidade, o ano ficou marcado por um feito inédito: 12 transplantes cardíacos, o maior número anual já realizado pela instituição — ultrapassando 50 procedimentos na história do serviço. Entre os transplantados está Mariah, que nasceu com múltiplas malformações cardíacas e, graças a uma cirurgia precisa e ao trabalho de equipes altamente especializadas, ganhou uma chance concreta de futuro.
Assim como ela, outras crianças encontraram uma segunda chance de viver com saúde no Hospital — como a Julia, que chegou em UTI aérea com hepatite fulminante e recebeu um transplante hepático emergencial, com órgão doado pela própria mãe; o Bento, bebê que foi o 100.º transplantado hepático da instituição; e o Davi, que viajou de Manaus para realizar seu transplante de medula óssea e marcou o 600.º procedimento do serviço. Essas histórias não são números — são vidas que seguiram adiante!

Políticas públicas que ampliam acesso e acolhimento
Os avanços de 2025 também alcançaram o campo das políticas públicas. O Pequeno Príncipe se tornou o primeiro hospital exclusivamente pediátrico habilitado pelo Ministério da Saúde para formar equipes de Cuidados Paliativos no Sistema Único de Saúde (SUS), um marco na história da pediatria brasileira.
E, ao lado da Secretaria de Estado da Saúde, assinou o Programa Bate-Bate Coração, que garantirá diagnóstico precoce e acesso mais rápido ao tratamento de crianças com cardiopatias congênitas em todo o Paraná — dando novas chances às “Mariahs” que ainda vão nascer.
Excelência reconhecida
Em 2025, o Pequeno Príncipe também recebeu um dos reconhecimentos mais importantes de sua história: foi oficialmente certificado pelo Ministério da Saúde como Hospital de Excelência, após cumprir 91 requisitos nas áreas de qualidade assistencial, inovação, gestão, formação de profissionais e pesquisas de interesse público. É o primeiro hospital exclusivamente pediátrico do Brasil a alcançar essa distinção, que reafirma o protagonismo da instituição na qualificação do SUS e na oferta do melhor cuidado possível às crianças e aos adolescentes.
Outro importante reconhecimento confirmou a projeção internacional da instituição. Pelo quinto ano consecutivo, o Hospital foi eleito pela revista Newsweek o melhor hospital exclusivamente pediátrico da América Latina, subindo posições no ranking global e figurando entre os melhores centros pediátricos do mundo.
Ensino que forma, ciência que transforma
Se a assistência tocou vidas, o ensino e a pesquisa abriram caminhos. O Congresso Criança 2025 reuniu milhares de profissionais e reafirmou o papel de referência da instituição no conhecimento pediátrico. O Multiplica PP ampliou fronteiras ao tratar de temas como inteligência artificial na saúde, imunologia e saúde mental.
O Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe completou 19 anos e viveu um ciclo de reconhecimento: conquistou a Medalha Niède Guidon no Prêmio Finep, consolidou o cluster Brasil–Catalunha e teve na pesquisadora Mara Lúcia Cordeiro uma protagonista premiada nacionalmente pelo Prêmio Nise da Silveira.
Sustentabilidade: cuidar da infância é cuidar do planeta
Em 2025, um marco histórico colocou o Complexo Pequeno Príncipe na vanguarda da sustentabilidade no Brasil: a instituição se tornou a primeira do país — e a primeira pediátrica do mundo — a adquirir créditos de biodiversidade, alinhando saúde e conservação ambiental de forma inédita no setor. O gesto simboliza uma compreensão profunda de que proteger a vida de crianças e adolescentes também passa por proteger os biomas que sustentam a vida.
A partir desse movimento pioneiro, outras ações reforçaram a integração entre saúde e meio ambiente. O projeto Re-Conhecer e Reviver o Rio Iguaçu aproximou a sociedade da importância da conservação dos rios e da relação entre saneamento, ecossistemas e saúde humana. A instituição também recebeu, pelo terceiro ano consecutivo, o Selo Ouro em Resiliência Climática, reconhecimento internacional para organizações que se preparam para os impactos da crise do clima.
Fechando o ano, o plantio de mil árvores compensou o carbono gerado pelo evento Gala Pequeno Príncipe e de parte das atividades do Complexo Pequeno Príncipe — um gesto concreto que conecta o cuidado com o planeta ao compromisso com as futuras gerações.
Infraestrutura que prepara o futuro do cuidado
2025 também foi um ano de avanços decisivos na infraestrutura institucional — tanto no Complexo atual quanto no futuro que já começa a ganhar forma no bairro Bacacheri. O maior marco foi o progresso visível das obras do Pequeno Príncipe Norte, que consolidam a expansão mais importante da história da instituição.
Ali, onde funcionará um centro integrado de saúde, ciência, educação e meio ambiente, a obra avançou simultaneamente em diferentes frentes: a ponte sobre a área de preservação permanente ganhou forma definitiva, as vias internas receberam sub-base e terraplanagem de alta precisão, e novas estruturas começaram a surgir, como a área técnica destinada ao futuro data center, a Portaria 2 e trechos das redes de energia, irrigação, drenagem e tecnologia da informação. Cada etapa concluída — do gradil frontal à pavimentação, da revisão estrutural à remoção das escoras da ponte — reforça o compromisso de construir um espaço onde cuidado e inovação caminhem juntos, preservando a biodiversidade do local.
Ao mesmo tempo, o Complexo no Água Verde também se transformou. A obra da grande rampa de acesso foi concluída, aprimorando a segurança para pacientes e equipes. A instituição inaugurou seu novo data center, elevando a segurança da informação e abrindo caminho para projetos de inovação e inteligência artificial. E teve início a substituição do telhado do prédio histórico César Pernetta, uma intervenção essencial para preservar a memória arquitetônica da instituição e garantir os próximos cem anos.

Humanização como identidade
A humanização seguiu sendo o fio que costura cada encontro dentro do Hospital. Em 2025, o Pequeno Príncipe reafirmou que cuidar de uma criança é garantir seus direitos — inclusive quando ela está internada. O acompanhamento escolar durante o internamento continuou assegurando que meninos e meninas não perdessem seu vínculo com a escola, mantendo a aprendizagem viva mesmo em períodos longos de tratamento. A cultura esteve presente a cada dia, carregando alegria pelos corredores — da música à leitura, da brincadeira à arte.
Da mesma forma, o direito à presença de um familiar seguiu sendo prioridade absoluta: mães, pais e responsáveis receberam acolhimento, suporte emocional, orientação contínua e condições dignas para permanecer ao lado das crianças em todos os momentos, porque nenhuma família atravessa esse caminho sozinha.
E, acompanhando tudo isso, os voluntários levaram música, literatura, brincadeiras e presença afetiva para dentro dos quartos e corredores do Hospital, assegurando o direito ao brincar como parte essencial da recuperação. Cada contação de história, cada desenho no papel e cada canção compartilhada ajudaram a transformar o ambiente hospitalar em um espaço de vida, de esperança e de infância preservada.
Um futuro tecido por muitas mãos
Se os tambores da avenida anunciaram um ano mágico, 2025 confirmou esse pressentimento em cada conquista. Foi um ano em que a assistência salvou vidas, a ciência abriu caminhos, o ensino formou futuras gerações, a sustentabilidade ganhou força e as equipes foram cuidadas para que pudessem cuidar ainda melhor.
Cada história — de Rafaelly, Mariah, Davi, Bento, Julia, Brennda e de tantas outras crianças — nos lembrou de que o Pequeno Príncipe é feito de gente que transforma realidades todos os dias. E, ao lado de profissionais incansáveis, uma rede de apoiadores e doadores tornou possível o que parecia impossível — garantindo recursos, esperança e caminhos abertos para que milhares de crianças continuem tendo acesso ao melhor cuidado possível.
Cada vitória deste ano reafirma um compromisso renovado: seguir oferecendo o melhor cuidado, guiado pela ética, pela ciência, pela humanização e pelo profundo respeito à infância — sempre de mãos dadas com quem acredita na nossa causa e participa dessa missão.
