Flávia Marafigo: a enfermeira que teve a mãe e a filha atendidas no Hospital

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Flávia Marafigo: a enfermeira que teve a mãe e a filha atendidas no Hospital

“Eu tenho muito orgulho do trabalho que fazemos, porque vemos nas crianças o reflexo do cuidado e carinho.”
15/06/2020
Flávia Micheluzzi Marafigo Vecina possui uma trajetória no Hospital marcada por histórias emocionantes que transformaram o seu trabalho.

Atuar na assistência do Hospital Pequeno Príncipe há 13 anos é, para a coordenadora de enfermagem, Flávia Marafigo, além de gratificante, uma maneira de retribuir diariamente todo o cuidado e carinho que sua mãe e seu filho receberam ao precisar de atendimento na instituição. A profissional possui uma trajetória no maior hospital pediátrico do país marcada por histórias emocionantes que transformaram o seu trabalho.

A atuação no Pequeno Príncipe

“Eu sempre quis trabalhar na área da saúde e meu pai falava para eu fazer medicina. Até cheguei a fazer o vestibular, mas depois fiz para enfermagem e passei, que era o que eu realmente queria. Quando eu falava sobre enfermagem, eu pensava no Pequeno Príncipe, porque minha mãe ficou internada aqui quando tinha 9 anos. Ela sempre me contava sobre as Irmãs, os muros da instituição e que em décadas passadas os pais não podiam ficar com os filhos. Na época da faculdade eu morava na esquina do Hospital e sempre dizia “um dia vou trabalhar ali”. Quando me formei, me inscrevi na pós-graduação em Neonatologia na Faculdades Pequeno Príncipe, antes mesmo de começar a atuar aqui. Depois de um tempo resolvi mandar um currículo para a instituição, mas estavam demorando para me retornar. Então liguei, pedi para fazer uma prova e passei. Por 5 anos eu trabalhei na parte assistencial da UTI Neonatal, em seguida me tornei enfermeira administrativa da UTI Neonatal por mais 4 anos e então surgiu a oportunidade de eu coordenar as quatro UTIs do Pequeno Príncipe, trabalho que já realizo há quatro anos.”

De enfermeira à mãe de paciente

“Sempre gostei muito de crianças e fui muito empática com as mães. Mas eu só passei a compreender, de fato, o que elas sentem depois que tive meu primeiro filho. Quando comecei a trabalhar aqui, eu via o carinho no cuidado com as crianças e admirava os profissionais. Constantemente eu falava que se um dia precisasse do Pequeno Príncipe como mãe, eu sabia que seria bem assistida. E eu precisei. O Dr. Paulo Carbone fez uma cirurgia para que o meu filho de 1 ano pudesse andar. Se não fosse ele, meu filho não estaria andando hoje. Depois disso, meu carinho pela instituição só aumentou, porque foi algo que começou com a minha mãe precisando de atendimento, depois passei a trabalhar aqui e quando eu fui mãe, meu filho precisou do Hospital. Meu coração é só gratidão e muito amor. Essa experiência mudou o meu trabalho. Aquilo que um dia fizeram por mim, eu também quero continuar fazendo aos outros.”

“Eu tenho muito orgulho do trabalho que fazemos, porque vemos nas crianças o reflexo do cuidado e carinho.”

O cuidado se transforma em histórias marcantes

“Tenho muitas histórias com pacientes. Muitos eu peguei no colo com 1kg e hoje em dia suas mães me param nos mercados, nos shoppings e falam: “oi Flávia, sou a mãe do paciente x que ficou na UTI do Pequeno Príncipe e você cuidou”. Isso  marca muito e me deixa muito feliz. Existem muitas histórias tristes que nos emocionam, mas as histórias alegres são muito maiores.  Eu tenho muito orgulho do trabalho que fazemos, porque vemos nas crianças o reflexo do cuidado e carinho.”

Um Hospital de crianças com mais de 100 anos

“O centenário do Pequeno Príncipe foi lindo, o trabalho realizado para as comemorações foi realmente com muito carinho. Aqui no Hospital temos uma família e todas as celebrações me trouxeram essa lembrança e esse sentimento. A instituição tem um carinho por mim da mesma maneira que eu tenho por ela. Quero participar das festividades e conquistas do Pequeno Príncipe por muitas décadas. Eu sou muito feliz em estar aqui.”

Flávia venceu a COVID-19

“Este momento de pandemia do coronavírus está sendo muito intenso. Desde o início eu fiz muito para ajudar, porque eu entendi que o meu papel era guiar as pessoas, liderar, mostrar que estou aqui e que somos uma equipe. Sempre motivei a todos da minha equipe, transmiti o quanto somos importantes e tentei acalmá-los. O Hospital deu todo o suporte para nós: treinamentos, equipamentos, além da preocupação com todos os profissionais. Quando eu precisei me afastar por conta da COVID-19, imaginei que minha equipe teria muito medo. Eu sofri muito em casa, não pelos sintomas, mas por não poder estar aqui com eles, porque eu falei que iria estar. Graças a Deus eu não tive muitos sintomas e mesmo de casa eu ficava mandando mensagens a todos. Quando retornei, minha equipe se tranquilizou. Eu servi de exemplo e estou inteira para ajudar e para continuar com a minha equipe. A instituição sempre me apoiou muito, mesmo nos momentos difíceis. Tudo acontece em nossas vidas para tirarmos lições. Aqui no hospital somos uma família e não há lugar melhor para estarmos neste momento. Devemos ter muita força, paciência e calma para enfrentar essa pandemia que vamos vencer todos juntos.”

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