Vínculo: humanização essencial na primeira infância - Hospital Pequeno Príncipe

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Vínculo: humanização essencial na primeira infância

O período que compreende desde a gravidez até os seis anos iniciais de vida é essencial para garantir que os meninos e meninas tenham seu pleno desenvolvimento e proteção
31/08/2021
O período que compreende desde a gravidez até os seis anos iniciais de vida é essencial para garantir que os meninos e meninas tenham seu pleno desenvolvimento e proteção.

O vínculo entre a mãe e o bebê se estabelece ainda na gravidez e se estende por um longo caminho após o nascimento. A partir desse momento e até completar os seis anos iniciais de vida, período chamado de primeira infância, e à medida que os pais ou outro cuidador começar a compreender e a responder com amor e sensibilidade às necessidades do bebê, um vínculo se constrói, e a criança percebe que existe uma base segura na qual ela pode confiar e se sentir confortável e protegida. É nessa fase que se constrói uma das mais importantes bases para o crescimento da criança e do futuro adulto: o vínculo entre ela e seus familiares.

Por mais que o bebê, ao nascer, ainda não fale, ele escuta e se expressa. Por isso, interagir, tocar e demonstrar afeto é essencial.

A criança se desenvolve a partir do contato e afeto. Desde a gestação, tudo o que a gestante vivencia é transmitido ao bebê. “Por isso, o toque na barriga e a conversa já nesse período é muito importante. Por mais que o bebê, ao nascer, ainda não fale, ele escuta e se expressa. Em nenhum outro momento da sua vida seu cérebro estará desenvolvendo-se de forma tão intensa e acelerada. Acolher, interagir, tocar e estimular servirá como base para quem ele será na vida adulta”, enfatiza a coordenadora do Núcleo de Humanização e responsável pelo projeto da Primeira Infância no Hospital Pequeno Príncipe, Maria Gloss.

As relações são vitais para o desenvolvimento das crianças. Entretanto, quando esse elo não é estimulado, ou ocorre em excesso, pode ser prejudicial. “É importante lembrar que o vínculo não é um nó. Pelo contrário, ele deve levar à autonomia e à liberdade. Bons relacionamentos fazem com que as crianças se sintam empoderadas e repletas de autoestima”, destaca a coordenadora do Serviço de Psicologia do Pequeno Príncipe, Ângela Bley.

Dicas para estimular o vínculo

– Aproveite o tempo com qualidade. O cotidiano pode ser muito bem aproveitado.
– Apresente o mundo para a criança. Que tal falar sobre o que vê pela janela?
– Esteja presente de verdade. Deixe o celular e as telas de lado e dê atenção.
– Brinque. É assim que a criança entende o mundo, tocando em objetos ou pessoas.
– Estimule o contato com o que for mais natural, como a terra, a pele, a grama, a folha.
– Participe da vida da criança. Escute, elogie, ajude e demonstre interesse pelo que ela faz.
– Preste atenção quando a criança conversa com você. Isso é um ato de carinho.
– Mantenha um ambiente seguro e positivo, para que a criança se sinta amparada e amada.
– Eduque com carinho e disciplina positiva para transmitir os valores necessários.

Primeira infância e o Pequeno Príncipe
Pensando na importância da primeira infância e considerando que um terço dos pacientes atendidos no Pequeno Príncipe tem menos de 3 anos, a instituição deu início, em 2014, às ações do projeto Primeiríssima Infância, cuja proposta é empoderar os cuidadores frente ao desenvolvimento global da criança.

“Nós aproveitamos o tempo de internamento para estreitar as relações entre o paciente e seus familiares, além de estimular reflexões sobre temas que permeiam o desenvolvimento infantil, como a importância dos cuidados de saúde, físicos e emocionais; do estímulo à comunicação; do vínculo; da leitura; dos bons hábitos alimentares; e do brincar”, ressalta Maria Gloss.

Frequentemente, são realizadas atividades e conversas com os familiares a fim de promover conhecimento sobre a Primeira Infância.

Várias atividades são realizadas por educadoras nos quartos e enfermarias, como conversas, leituras, discussão de tópicos sobre o desenvolvimento infantil e incentivos aos familiares para uma participação ativa no desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças. Uma parceria com a Montblanc viabilizou também um acervo com brinquedos, livros e instrumentos musicais para crianças de 0 a 3 anos, proporcionando oficinas exclusivas para essa faixa etária.

Em 2018, foi lançado o Projeto Princípio, que estende o trabalho da Primeiríssima Infância aos colaboradores com filhos e netos com idades de 0 e 3 anos e demais colaboradores interessados. Eles participam de rodas de conversas a respeito de diferentes temas, como o olhar integral para o desenvolvimento da criança e a importância do vínculo afetivo.

Confira aqui a cartilha sobre Primeira Infância preparada pelo Hospital Pequeno Príncipe, por meio do projeto Saber + Participar Melhor, com orientações sobre como reforçar o vínculo e garantir um ambiente seguro para que as crianças se desenvolvam com saúde e bem-estar.

A cartilha sobre Primeira Infância foi preparada pelo Hospital Pequeno Príncipe, por meio do projeto Saber + Participar Melhor.

Agosto Verde
Neste ano, o Ministério da Cidadania deu início ao “Mês da Primeira Infância”, com o tema: “O Brasil do futuro começa agora”. O objetivo é fomentar o debate sobre a importância de estimular o desenvolvimento dos indivíduos desde a gestação até os primeiros anos de vida, pois isso auxilia no desenvolvimento humano e impacta diretamente na vida da criança no futuro.

 

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