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ALTA COMPLEXIDADE | Transplante de tecido ósseo é importante na restauração e reconstrução
Crianças e adolescentes diagnosticados com alguma doença ortopédica, como deformidades ou perdas ósseas, podem ser beneficiados pelo transplante de tecido ósseo. O procedimento é um grande aliado nas cirurgias realizadas pelo Serviço de Ortopedia do Pequeno Príncipe, diminuindo o risco de o organismo rejeitar próteses e tornando a recuperação mais segura.
Em 2022, a instituição realizou 135 transplantes de tecidos ósseos pediátricos. Doenças da coluna, deformidades no quadril e pé, além de fraturas não cicatrizadas, são os principais procedimentos que usam o enxerto no Hospital, seja na restauração de áreas com ausência de osso, devido a tumores e traumatismos, ou na reconstrução de deformidades.
Os tecidos utilizados nas cirurgias são resultantes de bancos de tecido musculoesqueléticos, já que a possibilidade de fazer o enxerto com osso do próprio paciente é menor em razão do tamanho da criança. “É importante reforçar que não existe risco de rejeição a esse tecido proveniente de banco. Ele passa por um preparo intenso, deixando apenas a parte mineral, sem rastro sanguíneo”, explica o médico responsável pelo Serviço de Ortopedia do Pequeno Príncipe, Luiz Antonio Munhoz da Cunha.
Transplante de tecido estimula formação óssea
Um motivo importante para usar enxerto em procedimentos cirúrgicos é a estimulação da formação óssea. De acordo com o ortopedista pediátrico Luis Eduardo Munhoz da Rocha, do Pequeno Príncipe, esse processo incentiva que fraturas não consolidadas ou falhas no tecido formem um novo osso a partir do transplante.
Nas cirurgias da coluna, em especial na correção de escolioses, o transplante é usado para reparar o dano, mas também para dar estabilidade, auxiliando na fixação das próteses (hastes e parafusos) nas articulações, promovendo uma correção completa.
“Depois do enxerto, a célula da própria criança ou adolescente transforma o tecido que estava morto em um novo, favorecendo a estimulação de formação óssea e possibilitando a estabilização do osso”, explica Luis Eduardo.
Correção de deformidades e malformações
Grande parte dos atendimentos realizados pelo Serviço de Ortopedia do Pequeno Príncipe é de casos complexos em crianças e adolescentes, como a correção de deformidades no pé. Durante o procedimento cirúrgico, o ortopedista estrutura um osso com o enxerto e corrige a malformação. Depois de seis meses, o tecido é totalmente incorporado à estrutura do paciente, reparando a deformidade.
Em cirurgias de pacientes com deformidade no quadril, principalmente aqueles com mobilidade reduzida que usam cadeira de rodas, o transplante de tecido ósseo é feito regularmente. “Nesses casos, uma quantidade maior de enxerto é usada para fixar o parafuso com o osso e não gerar um estresse, afrouxando a prótese com o tempo. O tecido preenche por completo o osso e o equipamento, permitindo uma correção integral”, detalha Luis Eduardo.