Transplante cardíaco pediátrico e o desafio da escolha do órgão

Notícias

ALTA COMPLEXIDADE | Transplante cardíaco pediátrico e o desafio da escolha do órgão

Três crianças e adolescentes ganharam um novo coração no Pequeno Príncipe em 2022
20/03/2023
Transplante cardíaco pediátrico e o desafio da escolha do órgão
Para o transplante cardíaco ser realizado, são necessários diferentes profissionais.

Crianças e adolescentes podem nascer com malformações no coração ou desenvolver doenças que afetem o funcionamento da estrutura do órgão no decorrer dos anos. Em alguns casos, o tratamento com medicamentos ou cirúrgico (correções de anomalias) não normaliza a função, por isso o transplante cardíaco é indicado.

Pacientes que apresentem estágio final de insuficiência cardíaca, ou seja, quando o coração não bombeia sangue suficiente para atender às necessidades do corpo, precisam da intervenção. De acordo com Fabio Binhara Navarro, médico responsável pela especialidade no Hospital Pequeno Príncipe, o transplante cardíaco pediátrico representa um importante desafio.

“Para haver compatibilidade entre doador e receptor, existe a necessidade de uma concordância entre peso e altura. Por exemplo, o peso do doador não pode ser menor que 20% ou maior que o dobro do peso do paciente em lista de espera”, detalha o médico. Em 2022, três transplantes cardíacos pediátricos foram realizados pela equipe da instituição, que é formada por sete cirurgiões.

transplante cardíaco
Três crianças e adolescentes ganharam um novo coração no Pequeno Príncipe em 2022.

Como é feito o transplante cardíaco pediátrico?

Para o procedimento ser realizado, são necessários diferentes profissionais, como cirurgiões, cardiologistas, intensivistas, anestesistas, enfermeiros, instrumentadores, perfusionistas, psicólogos e assistentes sociais. No Pequeno Príncipe, a equipe multidisciplinar analisa cada caso desde a consulta pré-operatória, assim como auxilia na seleção do órgão que a criança vai receber e no procedimento cirúrgico, além dos cuidados depois que o transplante cardíaco é finalizado.

A cirurgia, bastante complexa devido à pouca idade dos pacientes, exige duas equipes. “Enquanto parte dos profissionais vão para a retirada do coração do doador, outra parte prepara o receptor, de forma simultânea. Tudo com o intuito de diminuir o tempo de isquemia [tempo em que o fluxo sanguíneo do coração é interrompido] do coração transplantado, para que ele seja o menor possível, preferencialmente menor do que quatro horas”, ressalta o cirurgião cardiovascular.

Essa divisão da equipe, segundo o médico, é fundamental para um procedimento seguro, principalmente quando a captação do órgão é realizada em outros estados, exigindo transporte aéreo. Durante o procedimento, é utilizada uma máquina que faz a função do coração e do pulmão (quina de circulação extracorpórea) e mantém a circulação sanguínea dos demais órgãos. Nesse momento, o coração doente é retirado, e o órgão saudável é implantado.

transplante cardíaco
O Hospital Pequeno Príncipe é referência no atendimento de crianças menores de 2 anos.

Pequeno Príncipe é referência no atendimento de bebês

O Hospital é referência no atendimento de crianças menores de 2 anos. É o caso de Miguel Gabriel da Silva Valoroski, que realizou um transplante cardíaco pouco antes de completar 1 ano. Ele foi diagnosticado com fibroma, um tumor que cresceu dentro do músculo do coração, e só esse tipo de procedimento poderia normalizar o funcionamento do órgão.

Devido à experiência técnico-científica da equipe de especialistas, o transplante cardíaco no menino foi um sucesso. De acordo com a mãe, Beatriz Valoroski das Almas, um dia depois da cirurgia ele foi desentubado e recebeu alta antes do esperado. “Ele ficou mais tempo na Unidade de Terapia Intensiva [UTI] antes da cirurgia do que depois do procedimento, que é complexo. Ele se recuperou muito rápido, foi um milagre”, comemora.

Conforme Navarro, após o transplante, o paciente é monitorado continuamente e necessita de terapia para imunossupressão, com medicamento que atua no sistema imunológico do paciente, impedindo o processo inflamatório que pode levar à rejeição do órgão. Depois da alta hospitalar, que varia entre 15 e 30 dias, a criança ou adolescente é acompanhado pelo Serviço de Cirurgia Cardiovascular e Cardiologia do Pequeno Príncipe até completar 18 anos.

O transplante de coração do Miguel, realizado no Hospital Pequeno Príncipe, foi um sucesso.

O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3). 

Acompanhe os conteúdos também nas redes sociais do Pequeno Príncipe e fique por dentro de informações de qualidade – FacebookInstagramTwitterLinkedIn e YouTube.

+ Notícias

07/12/2023

Serviço de Hemodinâmica do Pequeno Príncipe completa 35 anos

Mais de 15 mil procedimentos já foram realizados desde a inauguração da especialidade
05/12/2023

Dia do Rei Pelé: audiência na Câmara Federal discute criação de data

 A proposta liderada pelo Pequeno Príncipe já foi aprovada na Câmara de Curitiba e na Assembleia do Estado
04/12/2023

Tetralogia de Fallot: saiba tudo sobre essa cardiopatia congênita

O Hospital Pequeno Príncipe, referência no atendimento em cardiologia pediátrica, atende frequentemente a esses casos
01/12/2023

Médicos ucranianos visitam Hospital Pequeno Príncipe

Os profissionais ficaram impressionados com a qualidade da assistência pediátrica e o cuidado com os pais
30/11/2023

Pequeno Príncipe reúne apoiadores em São Paulo e em Curitiba

Diretoria do Hospital compartilhou com os presentes os desafios da instituição neste ano e também os sonhos para o futuro
29/11/2023

Pequeno Príncipe aborda desafios na Câmara Municipal de Curitiba

A participação da instituição na sessão foi uma iniciativa do vereador Jornalista Márcio Barros (PSD)
Ver mais