Sepse pode ser evitada com medidas simples

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Sepse: síndrome causada por infecção pode ser evitada com medidas simples

O quadro sistêmico é a maior causa de morte evitável do mundo; entre as formas de prevenção está a higiene constante das mãos e punhos
13/09/2022
sepse
O Hospital Pequeno Príncipe conta com uma linha de cuidado específica para a sepse.

A sepse é uma resposta inflamatória causada por uma infecção, na maior parte das vezes, bacteriana. Essa reação – complexa e grave – é a forma que o organismo encontra para combater o quadro. Neste Dia Mundial da Sepse, o Hospital Pequeno Príncipe reforça que qualquer pessoa pode desenvolver a síndrome caso não realize o tratamento adequado de uma infecção, seja em casa ou no ambiente hospitalar.

Segundo a Universidade de Washington, essa síndrome inadequada do organismo mata cerca de 11 milhões de pessoas no mundo por ano, sendo que crianças menores de 5 anos representam 40% dos casos. “Sempre que você tem essa síndrome de resposta inflamatória sistêmica causada por um agente infeccioso, pode ter uma evolução muito rápida, por isso é importante testar atento aos sintomas”, explica o médico Fábio de Araújo Mota.

No Brasil, de acordo com a revista The Lancet, a estimativa é que 240 mil pessoas percam a vida, por ano, em decorrência do quadro inflamatório. Crianças prematuras e abaixo de 1 ano, idosos acima de 65 anos, pacientes imunodeprimidos, portadores de HIV, usuários de álcool e drogas, e hospitalizados por longos períodos, apresentam um risco maior de desenvolver a síndrome.

Sinais de alerta

Entre os sinais a que pais e responsáveis devem ficar atentos estão:

  • temperatura acima de 38°C;
  • diminuição do volume de urina;
  • falta de ar;
  • aumento da frequência cardíaca, conforme a idade de cada paciente;
  • sonolência, confusão mental e/ou agitação;
  • fraqueza extrema;
  • vômito.

Tratamento da sepse

O tratamento iniciado na primeira hora do diagnóstico da sepse salva vidas, por isso o reconhecimento precoce do quadro é tão importante. O Hospital Pequeno Príncipe é referência no assunto em relação a crianças e adolescentes e conta com uma linha de cuidado específica para a sepse, com diferencial da detecção rápida do quadro.

Segundo o médico, o tratamento deve ser feito dentro de um ambiente hospitalar. “Não existe a hipótese de você tratar a sepse em casa, com medicamentos via oral. O paciente precisa ser internado, receber hidratação e antibiótico. Tudo isso em conjunto com análises laboratoriais”, detalha o médico.

Prevenção

A sepse é a maior causa de morte evitável no mundo, mas alguns cuidados podem prevenir o quadro séptico:

  • lavar as mãos e punhos com água e sabão ou álcool glicerinado a 70%;
  • manter a caderneta de vacinação em dia;
  • não medicar crianças e/ou se automedicar;
  • adotar cuidados básicos de higiene;
  • levar a criança a um pediatra para consultas frequentes.

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