Maior hospital pediátrico do Brasil, o Pequeno Príncipe não atua apenas na prestação de consultas médicas, internamentos e cirurgias. O atendimento a crianças e adolescentes de todo o Brasil é amplo e inclui, por exemplo, a defesa da população infantojuvenil contra qualquer tipo de violência.
Todos os anos, em 18 de maio, Dia Nacional de Luta Contra o Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes – também conhecido Dia Nacional de Enfrentamento à Violência Contra Crianças e Adolescentes – são desenvolvidas ações de combate e conscientização, como parte da Campanha Pra Toda Vida, promovida desde 2006. A denúncia foi o foco da mobilização até 2013. Para este ano, o enfoque será o da conscientização para o autocuidado, especialmente para crianças entre três e 12 anos.
A denúncia é importantíssima, mas saber se proteger também. Em relação a 2012, houve um aumento de casos de 18% registrados no Pequeno Príncipe. Foram 373 vítimas de violência de diferentes cidades do estado em 2013, e haviam sido 315 em 2012. Do total, 178 pacientes eram de Curitiba.
A faixa que concentra o maior número de vítimas é de três a quatro anos, com 98 casos. Além disso, em 36% dos casos a violência é recorrente (não foi a primeira vez que aconteceu). E 60% das agressões ocorrem em ambiente doméstico/familiar.
Preocupa também o fato de o número de vítimas de violência sexual ter aumentado. Foram 253 casos, contra 227 em 2012. Por isso, o Pequeno Príncipe muda o foco e ressalta a importância de se trabalhar a autoproteção, aliada à denúncia.
Dois livros de poesia, voltados às crianças serão lançados pelo Complexo Pequeno Príncipe em outubro. O conteúdo visa despertar a importância do autocuidado com as obras Eu Sei de Mim, Ah! Sei Sim, volume 1 para crianças de três a sete anos, e volume 2, de oito a 12. Ambos foram escritos por Thelma Alves de Oliveira e as ilustrações são de Gabriel Rischebieter.
“Os livros pretendem ser um instrumento para garantir direitos, proteger e educar para autonomia. Seu propósito é ajudar os adultos a darem proteção e cuidado suficientes, mas também ajudar as próprias crianças perceberem situações que as colocam em risco e, principalmente, saber como lidar com elas”, afirma a autora.
Iniciativas Entretanto, antes do lançamento, o Hospital desenvolverá outras ações contra a violência a crianças e adolescentes. Na próxima terça-feira, dia 20, às 14h, será promovida a palestra “Sinais de Violência Infantojuvenil”, com o propósito de alertar a equipe de enfermagem sobre como identificar casos de agressão a crianças e adolescentes que chegam em busca de atendimento.
Na oportunidade também será realizada uma contextualização sobre a Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente em Situação de Risco para a Violência, da qual o Pequeno Príncipe faz parte e é referência em atendimento a crianças até 12 anos.
O Complexo Pequeno Príncipe tem exercido um papel de protagonista nessa temática e mantém, desde 2006, a Campanha Pra Toda a Vida –A violência não pode marcar o futuro das crianças, com ações de mobilização da sociedade, distribuição de cartilhas para profissionais de saúde e educação, e campanhas para estimular a denúncia.
Segundo a pediatra Maria Cristina Silveira, supervisora do pronto-atendimento do Hospital e médica da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente, a própria população infantojuvenil pode ficar atenta a comportamentos inconvenientes de outras pessoas. “A criança deve tomar cuidado com carinhos que a deixa desconfortável, que o autor peça para não contar para ninguém ou faça em troca de presentes. Na adolescência, os jovens já têm pudor, sabem que carinho escondido não deve ocorrer e não podem suportar ameaças. Eles devem contar para alguém de sua confiança”, ressalta.
Saiba mais sobre os livros Cada um dos livros contém dez poemas sobre o cotidiano das crianças e pretende provocar uma reflexão sobre o tema e, em algum nível consciente ou inconsciente, chegar até elas como ferramenta de proteção.
As publicações ainda podem ser úteis aos profissionais que trabalham com crianças na educação, saúde, assistência social, arte e cultura como uma forma de iniciar conversas, discussões e outros métodos educativos. Da mesma forma, objetivam chegar aos pais que costumam fazer leituras junto com os filhos e extraem desse momento o melhor da relação educativa.
Assim que lançados, os livros serão distribuídos aos parceiros da Rede de Proteção, como escolas, CRAS, CREAS, unidades de saúde, entidades de garantia dos direitos das crianças, e setores organizados da comunidade, sempre acompanhados de uma oficina mediada pela autora e educadores, com o intuito de explorar o potencial do material.
Sobre a autora Thelma Alves de Oliveira é formada em Psicologia e também em Educação Física, com especialização em administração pública pela Fundação Getúlio Vargas. Sua trajetória profissional foi marcada pela atenção às crianças, seja como professora seja como psicóloga. Coordenou o programa estadual Recriança – Irmão Menor e exerceu a diretoria técnica da Fundação de Ação Social do Paraná (Faspar), responsável por programas sociais voltados a crianças e adolescentes.
Thelma ainda foi primeira-secretária do Conselho Estadual dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes e, posteriormente, sua presidente por duas gestões. Também esteve à frente do Instituto de Ação Social do Paraná e da Secretaria de Estado da Criança e Juventude. Foi coordenadora nacional do Sistema Socioeducativo na Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, e atualmente é assessora de diretoria do Complexo Pequeno Príncipe.
Criar um ambiente onde a criança possa explorar diferentes interesses, sem pressão, mas com incentivo, é um passo importante para o desenvolvimento integral
Mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo convivem com alguma doença rara, das quais 72% têm origem genética, e em 75% dos casos os primeiros sinais aparecem ainda na infância
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