O Pequeno Príncipe tem um Centro de Reabilitação e Convivência, com assistência, inclusão social e terapias. O espaço conta com um Laboratório Computadorizado de Marcha, único em funcionamento no Estado, destinado às avaliações clínicas de pacientes, que fornece parâmetros para que a equipe médica de ortopedia possa planejar e oferecer o melhor tratamento.
ALTA COMPLEXIDADE | Ortopedia do Pequeno Príncipe é referência
Referência nacional, a ortopedia do Hospital Pequeno Príncipe foi uma das primeiras especialidades atendidas na instituição. Atualmente, são 20 médicos ortopedistas pediátricos, especializados no Brasil e no exterior, focados na saúde infantojuvenil. O centro ortopédico oferece tratamento para doenças complexas e deformidades, doenças congênitas, neuromusculares, traumas e doenças adquiridas.
No ano de 2021, foram realizados 17.249 procedimentos cirúrgicos, 13.040 consultas ambulatoriais e 122 enxertos ósseos. O Centro Cirúrgico de ortopedia tem uma das infraestruturas mais modernas do país, realizando diferentes tipos de procedimentos, com profissionais altamente qualificados e atendimento humanizado.
“Nós atendemos crianças portadoras de doenças complexas na essência e que têm um ‘momento certo’ para procedimentos cirúrgicos. Por estas características, estabelecemos um vínculo com os pacientes e seus responsáveis, que muitas vezes persiste por décadas. Em muitos casos, a criança precisa passar por diversas cirurgias para ter um resultado satisfatório da sua deformidade”, realça o médico ortopedista Luiz Antonio Munhoz da Cunha, chefe do Serviço de Ortopedia do Pequeno Príncipe.
Acolhimento psicológico
O atendimento multidisciplinar oferecido aos pacientes, como o suporte psicológico, faz parte dos diferenciais do Pequeno Príncipe. Segundo Cunha, no país são poucas as instituições que oferecem esse atendimento. Entre as iniciativas do Hospital na promoção e defesa de direitos das crianças e adolescentes, está o atendimento a casos com lesões incompatíveis às histórias relatadas pelos responsáveis.
“50% dos maus-tratos são vistos inicialmente na emergência pelos ortopedistas. Por isso temos protocolos de atendimento com percepções voltadas para a história clínica e tipos de fraturas típicos de lesões por abuso”, relata o ortopedista.
Além disso, desde 2006, a instituição promove a campanha “Pra Toda Vida – A violência não pode marcar o futuro das crianças”, que busca dar visibilidade ao tema. Iniciativas como essa englobam ortopedia e outras especialidades no atendimento multidisciplinar como psicologia, fisioterapia, serviço social, nutrição e fonoaudiologia.
Doenças atendidas
O Pronto-Atendimento SUS e a Emergência Convênios e Particular do Pequeno Príncipe atendem traumas ortopédicos como fraturas e luxações, mas a ortopedia do Hospital atende também doenças congênitas, doenças adquiridas, doenças neuromusculares e doenças traumáticas.
Um dos casos mais comuns é o de pé torto congênito, associado ou não a síndromes raras. O tratamento cirúrgico pode ser indicado dependendo da gravidade da doença. Outra malformação comum é o gigantismo de mão, caracterizado pelo crescimento anormal de um ou mais dedos da mão, afetando todos os tecidos do membro, inclusive os ossos.
Entre as doenças adquiridas estão a escoliose idiopática do adolescente (curvatura anormal da coluna), doença de Legg-Perthes (deformação do quadril), displasia do desenvolvimento do quadril (encaixe imperfeito entre o quadril e o fêmur, que é a principal causa de artrose em jovens adultos).
Também existem as doenças neuromusculares, e o Pequeno Príncipe é referência no tratamento de mielomeningocele (malformação da coluna vertebral e da medula espinhal, com múltiplas causas). Outra doença atendida na instituição é a paralisia cerebral (que pode levar a alterações do movimento, coordenação, equilíbrio e tônus muscular).