Intervenção precoce auxilia no tratamento do Transtorno do Espectro Autista - Hospital Pequeno Príncipe

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Intervenção precoce auxilia no tratamento do Transtorno do Espectro Autista

Neste Dia Mundial de Conscientização do Autismo, o alerta é para o diagnóstico feito com antecedência e a atuação interdisciplinar no acompanhamento
31/03/2017


De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), uma a cada 68 crianças tem algum Transtorno do Espectro Autista. Caracterizado por alterações na comunicação, na interação social e no comportamento, o distúrbio pode ser identificado ainda nos primeiros anos de vida. A intervenção precoce nesses casos auxilia os pequenos e seus familiares em suas dificuldades.

No próximo domingo, dia 2, é lembrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. As causas do transtorno ainda não foram claramente identificadas. Mas sabe-se, no entanto,  que, os pais não têm nenhuma culpa do pelo seu aparecimento. Além disso, as crianças com o distúrbio, apesar de apresentarem dificuldades, têm inúmeras potencialidades.

Por isso, é fundamental que os meninos e meninas sejam tratados levando em conta suas singularidades. “Cada criança é única e tem o seu jeito próprio de lidar com as situações. Os sintomas são bastante singulares e, por isso, o tratamento também varia de caso a caso”, destaca a psiquiatra do Hospital Pequeno Príncipe, Maria Carolina Oliveira Serafim.

O autismo é um espectro. Não existem dois autistas iguais.

É importante que os meninos e meninas com autismo sejam atendidos por uma equipe interdisciplinar. “No Pequeno Príncipe, temos um projeto chamado Utoppia, um serviço especializado voltado a crianças e adolescentes com transtorno ou deficiência mental, intelectual, múltipla e de autismo. Nele, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos e psiquiatras atuam a fim de refletir sobre os diferentes sinais apresentados ao longo do desenvolvimento, estabelecer um diagnóstico diferencial e traçar uma conduta caso a caso”, conta a médica.

Os pais e cuidadores também devem ser acompanhados. “Quando eles estão bem, seus filhos ficam bem. É essencial que eles possam ser ouvidos. Saber a história de vida dessa criança e a expectativa que os pais têm para seus filhos auxilia no tratamento do autismo”, explica a psiquiatra.

Protocolo IRDI
O Ministério da Saúde reuniu, ao longo de oito anos, sinais do comportamento infantil que podem indicar problemas de desenvolvimento psíquico e emocional em crianças ainda na Primeira Infância. Isso gerou o Protocolo de Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil (IRDI). Os familiares e cuidadores devem ficar atentos aos sinais de alerta, confira alguns:

– Irritabilidade
– Hipersensibilidade
– Não responder a expressões faciais alegres ou tristes
– Não apontar as coisas
– Não olhar nos olhos
– Não responder quando é chamado pelo nome
– Não se interessar em brincar de faz de conta
– Apresentar dificuldades para dormir
– Apresentar dificuldades para se alimentar
– Não balbuciar ou apontar para algo aos 12 meses
– Não falar nenhuma palavra aos 16 meses
– Não montar frases de duas palavras espontaneamente aos 24 meses
– Perder qualquer habilidade social ou de linguagem em qualquer idade

Entre 2 e 4 anos:
– Não usar o faz de conta
– Alimentar-se com pouca variedade e não aceitar mudanças
– Não sentir dor quando se machuca
– Não se interessar pela diferença dos sexos
– Apresentar rigidez na rotina dos cuidados corporais
– Fazer movimentos corporais repetitivos

Caso algum desses sinais sejam identificados, é preciso relatar as observações ao pediatra e analisar a necessidade de procurar um especialista. Se as manifestações permanecerem, é fundamental buscar um profissional de saúde mental (psicólogo ou psiquiatra) para avaliar e iniciar um tratamento, caso seja preciso.

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