Festas de fim de ano: a pandemia ainda exige cautela - Hospital Pequeno Príncipe

Notícias

Festas de fim de ano: a pandemia ainda exige cautela

Mesmo com a vacinação contra a COVID-19 em ritmo acelerado, as crianças ainda não foram imunizadas e os cuidados contra o vírus devem ser mantidos
16/12/2021
Neste fim de ano, o cuidado com as crianças deve ser redobrado, pois elas ainda não estão imunizadas contra a COVID-19.

Depois de dois anos de pandemia e distanciamento social, o desejo de reunir os familiares e amigos para celebrar as festas de fim de ano é ainda maior, principalmente pelo ritmo acelerado da vacinação no país e a flexibilização das medidas de prevenção. Mas, o momento ainda exige cautela.

O Pequeno Príncipe alerta que os cuidados ainda devem ser mantidos para preservar a saúde da população, porque o vírus continua em circulação. “Nos últimos meses estamos vivendo uma queda considerável no número de casos, mas isso não significa que a pandemia acabou”, destaca o infectologista e vice-diretor-técnico do Hospital Pequeno Príncipe, Victor Horácio de Souza Costa Júnior.

Com as crianças o cuidado deve ser redobrado, isso porque elas ainda não foram imunizadas contra a COVID-19. “Nosso temor é que os encontros de Natal e ano-novo, tão tradicionais, possam trazer um novo aumento no número de contaminados. Eu diria que ainda é cedo para promovermos e participarmos de grandes festas”, reforça o especialista.

Nova variante Ômicron
Desde novembro, a nova variante Ômicron começou a preocupar e deixar o mundo em alerta sobre uma nova onda da pandemia. “Ainda temos muitas dúvidas com relação a essa cepa, mas o que já se sabe é que a taxa de transmissão é maior. Em um cenário mundial em que está aparecendo uma cepa com transmissibilidade maior e que os casos de pacientes infectados por ela são de pessoas não vacinadas, não podemos esquecer da população pediátrica e que não está imunizada”, enfatiza o infectologista.

Uma das preocupações em relação a essa variante é a eficácia das vacinas já existentes contra ela, isso porque a Ômicron tem muitas mutações. “A gente viu recentemente que alguns estados queriam liberar as festas de Réveillon e o não uso de máscara em ambientes aberto, e voltaram atrás dessa ideia. E voltaram por quê? Porque não queremos reviver um passado recente. Precisamos sim manter o uso da máscara, fazer a higienização das mãos e evitar aglomeração”, afirma.

Os números ainda são preocupantes
De janeiro a novembro de 2021, por exemplo, o maior hospital exclusivamente pediátrico do país atendeu 1.274 crianças e adolescentes com diagnóstico positivo para COVID-19. A média mensal de pacientes internados em 2020 foi de nove pacientes. Neste ano, a média mensal ficou em 21 casos.

No Pequeno Príncipe, o número de casos vem caindo consideravelmente nos últimos meses, sobretudo graças à vacinação.

Do total de casos diagnosticados, 241 pacientes – quase 20% – necessitaram de internamento, sendo que 60 foram para a UTI. E 47% das crianças e adolescentes que internaram não tinham nenhuma comorbidade. “Se espalhou pelo mundo a ideia de que criança saudável não faz quadros graves de COVID-19, mas nossos números indicam que todos estão sujeitos a ter um quadro agravado”, ressalta Victor Horácio. Infelizmente foram registrados dez óbitos na instituição, que se somam a outros cinco do primeiro ano da pandemia.

Segundo o médico, as famílias buscaram atendimento mais rápido, contribuindo para a precocidade dos diagnósticos. “O diagnóstico precoce faz toda a diferença para a boa evolução do tratamento. As famílias estavam mais alerta neste ano e felizmente recebemos as crianças com a doença na fase mais inicial, o que aumenta as chances de cura. Os nossos médicos no Pronto-Atendimento também conseguiram fazer diagnósticos mais precoces.”

Nos últimos meses, o número de casos vem caindo consideravelmente, sobretudo graças à vacinação. “Adultos vacinados protegem as crianças, enquanto não chega a vez delas de se vacinarem”, enfatiza o infectologista. “Vários países já estão vacinando, e acredito que teremos um bom resultado aqui no Brasil também.”

+ Notícias

18/11/2025

Quais são as consequências da distorção de imagem na adolescência?

A busca por um “rosto perfeito” pode, na realidade, esconder sofrimento emocional
12/11/2025

Pequeno Príncipe Norte recebe equipe do Cindacta II para conversa sobre preservação e integração ambiental

O encontro discutiu ações conjuntas para a manutenção das áreas verdes das instituições
11/11/2025

O que é síndrome nefrótica em crianças?

O inchaço é o principal sintoma, e o diagnóstico precoce é fundamental, pois favorece a recuperação
04/11/2025

Nariz sangrando em crianças: quando se preocupar e o que fazer

Ar seco e infecções respiratórias estão entre as principais causas do sangramento nasal
03/11/2025

Pequeno Príncipe é novamente ouro em Resiliência Climática no prêmio global de sustentabilidade

Reconhecimento internacional valoriza o compromisso da instituição com a preparação para os desafios das mudanças climáticas
31/10/2025

Diretor do Complexo Pequeno Príncipe recebe Comenda da Ordem da Luz dos Pinhais

José Álvaro da Silva Carneiro foi homenageado pela prefeitura de Curitiba na Ópera de Arame
Ver mais