Dor de cabeça na infância: causas e tratamentos

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Dor de cabeça na infância: causas e tratamentos

A cefaleia em crianças e adolescentes pode ser tratada com mudanças de hábito na maioria dos casos
16/03/2022
dor de cabeça
Diferente da dor de cabeça em adultos, nas crianças pode durar menos tempo e está mais relacionada a fatores ambientais.

No dia a dia de crianças e adolescentes, a cefaleia – ou a conhecida dor de cabeça – não é rara. Estudos sugerem que cerca de 70% da população entre 12 e 15 anos tem dor de cabeça a cada três meses. Já para de 30% até 40%, a frequência desse incômodo é semanal. Entender os tipos de dor e as formas de prevenção e tratamento pode ajudar a minimizar o problema, que muitas vezes atrapalha as atividades normais da infância e da adolescência.

De acordo com o neurologista Anderson Nitsche, do Hospital Pequeno Príncipe, a cefaleia em crianças tem características clínicas muito semelhantes às daquela que acomete os adultos, entretanto pode durar menos tempo e está mais relacionada a fatores ambientais. Há duas classificações para as dores de cabeça:

  • primárias: são aquelas em que a própria cefaleia é o problema. A enxaqueca e a cefaleia tensional são os exemplos mais frequentes desse tipo de dor. A primeira é caracterizada por uma dor latejante, geralmente unilateral, associada a náusea e vômito, aversão à luz e barulho, além de dores abdominais. No segundo caso, há um tensionamento da musculatura da cabeça e do pescoço, com dor bilateral, ocorrendo especialmente no final do dia.
  • secundárias: essa classificação diz respeito às dores causadas por outras doenças. A necessidade de investigar uma causa secundária se evidencia quando os sintomas da dor primária ficam progressivamente mais frequentes. Outros sinais de alerta são: as dores acordam a criança durante a noite; mudança de personalidade; febre e vômitos persistentes; dificuldades para enxergar; mudanças no modo de andar.

Causas da dor de cabeça

As causas das crises de dor de cabeça são bastante variadas. Elas podem resultar de infecções típicas da infância, como resfriado e gripe, ou de situações mais graves, como as meningites e encefalites. A origem mais comum está associada à ingestão de determinados alimentos, maus hábitos de sono e estresse tóxico na escola ou em casa.

O médico Anderson Nitsche explica que esses problemas, além da ansiedade, preocupação excessiva, medos e depressão, podem manifestar-se por meio da dor de cabeça. Especialmente em episódios de enxaqueca, a origem está relacionada, em muitos casos, a alguns alimentos e bebidas, como cafés, refrigerantes, chocolates, temperos industrializados e doces. De modo mais raro, a cefaleia é provocada por tumores e sangramentos no cérebro.

Nos casos de trauma craniano, é recomendada uma avaliação médica quando a criança tem menos de 1 ano ou quando apresente dor de cabeça e vômitos persistentes, e outros sintomas neurológicos.

dor de cabeça
Quando a causa está associada a questões alimentares ou sono e estresse, controlar esses fatores geralmente é o suficiente.

Diagnóstico e tratamentos para a dor de cabeça

É fundamental entender como a cefaleia se manifesta para a realização adequada do diagnóstico. O médico caracterizará todas as manifestações que ocorrem durante a crise, investigará se há ocorrência nos familiares do paciente e o examinará para identificar possíveis sinais de alerta para uma doença mais grave. Quando necessário, o especialista indicará exames complementares.

Quando a causa está associada a questões alimentares ou sono e estresse, controlar esses fatores geralmente é o suficiente. Em situações refratárias, o uso de medicamentos pode ser indicado e outras doenças associadas deverão ser tratadas, como problemas de ansiedade e depressão, obesidade, bruxismo, entre outros.

Durante as crises de enxaqueca, deve-se usar um analgésico, assim que o sintoma iniciar, além de repousar em um ambiente com temperatura agradável, tranquilo e com pouca luz; e, se possível, dormir.

Serviço de Neurologia

Considerado um dos serviços mais completos na pediatria, o Serviço de Neurologia do Hospital Pequeno Príncipe é formada pelo Ambulatório de Epilepsia, Ambulatório de Distúrbios de Movimento e Paralisia Cerebral, Ambulatório de Erros Inatos do Metabolismo, Ambulatório de Distúrbios de Aprendizagem e Serviço de Eletroencefalografia. O Ambulatório de Erros Inatos do Metabolismo é o único do Paraná a investigar e diagnosticar doenças complexas e raras da infância e tem uma equipe multiprofissional. Desde 2016, o Pequeno Príncipe é habilitado pelo Ministério da Saúde como Serviço de Referência em Doenças Raras.

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