Os fungos, considerados inofensivos há pouco tempo, tornaram-se agressivos e causadores de infecções graves. Somente no Brasil, aproximadamente 4 milhões de pessoas são contaminadas a cada ano. Na maioria dos casos, essas infecções acometem indivíduos com doenças graves e, devido ao diagnóstico tardio, resulta no atraso do início do tratamento adequado.
Com o objetivo de atualizar e orientar os profissionais, o Hospital Pequeno Príncipe, em parceria com a United Medical, promoveu a palestra com o tema “Desafios no manejo clínico das doenças fúngicas invasivas nos pacientes onco-hematológicos pediátricos”. O encontro foi ministrado pela infectologista pediátrica Fabianne Carlesse, responsável pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e Controle de Antimicrobianos do Instituto de Oncologia Pediátrica do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC).
“Não me lembro de ter visto um hospital tão grande como esse, além de envolver tantos casos de alta complexidade. A ideia dessa palestra é conseguir trazer cada vez mais esse tema para o universo pediátrico”, pontuou a infectologista. De acordo com ela, as espécies Candida, seguidas do Aspergillus, são as mais comuns e as que mais avançam em pessoas com defesas orgânicas enfraquecidas. Por conta disso, a discussão do tema voltada para o setor de Oncologia, Hematologia e Transplante de Medula Óssea (OHTMO) é tão importante.
Apesar do aumento do diagnóstico precoce, 12,6 mil novos casos de câncer em crianças e adolescentes de até 19 anos devem ser diagnosticados em 2016 no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
“Nossos pacientes são os de maior risco. Nós trabalhamos com vários procedimentos e especialidades complexas e que desejam de muita atenção, como oncologia, hematologia e transplantes. Por isso, tivemos a ideia de trazer a especialista: para somar com a nossa experiência. Principalmente para pensarmos em novas alternativas, já que nossos recursos são limitados. Queremos melhorar a cada dia o atendimento aos nossos pacientes”, destacou a coordenadora do serviço de Oncologia e Hematologia do Pequeno Príncipe, a médica Flora Mitie Watanabe.
Ao final da palestra, a infectologista pediátrica Fabianne Carlesse ressaltou: “o mais importante, disso tudo, é que o infectologista e o hemato-oncologista trabalhem juntos. Sempre!”
Cuidados e orientações essenciais
Medidas simples podem ajudar profissionais da saúde a identificar e evitar infecções causadas por fungos:
– Lavar as mãos com mais frequência, antes e depois do contato com pacientes, em especial os expostos a procedimentos médicos invasivos, para evitar a transmissão de fungos que se alojam na pele como Candida parapsilosis.
– Reforçar os cuidados com o manuseio de cateteres e outros dispositivos invasivos usados principalmente em UTI.
– Investigar a possibilidade de origem fúngica das pneumonias de pacientes com defesas reduzidas, submetidos a transplantes de órgãos ou com leucemias.
– Incluir testes para diagnóstico de infecções por fungos na avaliação de pneumonias crônicas.
– Suspeitar que infecções resistentes a antibióticos em pacientes de UTI ou com leucemias por mais de sete dias possam ser causadas por fungos e merecem diagnóstico e tratamento específicos.
– Familiarizar-se com as diretrizes de sociedades médicas para tratamentos de infecções fúngicas (há documentos brasileiros sobre infecções por Candida sp., Paracoccidioides sp. e Cryptococcus sp.) e fortalecer o treinamento prático das equipes de saúde para promover o diagnóstico precoce e o tratamento adequado desses problemas.
– Notificar as autoridades da saúde, como os centros de vigilância epidemiológica, em caso de surtos de infecções causadas por fungos. Fonte: Laboratórios de Micologia Médica da Unifesp e da UFRJ
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