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Doação de órgãos pode salvar, pelo menos, seis vidas
Apesar de o Brasil ser um dos líderes mundiais em transplantes, as altas taxas de recusa familiar na doação continuam sendo o principal desafio. De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), somente no primeiro semestre de 2024 houve uma queda de 4,6% no número de doações de órgãos em relação ao mesmo período de 2023. Por isso, neste Dia Nacional de Doação de Órgãos, o Hospital Pequeno Príncipe reforça a importância deste ato de amor que pode salvar, pelo menos, seis vidas. Uma das vidas transformadas pelo sim de uma família é a de Eloa Terres, de 10 anos, que durante oito meses esperou por um coração compatível.
A história de Eloa: uma nova chance de vida
A mãe de Eloa, Loislaine Terres, recebeu o diagnóstico da filha ainda durante a gravidez: cardiopatia congênita. “Descobrimos a doença dela durante um ultrassom gestacional de rotina. Desde que nasceu, ela sempre teve a coloração da pele mais roxa, pois saturava muito baixo. E, mesmo com todos os cuidados e tratamentos, ela sentia muito cansaço e ficava ofegante até para fazer coisas simples do dia a dia, como andar, subir escadas e tomar banho”, conta a mãe.
Durante toda a infância, Eloa passou por procedimentos como cateterismos e diversos internamentos, até que veio a notícia de que precisaria de um transplante cardíaco. A família aguardou com ansiedade durante alguns meses a ligação da equipe médica do Pequeno Príncipe, que avisaria quando um coração compatível surgisse. Hoje, agradece o gesto de amor que mudou a vida da menina de 10 anos. “Só temos a agradecer a família que disse sim para a doação de órgãos. Lembro como se fosse hoje quando nos falaram que o transplante dela tinha sido um sucesso. Ver minha filha bem é um sentimento que não tem explicação”, relata Loislaine.
Hoje, Eloa faz parte das estatísticas de sucesso em transplante de órgãos no Brasil. Mas outras 44.608 pessoas, segundo o Sistema Nacional de Transplantes, ainda esperam pela mesma oportunidade. Dessas, mais de 600 são crianças e adolescentes. “Sabemos que a perda de um ente querido é um momento delicado e muito difícil. Mas caso tenha algum familiar que possa doar os órgãos, é importante dizer sim”, explica o cardiologista pediátrico Bruno Hideo, do Hospital Pequeno Príncipe.
Pequeno Príncipe é referência em transplantes
O Pequeno Príncipe realiza transplantes de rim, fígado, coração, válvulas cardíacas, tecidos e medula óssea. Em 2024, o Serviço de Transplante Renal completa 35 anos, e o Serviço de Transplante Cardíaco, 20 anos. A atuação do Hospital tem importante impacto no cenário regional e nacional, com excelentes resultados de sobrevida para os pacientes.
A estrutura de UTIs, com 76 leitos, o Centro Cirúrgico, com nove salas, a disponibilidade de profissionais de 47 especialidades e áreas da pediatria com equipes altamente especializadas oferecem uma importante retaguarda, dando suporte a esses procedimentos. Somente em 2023, foram realizados 307 transplantes, e em 2024, até agosto, foram 199.
A instituição também conta com a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), responsável por organizar rotinas e protocolos institucionais para viabilizar o processo de doação. Composta por uma equipe multiprofissional, a comissão atua para garantir agilidade e eficiência na doação, além de seguir os parâmetros éticos e morais que o processo requer.
O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. E a iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3: Saúde e Bem-Estar (ODS 3).