Dia Mundial do Doador de Medula Óssea: Pequeno Príncipe ressalta a importância desse gesto para salvar vidas - Hospital Pequeno Príncipe

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    Dia Mundial do Doador de Medula Óssea: Pequeno Príncipe ressalta a importância desse gesto para salvar vidas

    Um dos mais importantes centros pediátricos para a realização do transplante no país, o Hospital continua transformando a vida de pacientes mesmo durante a fase de pandemia
    19/09/2020
    O Pequeno Príncipe é um dos mais importantes centros pediátricos para o transplante de medula óssea no Brasil.

    Neste sábado, 19 de setembro, o Hospital Pequeno Príncipe celebra o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea reforçando a importância desse gesto para salvar vidas. A instituição, um dos mais renomados centros pediátricos do país para transplantes desse tipo, realiza cerca de 85% dos procedimentos complexos via SUS.

    Implantado em 2011, o Serviço de Transplante de Medula Óssea do Pequeno Príncipe recebeu importantes investimentos e, no fim de 2016, o número de leitos mais que triplicou – passando de 3 para 10 acomodações. As obras de ampliação foram viabilizadas com recursos captados via Renúncia Fiscal por meio do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON).

    O transplante de medula óssea é fundamental para o tratamento de diversas doenças, entre elas alguns tipos de neoplasias (como leucemias e vários tumores), doenças do sangue e da imunidade. De acordo com dados do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), o Brasil tem pouco mais de 5,2 milhões de cidadãos cadastrados. O interesse de fazer parte dessa grande corrente do bem é importante, pois a chance de encontrar um doador compatível é de 1 em cada 100 mil.

    Neste momento de cuidados e prevenção à COVID-19, os trabalhos na área passaram por adaptações, mas não foram interrompidos. “O Serviço de TMO não parou durante a pandemia. Apenas os casos não urgentes foram adiados na medida do possível. Trabalhamos com cuidados redobrados e seguindo as orientações da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea”, explicou a médica Cilmara Kuwahara.

    De acordo a médica do Serviço de TMO, desde o início do ano até julho, meses críticos do coronavírus, foram realizados 23 transplantes no Pequeno Príncipe. Em 21 de setembro deste ano, o total de procedimentos chegou a 41. Em 2019, ano do centenário do Hospital, foram 62. “Algumas doenças têm como única opção de cura a realização do transplante de medula óssea e, portanto, a doação da medula por um doador saudável é essencial para garantir o tratamento do paciente. Acredito que os maiores problema são o medo e a desinformação. Medo do procedimento, da dor, das agulhas…”, reiterou a especialista.

    O Brasil é o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo, ficando atrás somente dos EUA e da Alemanha. A chance de identificar um doador compatível ao final do processo fica em torno de 64%. Com campanhas e o alerta sobre a importância de integrar esse grupo, é possível melhorar esses dados.

    Amédica do Serviço de TMO do Hospital Pequeno Príncipe, Cilmara Kuwahara, lembra que algumas doenças têm como única opção de cura a realização do transplante de medula óssea.

    Uma nova chance para Antoni Demétrio Vieira

    Em 2018, Antoni Demétrio Vieira, 5 anos, de Araranguá, em Santa Catarina, reclamou de dor nas pernas para a mãe na saída da escola. O problema, aparentemente provocado por uma queda no parquinho, foi se agravando e o menino passou a não andar.

    Entre inúmeras consultas médicas realizadas no estado catarinense, veio o diagnóstico preocupante: leucemia, o câncer mais comum entre o público infantojuvenil. O menino passou por muitas internações e tratamentos até chegar ao Pequeno Príncipe, em dezembro de 2019.

    Como o caso estava estabilizado naquele momento, a ideia era que o transplante ficasse para abril de 2020. “Nós ficamos com medo de esperar e ele piorar. E foi isso mesmo que aconteceu. Em janeiro ele ficou muito mal e precisou ir pra UTI”, comentou a mãe, Bruna Demétrio Vieira.

    Bruna não ficou com medo de fazer o transplante durante a pandemia. “Nós já estávamos em isolamento por causa dele. Como ele ficava com as defesas muito baixas por causa da quimioterapia, a gente já não ia pra lugar nenhum e ninguém nos visitava também”, falou.

    Demétrio com a mãe, Bruna: nova oportunidade.

    O procedimento de Demétrio foi realizado há quase dois meses. “Encontramos o doador no banco. É um doador brasileiro mesmo, mas não me deram muitas informações de quem é. Me parece que é alguém do Ceará, mas não tenho certeza. Fizemos a infusão da medula no dia 7 de agosto e 20 dias depois recebemos a notícia de que a medula tinha pegado. Na hora, nós nem acreditamos. Sabe quando você espera muito tempo por uma notícia e quando ela chega você nem sabe o que pensar? A gente coloca Deus na frente de tudo e confia que com ele na frente tudo vai dar certo”, avaliou.

    O atendimento no Pequeno Príncipe foi considerado um diferencial pela mãe. “Desde a primeira consulta nós percebemos que as médicas são muito humanas. A equipe de enfermagem também é muito boa, explica tudo certinho, vem no quarto o tempo todo perguntar se está tudo bem”, reiterou.

    Torne-se um doador

    De acordo com o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), para fazer parte desse grupo é necessário:

    Ser doador é a oportunidade de transformar vidas.

    Ter entre 18 e 35 anos para efetuar o cadastro.
    Estar em bom estado geral de saúde.
    Não ter doença infecciosa ou incapacitante.
    Não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico.
    Algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.
    Vale lembrar ainda que para se tornar um doador de medula óssea basta fazer um cadastro no Hemocentro, que vai efetuar uma breve entrevista e passar as orientações necessárias. Após, será realizada a coleta de amostra de sangue e os dados obtidos na análise vão para um cadastro nacional. Quando houver necessidade, os dados serão acessados e, caso se confirme a compatibilidade, o doador será consultado para confirmar a doação.

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