Doenças raras: diagnóstico precoce é decisivo à qualidade de vida

Notícias

Doenças raras: diagnóstico precoce é decisivo para qualidade de vida

Quando descobertas de maneira rápida, as doenças podem ser controladas com medicamentos; e algumas, curadas por meio de transplantes
29/02/2024
doenças raras
Neste Dia Mundial das Doenças Raras, conheça a história dos irmãos Isac e Erika Rinaldi da Fonseca.

De acordo com o Ministério da Saúde, as doenças raras são um grupo de mais de seis mil patologias que atingem 65 em cada cem mil indivíduos. No Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivem com uma delas. Sem idade para acontecer, mas com 75% dos casos com manifestações já na infância, elas levam, em média, oito anos para serem diagnosticadas, segundo a Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica.

Por isso, no Dia Mundial das Doenças Raras, lembrado em 29 de fevereiro, o Pequeno Príncipe reforça a importância do diagnóstico precoce para uma melhor qualidade de vida dos pacientes e, em alguns casos, a cura. A instituição foi a primeira do país habilitada pelo Ministério da Saúde como referência no atendimento dessas patologias.

“Quando há o diagnóstico precoce de doenças como mucopolissacaridoses, osteopetroses e adrenoleucodistrofias, por exemplo, é possível realizar o tratamento curativo por meio de transplantes”, explica a neurologista Mara Lucia Schmitz, responsável pelo Serviço de Doenças Raras do Hospital.

Sinais de alerta para as doenças raras

Algumas doenças raras podem ser identificadas já na realização da triagem neonatal, com o teste do pezinho, orelhinha, olhinho e coração. E é essencial ficar atento aos sinais de desenvolvimento da criança em relação:

  • ao ponto de vista neurológico, intelectual e motor;
  • a presença de algum defeito físico interno (coração, por exemplo);
  • infecções de repetição;
  • febres incessantes;
  • distúrbios de crescimento;
  • perda de habilidades já desenvolvidas de forma progressiva.

As doenças raras são caracterizadas por uma ampla diversidade de sinais e sintomas. E que variam não só de doença para doença, mas também de pessoa para pessoa. Além disso, 80% têm origem genética. As demais podem surgir por problemas infecciosos, inflamatórios ou autoimunes.

Diagnóstico precoce salva vidas

A maioria das doenças raras não tem cura, mas com o diagnóstico definido é possível realizar cuidados paliativos, serviços de reabilitação e até mesmo o controle da patologia. É o caso dos irmãos Isac e Erika Rinaldi da Fonseca, de 6 e 3 anos, que foram diagnosticados com a doença de Gaucher antes de completarem 1 ano de vida.

Essa alteração genética pode causar problemas no fígado, baço, pulmão e medula óssea, afetar o sistema nervoso central e até levar a óbito. “Desde bebê, o Isac chorava muito e não dormia mais do que 30 minutos. Perto de completar 1 ano, a barriga dele inchou muito e teve febre de 39 graus. Ele internou e, depois de muitos exames, recebemos o diagnóstico da doença de Gaucher”, conta a mãe, Sabrina Fonseca.

Durante a segunda gestação, Sabrina sabia da possibilidade de Erika ter a mesma doença rara do irmão. Após o nascimento, foram realizados exames que confirmaram que a menina também apresenta a patologia.

Como a doença não tem cura, a cada 15 dias os irmãos vêm até o Pequeno Príncipe para realizar a terapia de reposição enzimática (TRE). O tratamento é fundamental para manter o bom desenvolvimento e qualidade de vida deles. “As reposições começaram logo após os diagnósticos, e eles foram evoluindo muito bem. Quando acontece de atrasar a infusão por conta de algum problema secundário de saúde, já começam a aparecer hematomas pelo corpo. Por isso, seguir o tratamento é tão importante”, finaliza a mãe.

Sobre o Serviço de Doenças Raras

O Pequeno Príncipe dedica-se ao tratamento de pacientes com esse diagnóstico há décadas. E foi o primeiro hospital habilitado, em 2016, pelo Ministério da Saúde, como Serviço de Referência em Doenças Raras. O Hospital realiza consultas, exames e aconselhamento genético.

Além disso, busca minimizar os impactos da evolução da doença. O diagnóstico e o tratamento das doenças são feitos por uma equipe multiprofissional e envolve diferentes especialidades. Médicos, nutricionistas, psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais estão envolvidos em todo o processo.

Por ano, são mais de 2 mil consultas a pacientes com doenças raras, nas especialidades de genética, neurologia, nutrologia, pneumologia, alergologia, imunologia e nutrição.

  • Confira, no vídeo a seguir, mais informações sobre as doenças raras:

O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).

Acompanhe também as redes sociais do Hospital Pequeno Príncipe (FacebookInstagram, LinkedIn, X, YouTube e TikTok) e fique por dentro de informações de qualidade!

+ Notícias

14/03/2025

Quais são os marcos do desenvolvimento infantil?

Identificar padrões esperados e possíveis atrasos é essencial para o crescimento saudável das crianças
05/03/2025

Pequeno Príncipe brilha no Carnaval de Curitiba

Emoção e encanto tomaram conta da avenida com a homenagem ao Hospital e participação dos profissionais
28/02/2025

Pequeno Príncipe celebra a formatura de 73 residentes

A entrega dos certificados de conclusão dos programas de residência e especialização médica reuniu 350 pessoas em uma noite de comemoração
28/02/2025

A importância do acesso a exames genéticos nas doenças raras

Mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo convivem com alguma doença rara, das quais 72% têm origem genética, e em 75% dos casos os primeiros sinais aparecem ainda na infância
20/02/2025

Qual é o papel da figura paterna na vida de um filho?

Bebês cujos pais são presentes e participativos desenvolvem habilidades sociais mais rapidamente
13/02/2025

Maquiagem infantil: com qual idade a criança pode usar?

Hospital Pequeno Príncipe alerta sobre os riscos do uso precoce desses cosméticos, já que a pele dos pequenos é mais sensível
Ver mais