Como ser doador de medula óssea?

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Como ser doador de medula óssea?

Hospital Pequeno Príncipe, referência nacional em transplante de medula óssea em pacientes pediátricos, responde às principais dúvidas sobre esse ato de amor ao próximo
16/09/2023
como ser doador de medula óssea
Ser doador de medula óssea é uma chance de transformar vidas, como a da Laura, paciente do Pequeno Príncipe.

A doação de medula óssea é um ato de solidariedade. Oferece esperança para pessoas com cerca de 80 doenças do sistema sanguíneo e imunológico, como leucemia, falências medulares adquiridas e hereditárias, imunodeficiências primárias e doenças raras. O Brasil possui um dos maiores registros de doadores voluntários de medula óssea do mundo, o Redome, com mais de 5,6 milhões de cidadãos cadastrados. Mas ainda assim a chance de encontrar um doador compatível é de uma em cada cem mil, segundo o Ministério da Saúde.

Hoje, 650 pessoas aguardam por um transplante de medula óssea (TMO), e a compatibilidade entre doador e receptor é crucial. “Nem sempre nós encontramos um doador na família [as chances são de 25%, conforme o Ministério da Saúde]. Por isso, a importância de doadores que representem a miscigenação brasileira, com todas as raças e etnias. Desta forma, maiores são as chances de encontrar um doador compatível”, destaca a médica transplantadora Fernanda Benini, do Hospital Pequeno Príncipe.

Quais são os requisitos para ser doador?

– Ter entre 18 e 35 anos, para efetuar seu cadastro.

– Estar em bom estado geral de saúde.

– Não ter infecções ou doenças impeditivas para doação. Confira a lista completa aqui.

Como ser doador de medula óssea?

– Procurar o Hemocentro do seu estado, com um documento de identidade, preencher uma ficha com informações pessoais e realizar a coleta de amostra de sangue (10ml).

– O sangue é analisado por exame de histocompatibilidade (HLA), e os dados pessoais são incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

– Quando houver um possível paciente compatível, o doador será consultado para decidir quanto à doação. Por isso, a importância de manter o cadastro atualizado.

– A doação ocorre após a realização de outros exames de compatibilidade e avaliação clínica da saúde do doador.

– Os custos envolvendo despesas do doador voluntário e seu acompanhante, como deslocamento, alimentação e estada, são de responsabilidade do Redome.

Como é feita a coleta da medula óssea?

Uma das preocupações comuns entre os potenciais doadores é se a coleta de medula óssea dói. A boa notícia é que o procedimento é realizado sob anestesia, o que significa que o doador não sente dor. Existem duas formas de coleta, que é definida pelo médico responsável. A recuperação é tranquila, e o retorno à rotina habitual é rápido, sem nenhum impacto na saúde do doador.

– Coleta por punção aspirativa: uma agulha é inserida na região posterior do osso da bacia, e uma pequena quantidade de medula óssea é aspirada. Esse processo dura cerca de 30 minutos, é realizado no Centro Cirúrgico com anestesia e requer internamento de 24 horas. Pode ocorrer uma leve dor no local, que é aliviada por meio de analgésico.

– Coleta por aférese: o doador recebe um medicamento para aumentar a produção de células-tronco na medula óssea, que são então coletadas por meio de um procedimento similar à doação de plaquetas ou plasma. Esse processo pode levar algumas horas. Pode ocorrer pequenos desconfortos, como náuseas, dormência e hematoma no local do acesso.

Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital Pequeno Príncipe

O Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital Pequeno Príncipe é referência nacional e um dos maiores centros do Brasil e da América Latina que realizam o procedimento em pacientes pediátricos. Em 2022, foram feitos 56 transplantes.

O serviço foi implantado em 2011, inicialmente com três leitos. Um sonho realizado em parceria com o médico Eurípides Ferreira. O hematologista foi pioneiro no Brasil ao realizar o transplante de medula óssea nos anos 1970. Em 2016, o TMO foi ampliado, passando a ter dez leitos e proporcionando um tratamento humanizado e de qualidade a um número maior de crianças e adolescentes.

Ao longo de 12 anos de trajetória, mais de 400 crianças e adolescentes tiveram a vida transformada pela realização do procedimento no Hospital. O sucesso se deve também à assistência ofertada pela equipe multidisciplinar. Médicos com formação em transplante pediátrico contam com o suporte de profissionais de outras 35 especialidades para uma atuação de excelência.

O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).

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