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Alvéolo pulmonar 3D é desenvolvido por cientistas do Pequeno Príncipe
![Alvéolo pulmonar 3D](https://pequenoprincipe.org.br/wp-content/uploads/2022/09/alveolo-pulmonar-3d-pesquisa.jpg)
Um grupo de cientistas do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe está desenvolvendo um alvéolo pulmonar 3D que poderá ser utilizado futuramente para testar novos medicamentos que combatam doenças pulmonares. Com a testagem de medicamentos no alvéolo 3D, minimiza-se a utilização de animais, além de se obter um modelo mais próximo da realidade do organismo humano.
O projeto, que faz parte da pesquisa de mestrado da aluna Nádia Nascimento da Rosa, da Faculdades Pequeno Príncipe, surgiu no início da pandemia de coronavírus. “As primeiras cepas do SARS-CoV-2 afetavam os pulmões de forma muito intensa. Percebemos a necessidade de ter como testar novos fármacos in vitro, e foi daí que passamos a estudar a possibilidade de desenvolvimento do alvéolo, que é uma unidade funcional do pulmão”, salienta a cientista Katherine Athayde Teixeira de Carvalho, que lidera a pesquisa.
A pesquisadora explica que, apesar de o pulmão possuir uma composição celular variada, com mais de 40 tipos celulares, as células epiteliais são as que concentram as principais funções desse órgão. A partir dessa informação, a equipe buscou uma forma de desenvolver essas células. “Isto foi possível por meio da utilização de células-tronco de cordão umbilical, que se diferenciam em células do tecido pulmonar. No projeto, estamos utilizando 14 amostras de células-tronco de cordão umbilical”, relata.
![Alvéolo pulmonar 3D](https://pequenoprincipe.org.br/wp-content/uploads/2022/09/alveolo-pulmonar-3d-cientistas-300x200.jpg)
Desenvolvimento do alvéolo pulmonar 3D
As células diferenciadas desenvolvidas são transferidas de maneira ordenada para uma bioimpressora. “Esta impressora permite que as células sejam dispostas de acordo com a organização do tecido pulmonar, em especial o alvéolo”, pontua.
Após a bioimpressão do tecido, o cultivo é transferido para o equipamento InCell Analyser, que permite avaliar a viabilidade das células. Com a estratificação do tecido já estabelecida, é elaborado um sistema de vascularização nesse tecido utilizando células epiteliais. A organização histológica do tecido cultivado sobre a impressora 3D é avaliada por imunocitoquímica para comprovar as características de tecido alveolar, bem como microscopia óptica eletrônica de varredura para a interação das células com a matriz.
“Com essa metodologia, conseguimos comprovar que é possível diferenciar células-tronco para as células de pneumócitos I e II e imprimir os alvéolos, tornando o nosso modelo 3D funcional – ele, de fato, realiza as trocas gasosas, o que torna o nosso protótipo apto para as testagens de fármacos que atuam nos alvéolos”, conclui.