Adolescentes podem fazer musculação?

Notícias

Adolescentes podem fazer musculação?

Hospital Pequeno Príncipe reforça acompanhamento médico para prática saudável e segura de exercícios entre adolescentes
01/09/2023
adolescentes podem fazer musculação
Adolescentes podem fazer musculação com acompanhamento médico para uma prática saudável e segura, segundo especialistas.

É na adolescência que o organismo começa uma nova fase de desenvolvimentos – um deles é o crescimento muscular. Inspirados em personalidades, colegas ou familiares, é nesse período que alguns jovens buscam as academias. Entretanto, o espaço é rodeado de tabus e dúvidas e merece atenção para possíveis excessos. Uma pergunta em especial passou a ser comum nos consultórios médicos: adolescentes podem fazer musculação?

O ortopedista Evando José Aguila Góis, do Hospital Pequeno Príncipe, explica que nessa fase meninos e meninas nem sempre possuem quantidades suficientes de hormônios importantes para o crescimento dos músculos. Um deles é a testosterona, principal aliada da hipertrofia.

Portanto, nessa faixa etária, o uso de aparelhos com alta carga de pesos com o objetivo de ganho de massa muscular não é recomendado. Afinal, além de não melhorar esteticamente, pode haver dano ao esqueleto que ainda não está maduro suficiente para suportar as cargas. O ortopedista enfatiza também o perigo dos jovens recorrerem ao uso de esteroides anabolizantes devido à falta de sucesso em adquirir hipertrofia.

O que são os esteroides anabolizantes?

Esteroides anabolizantes são hormônios sintéticos com efeitos semelhantes aos da testosterona no ganho muscular. Eles prometem rapidez nos resultados estéticos e no rendimento esportivo, mas trazem grandes riscos à saúde. Por isso, são proibidos no Brasil.

Os principais efeitos colaterais do uso de anabolizantes são:

  • aumento de acnes;
  • queda de cabelo e calvície;
  • distúrbios do fígado;
  • comportamento agressivo;
  • aumento de pelos;
  • irregularidade menstrual;
  • diminuição dos seios; e
  • redução dos testículos.

Em adolescentes, os anabolizantes podem comprometer a estatura corporal de forma significativa. Caso os pais ou familiares percebam crescimento muscular rápido ou busca por esse tipo de produto, a orientação é procurar um médico de confiança.

Mas, afinal, adolescentes podem fazer musculação?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e seguindo as especificidades de cada criança e adolescente, são recomendados 60 minutos de atividade física por dia. A maior parte deve ser aeróbica, como caminhada, corrida, bicicleta ou natação.

Para atividades mais intensas, como a musculação, é fundamental buscar orientação com um pediatra de confiança. Esse profissional poderá avaliar o caso e fazer o encaminhamento para especialistas em medicina do esporte, ortopedia e nutrição. Sem supervisão adequada, a musculação aumenta a chance de sobrecarga nas articulações e deformidades do esqueleto – que ainda pode estar em formação e apresentar cartilagens (partes moles dos ossos) de crescimento.

“Embora grande parte das academias estabeleça um limite por idade, o critério a ser utilizado é o estágio de desenvolvimento puberal. Quando os jovens atingem a formação dos caracteres sexuais e crescimento ósseo completos, então podem praticar exercícios com mais força”, explica o endocrinologista Rodrigo Bruel da Silveira, do Hospital Pequeno Príncipe.

Suplementação nem sempre é necessária

O endocrinologista também ressalta que pais e familiares precisam ficar atentos aos excessos. O desejo por resultados estéticos e desempenho mais rápidos pode levar à procura de suplementos alimentares – como proteínas isoladas, creatina e termogênicos. Os suplementos são extraídos dos alimentos e complementam a dieta, como a proteína do soro do leite ou da ervilha.

A necessidade da suplementação deve ser avaliada por um profissional e leva em consideração outros aspectos, como hidratação e doenças subjacentes. “Em alguns quadros, só com alimentação natural já atingimos a meta proteica sem precisar necessariamente de suplementação. A adolescência é um momento da vida muito associado ao aumento do apetite. Por isso, a substituição ou inclusão de alimentos de melhor valor nutricional já podem contribuir para o ganho de massa”, lembra o nutrólogo Leandro Izoton Lorencette, do Hospital Pequeno Príncipe.

O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).

Acompanhe os conteúdos também nas redes sociais do Pequeno Príncipe e fique por dentro de informações de qualidade – FacebookInstagramTwitterLinkedIn e YouTube.

+ Notícias

22/09/2023

Onda de calor no Brasil: saiba como cuidar da saúde das crianças

Desidratação, cansaço, insolação e desconfortos respiratórios são apenas alguns dos problemas que o excesso de calor pode causar
21/09/2023

Pequeno Príncipe e seu compromisso com a equidade e inclusão

Neste Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, a instituição ressalta as adequações de acessibilidade nos espaços físicos e iniciativas para promover autonomia desse público
20/09/2023

Curitiba ganha data para celebrar Rei Pelé

Câmara Municipal aprova proposta sugerida pelo Complexo Pequeno Príncipe, que mantém o único projeto social apadrinhado pelo atleta
18/09/2023

Pequeno Príncipe celebra 50 anos do Programa Nacional de Imunizações (PNI)

Instituída em 1973, a iniciativa é referência mundial de política pública em saúde e segue os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS)
17/09/2023

Ouvir o familiar e o paciente é prioridade no Pequeno Príncipe

Neste Dia Mundial da Segurança do Paciente, o Hospital reforça que todas as crianças, adolescentes e acompanhantes precisam ser ouvidos
16/09/2023

Como ser doador de medula óssea?

Hospital Pequeno Príncipe, referência nacional em transplante de medula óssea em pacientes pediátricos, responde às principais dúvidas sobre esse ato de amor ao próximo
Ver mais