Coarctação da aorta

Coarctação da aorta

O que é?

Uma criança tem coarctação da aorta quando possui uma obstrução parcial da passagem do sangue na porção descendente da artéria aorta, a principal do corpo humano. Com isso, menos sangue rico em oxigênio é enviado para a parte inferior do corpo.  O recém-nascido com coarctação grave tem insuficiência cardíaca e choque cardiogênico (distúrbio cardíaco agudo em que o coração não consegue bombear sangue de forma adequada) na segunda ou na terceira semana de vida. Há ausência de pulsos em membros inferiores e normalmente não se ouve sopro. O quadro clínico pode ser mais precoce e mais intenso quando há associação com outras doenças cardíacas ou síndromes genéticas.

Crianças maiores podem ser assintomáticas (sem sintomas), e a suspeita surge pela diferença de pulsos entre os membros superiores e os inferiores e por hipertensão arterial. Outras queixas, como fadiga (cansaço), cefaleia (dor de cabeça), sangramento nasal e dor em membros inferiores, são frequentes.

A idade do paciente, a intensidade da obstrução e as anomalias associadas determinam como a doença vai progredir, e a criança pode ter o teste do coraçãozinho normal.

Quando acontece?

A coarctação da aorta é uma condição congênita, o que significa que a criança nasce com ela. Esse problema aparece quando o bebê está se desenvolvendo no útero da mãe, com o aumento do ventrículo direito.

Crianças com síndrome de Turner apresentam maior risco, mas o problema na aorta pode estar associado a outros defeitos cardíacos, como a valva aórtica bicúspide, comunicação interventricular e estenose aórtica.

A proporção da população que tem coarctação da aorta é de 8% a 10%. Ela é mais presente no sexo masculino (dois para um), e é comum que mais de um membro da mesma família tenha a doença.

Causas e fatores de risco

  • Genética (alteração no material genético durante a formação do bebê).

Associadas a outros defeitos cardíacos:

  • defeito do septo ventricular;
  • estenose da válvula aórtica;
  • estenose da válvula mitral;
  • persistência do canal arterial;
  • transposição das grandes artérias;
  • dupla saída do ventrículo direito;
  • defeitos de ventrículo único;
  • válvula aórtica bicúspide.

Sintomas possíveis

  • Pele pálida
  • Suor excessivo
  • Respiração pesada ou rápida
  • Fígado aumentado (hepatomegalia)
  • Cansaço e dificuldade nas mamadas
  • Baixo ganho de peso
  • Pés ou pernas frias
  • Pulso fraco ou sem pulso nos pés
  • Pressão arterial nos braços mais alta que nas pernas
  • Dor no peito
  • Dor na parte inferior das pernas ao caminhar (claudicação), em crianças maiores
  • Sopro no coração
  • Desmaios e/ou tontura
  • Dores de cabeça
  • Cãibras nas pernas

Fique atento! Os sintomas podem ser semelhantes aos de outras doenças. Procure sempre um pediatra para obter um diagnóstico preciso.

Diagnóstico

As crianças geralmente são diagnosticadas antes de nascerem (ainda na barriga da mãe, quando apresentam aumento do ventrículo direito) ou quando são bebês. Isso é feito com exame físico, mas o cardiologista pode pedir alguns exames complementares, como radiografia do tórax, eletrocardiograma, ecocardiograma, tomografia computadorizada e cateterismo cardíaco.

A suspeita de coarctação aumenta quando o médico não consegue sentir a pulsação nas pernas da criança e existe pressão alta em membros superiores e baixa nos inferiores, além de congestão pulmonar. Geralmente não há sopro cardíaco.

Tratamento

O tratamento dependerá dos sintomas, da idade e do estado geral de saúde da criança. A coarctação da aorta pode ser corrigida, em crianças maiores, por cateterismo cardíaco, um procedimento considerado simples e pouco invasivo, com dilatação ou colocação de stent (prótese cardíaca que lembra uma mola) no estreitamento.

Em crianças pequenas (recém-nascidas), uma intervenção cirúrgica é indicada. Saiba que a maioria das crianças vive uma vida saudável depois desse procedimento, desde que tenha o acompanhamento regular de um médico.

Quando devo procurar o Hospital Pequeno Príncipe?

Uma obstrução menor da aorta pode ser silenciosa e causar hipertensão arterial e comprometimento progressivo do coração. Se o estreitamento for muito grave, o ventrículo poderá não ser forte o suficiente para realizar o trabalho extra, resultando em insuficiência cardíaca.

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