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Quando se preocupar com as fezes da criança?
Você sabia que as fezes da criança podem indicar possíveis desequilíbrios ou alterações na saúde? As características do cocô variam significativamente de acordo com a idade. Dessa forma, é fundamental que pais e cuidadores saibam interpretar o que é considerado normal e os possíveis sinais de alerta. Compreender a frequência, formato, consistência e cor auxilia a identificar constipações, diarreias ou infecções intestinais.
Escala de Bristol para crianças e adolescentes
De forma geral, a escala de Bristol é utilizada para avaliação da característica das fezes de bebês, crianças e adolescentes. Ela é constituída por sete tipos diferentes, conforme imagem abaixo.
Entretanto, para cada faixa etária, existe uma variação normal do conteúdo fecal. Confira a relação entre idade e a escala de Bristol:
FAIXA ETÁRIA | TIPO IDEAL |
Bebês amamentados ao seio | 6 e 7 |
Bebês alimentados com fórmulas | 5 e 6 |
Crianças de 1 a 3 anos | 4 e 5 |
Crianças maiores e adolescentes | 3 e 4 |
Frequência de idas ao banheiro
Os bebês de até 6 meses de idade, amamentados com leite materno, fazem cocô, em média, três vezes ao dia. Os que se alimentam com fórmulas, duas vezes ao dia. Na faixa dos 6 meses a 3 anos, a média é de uma a três vezes. Para crianças maiores que 3 anos, é comum uma ida ao banheiro a cada dia. Porém, mais importante do que a frequência é a consistência do cocô e se há outros sintomas associados.
De acordo com a gastroenterologista Giovana Stival da Silva, do Hospital Pequeno Príncipe, existem crianças que são constipadas e que fazem cocô diariamente ou o contrário. “A avaliação para diagnosticar a constipação é formada por um conjunto de fatores, que serão analisados pelo médico. Assim, o profissional será capaz de indicar o tratamento mais adequado”, complementa.
Coloração das fezes
É comum uma variação na coloração das fezes. As tonalidades que vão do amarelo ao esverdeado são consideradas normais. No entanto, além de o vermelho-sangue ser um indicativo de problemas de saúde, o preto como borra de café pode sinalizar um sangramento na parte superior do trato digestivo, como o estômago. Já o aspecto esbranquiçado ou pálido, às vezes, é um sinal de disfunção no fígado. Por isso, qualquer alteração significativa na cor das fezes deve ser avaliada por um profissional de saúde para identificar e tratar possíveis problemas.
Quando se preocupar com as fezes da criança?
Os pais e cuidadores necessitam ficar atentos às características das fezes. “Presença de sangue, aumento da frequência com diminuição da consistência, diarreia prolongada, fezes endurecidas que saem após esforço e dor são alguns indícios que podem requerer avaliação e acompanhamento especializado”, afirma Danielle Reis Yamamoto, médica responsável pelo Serviço de Gastroenterologia Pediátrica do Hospital Pequeno Príncipe.
No caso de recém-nascidos, é necessário prestar atenção no tempo que levam para eliminar as primeiras fezes – chamadas de mecônio. O ideal é que se leve menos de 24 horas.
Hábitos saudáveis
O consumo adequado de água e uma alimentação saudável são importantes para que as fezes apresentem o aspecto caracterizado como normal pela escala de Bristol. A dieta ideal deve conter fibras, como frutas, verduras e legumes. “Os pais e cuidadores também precisam controlar o consumo de leite e seus derivados, como iogurtes, pois o excesso pode levar os pequenos a ficarem mais constipados”, reforça a especialista Giovana.
Além disso, a criança deve ir ao banheiro toda vez que sentir necessidade e evitar segurar essa vontade só porque está envolvida em outra atividade. “Existe a possibilidade desse hábito resultar em retenção fecal. O recomendado é sempre ir ao banheiro quando sentir vontade, para evitar essa situação”, finaliza.
Serviço de Gastroenterologia
O Serviço de Gastroenterologia Pediátrica e Endoscopia Digestiva do Hospital Pequeno Príncipe é o mais importante do Paraná e está entre os principais do país. A especialidade conta com uma equipe de especialistas com amplo conhecimento e experiência em enfermidades gastrointestinais pediátricas. A instituição disponibiliza atendimento com excelência técnico-científica e cuidado humanizado. Além disso, possui infraestrutura e equipamentos de ponta para atendimento do público infantojuvenil.
O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3: Saúde e Bem-Estar (ODS 3).