UTI pediátrica atua na recuperação de pacientes críticos

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ALTA COMPLEXIDADE | UTI pediátrica atua na recuperação de pacientes críticos

Destinadas para pacientes em estado grave devido a doenças ou recuperação pós-cirúrgica, as unidades Geral e Cirúrgica tiveram 1.733 internamentos em 2022
26/06/2023
UTI pediátrica
A UTI pediátrica – que engloba a UTI Geral e UTI Cirúrgica – é destinada a pacientes que precisam de monitoramento 24 horas por dia.

A unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Pequeno Príncipe é considerada a primeira do Paraná voltada exclusivamente para cuidados pediátricos. Ela é dividida em UTI Geral e UTI Cirúrgica – destinadas a pacientes que precisam de monitoramento 24 horas por dia, com o acompanhamento de diferentes especialidades e de uma equipe multiprofissional qualificada e especializada no atendimento infantojuvenil. Somente em 2022, foram 1.733 internamentos nesses dois espaços.

De acordo com a médica intensivista Sandra Melek, responsável pela UTI Geral e UTI Cirúrgica, as unidades são consideradas de alta complexidade devido ao quadro das crianças e adolescentes que são atendidos. “Geralmente, os pacientes têm muitas comorbidades, ou seja, muitas doenças atingem a mesma criança. E isso exige uma equipe multidisciplinar e equipamentos de ponta para darem o suporte adequado e com qualidade”, pontua a especialista.

A UTI pediátrica precisa da atuação conjunta com as 35 especialidades médicas especializadas na criança e no adolescente e também do cuidado multidisciplinar que envolve equipes da enfermagem, fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia, nutrição, farmácia, assistência social, entre outras. Três médicos intensivistas diaristas – Sandra Melek, Paulo Ramos e Vitor Pallazo – atuam na supervisão e acompanhamento da evolução clínica dos pacientes, com a coordenação geral da médica intensivista Silmara Possas.

Atualmente, a UTI Geral conta com dez leitos, destinados a emergências clínicas que necessitam de suporte de vida. Já a UTI Cirúrgica possui 20 leitos, designados a pacientes que passaram por procedimentos cirúrgicos, incluindo transplantes. As duas unidades são também um polo de formação de especialistas por meio do Programa de Residência Médica em Medicina Intensiva Pediátrica, voltado a médicos que se especializaram em pediatria.

Você sabia?

A história da UTI no Hospital Pequeno Príncipe começou na década de 1970, com quatro leitos, sob os cuidados do médico Ismar Strachman e com o incentivo do pediatra Plínio de Mattos Pessoa. Hoje, a instituição dispõe de 68 leitos em UTIs, divididas em Geral, Cirúrgica, Neonatal e Cardiologia.

UTI pediátrica
A presença de um acompanhante durante todo o período de internamento é um direito garantido na instituição.

Os diferenciais de uma UTI pediátrica

Segundo a médica intensivista, o que mais diferencia uma UTI pediátrica de uma voltada aos adultos é a humanização. No Hospital Pequeno Príncipe, a presença de um acompanhante durante todo o período de internamento é um direito garantido desde a década de 1980, quando a instituição foi precursora com a criação do Programa Família Participante. Mesmo com a pandemia da COVID-19, em que o distanciamento era necessário, foi percebido que ter por perto alguém da família era essencial para acelerar a recuperação dos pacientes.

Além da presença da família, a instituição se preocupa também em manter as atividades lúdicas e de educação e cultura nesses ambientes. “Sempre prezando pela segurança dos pacientes e pelo silêncio, que é importante dentro de uma UTI, os professores mantêm o atendimento escolar, e os voluntários trazem brinquedos para que o momento de internação possa ser mais leve”, enfatiza Sandra Melek. Outro diferencial é a presença de psicólogos e de assistentes sociais ativos, favorecendo o cuidado integral dos meninos e meninas e suas famílias.

Para garantir um atendimento com ainda mais excelência, as UTIs do Pequeno Príncipe são equipadas com aparelhos de última geração. Entre eles, respiradores de alta precisão, máquinas para fazer hemodiálise no leito, raio-X portátil e bombas de infusão que possibilitam o controle rigoroso da entrada de medicação pela veia até mesmo em bebês muito pequenos, com menos de um quilo. A instituição conta também com a ECMO (terapia de oxigenação por membrana extracorpórea), aparelho utilizado nas cirurgias cardiovasculares mais complexas e que mantém o pulmão e o coração funcionando.

UTI pediátrica
A UTI pediátrica conta com equipes multidisciplinares que atuam de forma conjunta para o cuidado integral de meninos e meninas.

Quando é necessário internamento em uma UTI?

No Hospital Pequeno Príncipe, uma das principais indicações de internamento na  UTI Geral é a insuficiência respiratória (falta de ar), que exige ventilação mecânica (respirador artificial) para não evoluir para uma parada respiratória. Na maior parte dos casos, os pacientes têm alguma doença pulmonar ou respiratória. “Inclusive, nesse período do ano, outono e inverno, é muito comum que esses quadros aumentem, exigindo uma demanda ainda maior da UTI”, esclarece a médica.

Outros casos que demandam bastante a necessidade de internamento na UTI Geral do Hospital Pequeno Príncipe são choque séptico, infecções graves, coma, crises convulsivas de difícil controle e necessidade de administração de medicamentos em infusão contínua por via endovenosa. “Aqui na instituição é tudo mais complexo, pois são pacientes que já têm outras condições associadas, como traqueostomia, malformações e doenças metabólicas, neurológicas ou nefrológicas. Isso exige, em alguns casos, uma longa permanência em tratamento intensivo. Já tivemos casos de pacientes que ficaram meses e até anos na UTI”, explica. Em 2022, a média de permanência considerando todas as UTIs foi de sete dias.

Já a UTI Cirúrgica recebe os pacientes que passaram por alguma cirurgia (exceto cardíaca, que é direcionada para a UTI da Cardiologia) e também transplantes de órgãos, como fígado e rim. Nesses últimos casos, são consideradas cirurgias de emergência, pois ocorrem de acordo com a disponibilidade do órgão.

UTI pediátrica
Para garantir um atendimento com ainda mais excelência, as UTIs do Pequeno Príncipe são equipadas com aparelhos de última geração.

O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).

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