Alfredo Löhr Júnior: o médico que fundou o Serviço de Neurologia

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Alfredo Löhr Júnior: o médico que fundou o Serviço de Neurologia

“Cada um que está aqui trabalha porque ama o que faz e sente muita gratidão em fazer parte. Aqui, atendemos as crianças com equidade e de forma integral, e isso é o nosso motivo de ser e estar aqui.”
20/12/2022
Alfredo Löhr Júnior
O neuropediatra Alfredo Löhr Júnior entrou no Hospital Pequeno Príncipe em 1983 e inaugurou o Serviço de Neurologia Pediátrica.

Com muito amor pela causa da saúde infantojuvenil, o neuropediatra Alfredo Löhr Júnior foi o médico que fundou o Serviço de Neurologia Pediátrica no Hospital Pequeno Príncipe. Há quase 40 anos, ele dedica seu conhecimento e olhar singular para transformar a vida de pacientes e familiares que buscam diagnósticos na área. Repleta de desafios, mas principalmente de boas histórias e recordações, a trajetória do médico é inspiradora para todos os profissionais que o rodeiam.

A escolha pela neuropediatria

“Desde criança, sonhava em ser médico. Fiz a faculdade pela PUCPR e me formei em 1977. No começo, pensava que psiquiatria e pediatria eram duas especialidades que eu não faria. Entretanto, ainda na faculdade, tive a oportunidade de conviver bastante com crianças e simplesmente me encantei. Fiz residência médica em clínica pediátrica no Hospital Pequeno Príncipe. Depois de finalizar a residência, em 1979, fiz especialização em Neurologia Pediátrica e Eletroencefalografia pela Universidade Livre de Berlim, na Alemanha. Voltei para o Brasil, após dois anos, pensando que teria que desbravar essa área. No Hospital já tinha o Serviço de Neurocirurgia, comandado pelo Dr. Sérgio Machado, mas não existia o Serviço de Neurologia até então.”

O início do Serviço de Neurologia no Hospital

“Em 1983, vim para cá, e o Dr. Sérgio falou para eu cuidar das crianças da enfermaria da Neurologia. Na época, tinha um aparelho antigo de eletroencefalograma, analógico e com oito canais, e foi assim que eu comecei. No início, eu tinha uns quatro pacientes e atendia pelo SUS e convênios. Me coloquei à disposição para casos de neurologia e tinha um bipe, que sempre que precisavam me chamavam, pois no início eu era o único médico dessa especialidade. Hoje, o Serviço de Neurologia Pediátrica do Hospital Pequeno Príncipe conta com muitos especialistas na área da infância e adolescência e é formado pelo Ambulatório de Epilepsia, Ambulatório de Distúrbios de Movimento e Paralisia Cerebral, Ambulatório de Erros Inatos do Metabolismo, Ambulatório de Distúrbios de Aprendizagem e Serviço de Eletroencefalografia.”

A chegada de residentes ao serviço

“A expansão do serviço, com a chegada de mais pacientes, mostrou a necessidade de termos residentes atuando aqui. Então, em 1990, foi disponibilizado um setor de formação de especialistas em neurologia pediátrica, por meio da Residência em Neurologia Infantil. No início, tínhamos um residente a cada dois anos. Hoje, formamos quatro especialistas por ano. Faz uns cinco anos que deixei a organização dos residentes e passei para a Dra. Mara Lucia, que é uma das primeiras médicas que veio para somar comigo dentro do serviço. Para mim, é muito importante ter esse contato com os residentes, pois nos atualizamos junto com eles. É muito bacana ver que vários médicos neurologistas pediátricos que fazem parte do serviço hoje foram nossos residentes, como o Dr. Anderson, Dra. Monica, Dra. Adriana e Dra. Michele.”

Referência na área da saúde infantojuvenil

“Graças a todos os médicos e demais profissionais que caminharam comigo ao longo desses quase 40 anos, o Serviço de Neurologia é um dos grandes serviços do Brasil, um centro de referência, principalmente para crianças e adolescentes com doenças raras. Conseguimos atender e resolver todas as questões que vêm até nós. Em relação ao Serviço de Eletroencefalografia, também somos um dos que mais realizam exames por ano. Além disso, hoje a Residência em Neurologia Infantil do Hospital Pequeno Príncipe é um dos processos seletivos mais concorridos no país nessa área.”

“Cada um que está aqui trabalha porque ama o que faz e sente muita gratidão em fazer parte. Aqui, atendemos as crianças com equidade e de forma integral, e isso é o nosso motivo de ser e estar aqui.”

Amor pela profissão

“Assim como todas as áreas da medicina, é preciso muito amor para atuar na neuropediatria. É preciso muita dedicação, para sempre se atualizar sobre o assunto, e muita disposição, para escutar as famílias, que muitas vezes precisam lidar com diagnósticos difíceis, que irão perdurar por toda a vida da criança e do adolescente. O Hospital Pequeno Príncipe cumpre um papel muito significativo. Cada um que está aqui trabalha porque ama o que faz e sente muita gratidão em fazer parte. Aqui, atendemos as crianças com equidade e de forma integral, e isso é o nosso motivo de ser e estar aqui.”

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