SRAG: atualização do calendário vacinal pode prevenir casos

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Atualização do calendário vacinal pode prevenir casos de SRAG

Diversas doenças respiratórias podem evoluir para a síndrome aguda grave. O Pequeno Príncipe alerta que as medidas de prevenção, como a imunização, precisam ser mantidas
16/05/2022
SRAG
Muitas das doenças são imunopreveníveis, por isso, a importância de manter o calendário vacinal atualizado.

O termo SRAG se tornou popular devido à pandemia da COVID-19. Mas os casos de síndrome respiratória aguda grave sempre existiram, com o crescimento de ocorrências durante o outono e o inverno – períodos em que há um aumento de circulação de vírus que causam infecções das vias aéreas, especialmente em crianças. Além da sazonalidade, o que favorece esse aumento de casos neste ano é a exposição dos pequenos a atividades que até então foram restringidas em razão do isolamento, como a retomada do ano letivo presencial e idas a festas, viagens e encontros de familiares e amigos.

O Pequeno Príncipe, maior hospital exclusivamente pediátrico do país, constatou o aumento devido à exposição, a vírus e bactérias, das crianças, que até então estavam protegidas no isolamento, porém não há relação com a contaminação pela COVID-19. “Principalmente nesses períodos do ano que são mais frios, os ambientes fechados e as aglomerações favorecem essa transmissão de vírus respiratórios. Muitas das doenças são imunopreveníveis, mas percebemos que os pais abandonaram a atualização do calendário de vacinação dos seus filhos”, pontua o infectologista pediátrico Victor Horácio de Souza Júnior, do Hospital Pequeno Príncipe.

A instituição registrou um aumento na procura, contudo o que chamou mais a atenção foi a gravidade com a qual as crianças chegam. Por isso, o especialista enfatiza que é muito importante conscientizar toda a população de que vacinar contra todas as doenças indicadas é a maneira mais eficaz de enfrentar essa situação com menos casos graves. “Nós percebemos que muitas pessoas não se vacinam, e as doenças voltam porque a cobertura vacinal está baixa. Se imunizar, evitar aglomerações, higienizar as mãos, manter os ambientes ventilados e levar as crianças às consultas de rotina com o pediatra de confiança são medidas para prevenir infecções graves”, destaca.

A nota técnica divulgada pela Secretaria de Saúde do Paraná, que alerta para os cuidados, orienta que, nas crianças, esses casos se manifestam com sintomas como secreção e/ou obstrução nasal, tosse, chiado no peito, dor de cabeça e garganta, alterações do paladar e olfato, e pode ou não apresentar febre associada com vômitos e/ou diarreia.

Cuidados devem ser redobrados com bebês

Os bebês e as crianças menores de 2 anos estão sob maior risco de desenvolver quadros graves e precisarem de internamento. Por isso, os cuidados devem ser redobrados:

– as visitas devem ser restritas aos familiares próximos, sempre com a condição de saúde averiguada;

– em casos de sintomas respiratórios, ou contato com pessoas contaminadas, a visita deve ser suspensa;

– deve-se receber visitas em um ambiente ventilado e com tranquilidade sonora, evitando o estresse da reunião dos adultos;

– deve-se evitar tocar na criança, exceto se as mãos e roupas estiverem higienizadas;

– o uso de álcool nas mãos e de máscara é imprescindível, bem como não expor a criança a beijos (gotículas podem estar contaminadas por vírus).

Quando procurar um serviço de emergência?

Nesse período de aumento dos casos de infecções das vias aéreas, a população percebeu um incremento na procura de emergências de UPAS e hospitais. Por isso, o especialista esclarece que casos iniciais podem ser observados em casa ou avaliados nas unidades básicas de saúde ou pelo pediatra de confiança. “Leve seu filho à emergência se ele apresentar febre que não baixa com o uso de antitérmico, sonolência excessiva, crise convulsiva, dificuldade respiratória, sinais de desidratação ou, ainda, apresente vômitos e diarreias persistentes”, explica.

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