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Setembro Amarelo: acolhimento é a melhor forma de prevenção ao suicídio
Se o assunto é prevenção do suicídio, acolhimento é a palavra-chave. Falar sobre sentimentos com uma outra pessoa é importante para quem sofre, pois ajuda a organizar a infinidade de pensamentos difíceis de se refletir sozinho. Neste Setembro Amarelo, o Hospital Pequeno Príncipe reforça a importância de familiares, amigos e sociedade adotarem uma postura acolhedora e preocupada, sem julgamentos, repreensão ou negação da situação em relação aos sinais de ideação suicida que possam surgir de uma criança ou um adolescente.
A psiquiatra Jaqueline Cenci, do Hospital Pequeno Príncipe, destaca que a dificuldade de reconhecer um problema de saúde mental – que pode ocorrer por questões culturais, regionais, familiares, econômicas e epidemiológicas – leva à baixa procura por ajuda. “Isso faz com que os indivíduos tenham uma cronificação da doença, sem possibilidade de acesso aos meios que os fariam melhorar, ou sejam expostos aos riscos que problemas de saúde mental acarretam, como o suicídio”, enfatiza.
Por isso, falar sobre saúde mental é uma maneira de auxiliar a sociedade a conhecer os sintomas do sofrimento psíquico e entender que, com ajuda especializada, é possível superá-los. “Conversar sobre o assunto, com franqueza e acolhimento, pode transmitir a mensagem de que você se importa com a pessoa, de que ela não está sozinha, de que há quem se interesse por ela e em querer ajudar”, completa a psicóloga Angelita Wisnieski da Silva, do Hospital Pequeno Príncipe.
Formas de prevenção ao suicídio
As psicólogas Amanda Teles Schiavo e Janaina Soncella, e a psiquiatra Jaqueline Cenci, do Hospital Pequeno Príncipe, elencam atitudes que devem ser adotadas pela rede de apoio, especialmente pais e responsáveis, de crianças e adolescentes com sinais de ideação suicida.
- Receber suporte de um adulto responsável, que possa conversar e encorajar a buscar ajuda profissional especializada.
- Buscar um profissional que identifique os transtornos mentais envolvidos, estressores agudos e crônicos, aspectos de personalidade e de risco de suicídio, para que sejam realizadas orientações e acompanhamentos.
- Garantir que o paciente esteja em um local seguro, com vigilância e acesso constante do cuidador e disponibilidade do profissional, caso ele necessite.
- Remover do alcance do paciente os objetos que possam causar risco, como facas, tesouras, estiletes, medicamentos e armas.
- Traçar estratégias para o manejo de crises caso elas venham a acontecer. Em alguns casos, faz-se necessária a avaliação de internamento hospitalar integral.
- Promover o bem-estar da criança ao lado da família, um ambiente saudável, com atividades desejadas e melhoria dos vínculos.
- Conversar com amigos, familiares, educadores e pessoas próximas que possam auxiliar nesse cuidado, desmitificando a ideia e o ditado popular de que “quem quer se matar não avisa”. Afinal, ao externalizar o desejo de morrer, a criança ou o adolescente mostra que algo não está bem e que a situação é séria e grave.