Live do Pequeno Príncipe reforça a necessidade da prevenção do suicídio entre crianças e adolescentes
Setembro é o mês de prevenção do suicídio e o assunto – por conta da sua urgência – pede o envolvimento da família, da escola e de toda sociedade. Dessa forma, a questão foi tema de mais uma live do Hospital Pequeno Príncipe voltada à saúde infantojuvenil.
O painel “Prevenção ao Suicídio na Infância e Adolescência: Precisamos Falar Sobre Isso”, realizado no dia 9 de setembro, contou com a participação da psicóloga Daniela Prestes. Transmitido pelo perfil do Hospital no Instagram, o bate-papo virtual, realizado a cada 14 dias, sempre às quartas-feiras, às 17 horas, reforçou como o Pequeno Príncipe atua nesses casos, além de ressaltar sinais importantes e outras questões que levam à ideação suicida ou às tentativas propriamente ditas.
Também participaram das lives o vice-diretor técnico do Pequeno Príncipe, o infectologista pediátrico Victor Horácio de Souza Costa Júnior, que esclareceu dúvidas importantes no painel “Retorno às Aulas e Pandemia – Quais as Perspectivas em Meio ao Cenário Atual?”, a médica imunologista pediátrica do Hospital Pequeno Príncipe e pesquisadora do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, Carolina Prando, que abordou o tema “Seu Filho tem Infecções de Repetição?”, o gastroenterologista pediátrico Mário Vieira, que falou sobre “Alergias Alimentares”, e a médica oncologista pediátrica do Pequeno Príncipe, Ana Paula Kuczynski, comandou o bate-papo sobre “A Importância do Diagnóstico Precoce nos Casos de Câncer Infantil”. Para saber a programação completa e conferir as edições anteriores, basta acompanhar as redes sociais da instituição.
Sinais
Durante a live, a psicóloga Daniela Prestes explicou que o suicídio – por ser um tema muito delicado – acaba trazendo desafios maiores à prevenção. “Por ser permeado pelo sofrimento e a morte, é um assunto que procuramos evitar, que não se explica na escola”, falou.
O Serviço de Psicologia do Hospital Pequeno Príncipe conta com um ambulatório específico, batizado como Proteger, que tem a missão de assegurar o cuidado integral de pacientes que vivem esse drama. “É um espaço destinado ao acompanhamento clínico e psicológico por conta do risco às suas vidas”, completou.
Neste Setembro Amarelo, vale a pena prestar atenção a sinais que podem indicar problemas na rotina de crianças e adolescentes. “Observar os quatro ‘Ds’ é fundamental: depressão, desesperança, desamparo e desespero. É importante elencar essas mudanças de comportamento”, reiterou.
A ambivalência, observa Daniela Prestes, é uma das características das tentativas de suicídio. “Ao mesmo tempo que tem a vontade de morrer, tem o desejo também de ser resgatado e salvo. É importante observar ainda a impulsividade e a rigidez de pensamento”, analisou.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, nove em cada dez suicídios poderiam ser evitados. A OMS lembra ainda que essa é a segunda causa de morte de jovens de 15 a 29 anos no planeta, ou seja, é um tema urgente e que precisa ser discutido em casa, na escola e em todas as áreas de convívio social. “Por isso, é fundamental estar próximo dessas crianças e adolescentes. Oferecer acolhimento, espaço para escuta, compartilhamento de ideias e sentimentos, além de apoio para superar essa problemática”, finalizou.