Paciente Wesllen Nunes Soares
“O Wesllen estava com palpitação e o levaram para uma unidade de pronto atendimento. Quando chegou, estava com início de infarto e foi transferido com urgência para a UTI da Cardiologia do Pequeno Príncipe. Quando falaram que o caso dele era grave e que precisaria do transplante de coração, eu não acreditava, pois ele sempre foi saudável. Brincava, corria, jogava futebol. O coração dele estava muito fraco e ele foi intubado. Os médicos nos informaram sobre o dispositivo de oxigenação por membrana extracorpórea [ECMO, na sigla em inglês], nunca tínhamos ouvido falar. Ele precisou do dispositivo por 16 dias. Foi quando o Wesllen entrou como prioridade nacional na fila de transplante de coração. É importante que as pessoas tenham conscientização sobre a doação de órgãos, porque ela salva vidas. Meu filho ficou na ECMO e depois precisou do prisma [máquina de hemodiálise contínua], pois o rim começou a falhar.
O estado do meu filho era assustador, mas serei eternamente grata ao acolhimento que recebi no Hospital. Aqui, não cuidam só do paciente, mas da família. Todos os dias, eu agradecia por lutarem incansavelmente para salvar o Wesllen. Não há dinheiro que pague o que fizeram por nós. Vou ser grata pelo resto da minha vida. No jogo do Brasil na Copa do Mundo, ele queria assistir ao campeonato mundial. Então, eles arrumaram todas as televisões da UTI para acompanharmos. Meu filho estava intubado, mas nós contamos todo o jogo para ele. No segundo gol do Brasil, nos informaram que o coração do Wesllen havia chegado. Me emociono até hoje. A primeira coisa que fiz foi me ajoelhar na UTI e agradecer a Deus por ter proporcionado uma segunda chance para o meu filho. Eu sempre pedi para Ele me orientar e abençoar os médicos.
O Hospital nunca nos cobrou nada, nem medicamentos. Tudo foi feito pelo SUS. O tratamento para os pacientes do convênio e os pacientes do SUS é o mesmo. Tivemos acompanhamento das equipes de psicologia, fisioterapia e assistência social. Usamos o Programa Família Participante, que é outra vantagem, porque eles te acolhem, você pode descansar, tomar banho em um lugar limpo, sem contar no kit de higiene completo que ganhamos. Conforme os dias passam, você se sente em casa. No Hospital, tínhamos café da manhã, almoço, café da tarde e janta. Eu não tenho do que reclamar. Agora nós temos uma segunda família, a do Pequeno Príncipe, uma equipe maravilhosa. No Hospital, eles te acolhem de braços abertos.”
Raquel Aparecida Nunes, mãe do paciente Wesllen Nunes Soares. O paciente teve um começo de infarto e foi encaminhado com urgência para a UTI da Cardiologia do Hospital Pequeno Príncipe. Todo o atendimento de Wesllen foi via Sistema Único de Saúde (SUS). Devido à gravidade, o garoto precisou do dispositivo de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) durante 16 dias. Em um dos jogos do Brasil na Copa do Mundo de 2022, veio a melhor notícia: o coração para o Wesllen havia chegado.