Acompanhe os conteúdos também nas redes sociais do Pequeno Príncipe e fique por dentro de informações de qualidade – Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn e YouTube.
Serviço de Hemodinâmica do Pequeno Príncipe completa 35 anos
O Serviço de Hemodinâmica do Pequeno Príncipe é referência nacional em atendimento pediátrico, principalmente na realização de cateterismo em bebês com poucas horas de vida. A especialidade oferece diagnósticos que auxiliam no planejamento de intervenções cirúrgicas. E também procedimentos terapêuticos para a análise ou a correção de cardiopatias. Desde a sua fundação, em 1988, já foram mais de 15.700 cateterismos realizados.
O fundador e médico responsável pelo serviço, Leo Agostinho Solarewicz, conquistou um sonho ao implantar a especialidade na instituição. “A evolução da hemodinâmica foi astronômica. Em 1988, ainda não existia o procedimento terapêutico. E isso foi evoluindo à medida que a indústria começou a investir em materiais para dilatação. Assim, algumas questões passaram a ser resolvidas pelo cateterismo, abrindo espaço para a parte terapêutica”, relembra o profissional.
Atualmente, cerca de 40% dos procedimentos executados no Hospital são terapêuticos, muitos deles para corrigir determinados defeitos no coração. Em muitos casos, isso evita a realização de cirurgias e diminui o tempo de internamento. Já os outros 60% são feitos para auxiliar no diagnóstico de doenças. “O objetivo da hemodinâmica é diagnosticar e tratar disfunções em um procedimento seguro e minimamente invasivo. E é muito importante proporcionar isso para pacientes, especialmente recém-nascidos”, complementa.
Evolução do Serviço de Hemodinâmica
Solarewicz recorda que, em 2017, o Hospital conseguiu adquirir uma sala de hemodinâmica de “primeiro mundo”. “Sou muito realizado em atuar em uma estrutura tão boa quanto a que temos hoje. E digo isso por vários motivos. Um deles é a qualidade da imagem proporcionada pelo equipamento, que mostra muitos detalhes tanto para nós como para o cirurgião, que posteriormente poderá fazer uma cirurgia cardíaca com ainda mais precisão”, explica. A instituição realizou 282 cateterismos em 2022 e 275 até outubro de 2023.
As intervenções da especialidade se dão em uma sala híbrida, localizada dentro do Centro Cirúrgico, na qual podem ser feitos exames de hemodinâmica e também de eletrofisiologia, assim como cirurgias cardíacas. “Isso, aliado à expertise da equipe da Hemodinâmica [cardiologistas, anestesiologistas, instrumentador cirúrgico, profissionais de enfermagem e secretárias], com a atuação integrada de 35 especialidades e mais os serviços multidisciplinares, além de uma UTI própria para pacientes cardiopatas, garante que os procedimentos sejam feitos com ainda mais excelência e segurança”, reforça o médico.
O trabalho conjunto entre o Serviço de Hemodinâmica e o Serviço de Cirurgia Cardíaca também possibilita o estudo de crianças e adolescentes com cardiopatia grave que necessitem do dispositivo de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO). Quase 50% dos estudos avaliam a existência de lesões residuais da cirurgia, pois é a opção que proporciona mais segurança para as crianças e adolescentes que precisam dessa intervenção.
Cateterismo em neonatos: um diferencial
Em recém-nascidos, o Serviço de Hemodinâmica utiliza um ultrassom para realizar a punção, tornando o exame mais rápido e seguro. “O uso desse equipamento em neonatos é muito importante. Antigamente, para acessar a veia de um bebê, com estruturas pequenas e delicadas, poderia levar até duas horas. Agora, em poucos minutos esse processo está feito e podemos seguir com o exame para analisar as estruturas do coração e realizar possíveis correções”, detalha Solarewicz.
Em casos de alta complexidade, nos quais os recém-nascidos, com menos de 3kg, dependem de uma intervenção para sobreviver, o implante de stent é uma saída rápida, segura e com bons resultados. Também realizado pelo Serviço de Hemodinâmica, o tratamento consiste na colocação de um pequeno tubo em uma artéria com o objetivo de restabelecer o fluxo sanguíneo.
O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).