Serviço de Cirurgia Plástica trata síndromes e doenças raras

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ALTA COMPLEXIDADE | Cirurgia Plástica trata síndromes e doenças raras

Entre os procedimentos cirúrgicos realizados pela especialidade estão os de pacientes com malformações nas pálpebras
01/05/2023
cirurgia plastica
Em 2022, foram realizadas 17 cirurgias, 95 consultas e 30 internamentos de pacientes por meio do Serviço de Cirurgia Plástica.

Entre as diversas especialidades ofertadas pelo Pequeno Príncipe está a cirurgia plástica – voltada exclusivamente para o público infantojuvenil. O serviço é responsável por procedimentos de reconstrução de parte do corpo da criança ou adolescente e atua junto com diferentes áreas do Hospital, como ortopedia e oftalmologia. Em 2022, foram realizadas 17 cirurgias, 95 consultas e 30 internamentos de pacientes por meio do Serviço de Cirurgia Plástica.

A especialidade, que atende pacientes de diversas faixas etárias dentro da pediatria, é considerada de alta complexidade. Os procedimentos realizados precisam de um cuidado especial, principalmente por conta da pouca idade e tamanho dos meninos e meninas, que podem necessitar de uma cirurgia ainda bebês.

Para a médica responsável pelo serviço, Fabiola Grigoletto Lupion, as próprias condições dos pacientes já são significativas. “Nós atendemos, por exemplo, muitos casos de neurofibromatose, que são tumores no cérebro, medula espinhal e nervos do corpo. Nesses procedimentos precisamos ter uma série de cuidados, como com os sangramentos ou o risco de paralisia facial. Por isso todos os procedimentos que realizamos são de alta complexidade, pois precisamos estar atentos a cada parte movimentada do paciente”, explica.

Síndrome de blefarofimose

Considerada rara por acometer um a cada 50 mil nascidos vivos, segundo a Associação Internacional Ptosis Palpebral, a síndrome é uma das mais complexas atendidas no Serviço de Cirurgia Plástica do Pequeno Príncipe e tem origem genética. A blefarofimose é um conjunto de malformações no desenvolvimento das pálpebras – que inclui o estreitamento da abertura dos olhos, pálpebras caídas (ptose) e epicanto invertido (pele da pálpebra inferior voltada para cima, próximo ao canto interno do olho). Isso faz com que a criança não consiga abrir totalmente os olhos, prejudicando a visão e seu desenvolvimento.

“A condição faz com que a criança ou adolescente não tenha uma postura cervical adequada, pois ela não consegue olhar para as outras pessoas ou objeto com a postura correta. Para conseguir enxergar melhor, ela olha inclinando a cabeça para trás. Dependendo do grau da síndrome, a criança pode ficar cega, porque o cérebro entende que o olho não está sendo utilizado”, pontua a médica, que também alerta para a importância do diagnóstico precoce nesses casos.

O procedimento cirúrgico é realizado em duas etapas:

  • Primeiro, ocorre a cirurgia de correção da distância interpalpebral – distância entre as pálpebras – e aumento da fenda palpebral – o espaço tridimensional delimitado pelas pálpebras superior e inferior.
  • Após esse procedimento, é realizada a correção da abertura ocular – condições para o paciente abrir os olhos totalmente, sem as pálpebras caírem e prejudicarem a visão.
cirurgia plástica
A cirurgia plástica é muitas vezes associada à estética, no entanto, no Pequeno Príncipe, os procedimentos realizados visam à qualidade de vida dos pacientes.

Outros procedimentos realizados pela especialidade

Os pacientes que passam longos períodos na mesma posição – cama, cadeira de rodas, entre outras – podem desenvolver úlcera de pressão. Exemplo disso são algumas crianças e adolescentes com mielomeningocele, que não têm sensibilidade em determinadas partes do corpo e, por isso, desenvolvem lesões pelo atrito da pele com outra superfície. Essas feridas são divididas em quatro níveis, podendo chegar aos ossos do paciente. Nesses casos, a cirurgia é feita para criar uma espécie de almofada nas estruturas ósseas, para que elas não sejam pressionadas ou, se forem pressionadas, não resultem em lesão.

A especialidade também realiza a mamoplastia redutora – redução das mamas – em casos em que há prejuízo à saúde das crianças e adolescentes; reconstrução das orelhas em abano – que são as orelhas abertas; e nevos congênitos – pintas grandes, extensas e genéticas que podem evoluir para um câncer de pele.

A cirurgia plástica é muitas vezes associada à estética, no entanto, no Pequeno Príncipe, os procedimentos realizados visam à qualidade de vida dos pacientes. São cirurgias reparadoras e que atendem meninos e meninas com diversas condições, como malformações congênitas ou adquiridas na infância, traumatismos, feridas agudas e crônicas, sequelas de queimaduras, entre outras. Além disso, a especialidade realiza procedimentos de reconstrução após a retirada de tumores.

Cirurgia Plástica
O Serviço de Cirurgia Plástica é responsável por procedimentos de reconstrução de parte do corpo da criança ou adolescente e atua junto com diferentes áreas do Hospital.

O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3). 

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