Perda auditiva infantil: conheça os sinais e tratamentos - Hospital Pequeno Príncipe

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Perda auditiva infantil: conheça os sinais e tratamentos

Neste Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, o Hospital Pequeno Príncipe reforça que o diagnóstico e intervenção precoces na infância são decisivos para a reabilitação e qualidade de vida
10/11/2021

Todas as crianças que nascem devem passar pela Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU), mesmo que não apresentem indicadores de riscos de surdez. Esse é o alerta do Hospital Pequeno Príncipe neste Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, lembrado em 10 de novembro, como símbolo de luta pela educação, conscientização e prevenção para os problemas causados pela surdez. Em crianças, quase 60% da perda auditiva pode ser evitada por meio de medidas como imunização para prevenção da rubéola e meningite, melhoria da atenção materna e neonatal e triagem e tratamento precoce de otite média, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os órgãos de saúde recomendam que a identificação dos sinais de perda auditiva ocorra no primeiro mês de vida; o diagnóstico em até 3 meses; e o início do tratamento aos 6 meses de idade. “É a experiência auditiva desde a barriga da mãe que permite chegarmos ao primeiro ano de vida com capacidade para desenvolvermos a linguagem. Se ficamos privados desta percepção todo este tempo, há prejuízos para a recuperação da função auditiva e para o desenvolvimento da criança”, alerta o otorrinolaringologista Rodrigo Guimarães Pereira, do Hospital Pequeno Príncipe.

Há tratamentos específicos para cada causa e grau de perda da audição. As deficiências mais leves e moderadas, ocasionadas por processos inflamatórios e infecciosos, são tratadas com medicamentos e procedimentos cirúrgicos. Já as perdas auditivas com origem em alterações genéticas da orelha exigem o uso de equipamentos de reabilitação auditiva. São dois os tipos: aparelhos de amplificação sonora individual, recomendados para graus leves e moderados, e o implante coclear, indicado para pacientes com deficiências severas e profundas.

Mesmo em graus leves, a perda auditiva impacta na fala e na linguagem. A criança em idade escolar pode ter o abafamento da percepção auditiva e de parte dos fonemas, com alteração da compreensão da fala em ambientes ruidosos, comprometendo a aprendizagem. Por isso, é recomendado que toda criança, independente de sinais clássicos de perda de audição (desatenção, distração, aumento de volume de som), passe por avaliação audiológica todos os anos durante a idade escolar.

Sinais de problemas auditivos
Quando a surdez não é identificada na Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU), o chamado Teste da Orelhinha, alguns sinais desta deficiência podem ser percebidos a partir do comportamento da criança nas diferentes fases de desenvolvimento:

– Recém-nascidos: não reagem aos sons, mesmo a barulhos altos como batida de porta e latido de cachorro. Se a criança está dormindo, ela não acorda com objetos caindo no chão ou um grito, por exemplo. Nestes casos, seria natural que a criança reagisse com um sobressalto (pulo com os braços abertos).

– Com 6 meses de idade: a criança começa a perceber sons laterais. A própria família pode fazer testes domiciliares, como fazer barulho do lado oposto ao que a criança está olhando, com batida de palmas ou estalar de dedos. A tendência é que ela se vire para o lado da fonte sonora.

– Perto de 1 ano de idade: inicia-se o desenvolvimento da linguagem. A criança começa a perceber e gerar sons inteligíveis, geralmente onomatopaicos: mama, papa, au-au. A ausência destes elementos pode ser um sinal de perda auditiva, assim como a falta de atenção aos sons ou a necessidade de aumentar o volume dos aparelhos sonoros como a televisão, acima do que a família está habituada a ouvir.

Otorrinolaringologia no Pequeno Príncipe
Referência no Brasil pela complexidade dos casos tratados, o Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Pequeno realiza consultas ambulatoriais e cirurgias, com uma equipe multiprofissional e estrutura completa para realizar o diagnóstico, a cirurgia, o acompanhamento pós-cirúrgico e a reabilitação dos pacientes com problemas relacionados aos ouvidos, nariz, garganta e ciruriga cervicofacial. Implantes cocleares são realizados por uma equipe de três cirurgiões e três fonoaudiólogas especializados no tratamento da surdez, além de enfermeiras, assistentes sociais, fonoaudiólogas e psicólogas. Além do centro cirúrgico, há uma estrutura especial para o atendimento fonoaudiológico, fundamental na avaliação e no pós-operatório, que irá monitorar a adaptação do paciente ao implante, ajustando o grau de audição e orientando o desenvolvimento da linguagem por vários anos. Por ser exclusivamente pediátrico oferece um atendimento integral às crianças, contemplando outras eventuais necessidades, principalmente em relação a doenças graves e síndromes associadas com a surdez.

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