Prevenção é a palavra de ordem no Dia Internacional de Mielomeningocele - Hospital Pequeno Príncipe

Notícias

Prevenção é a palavra de ordem no Dia Internacional de Mielomeningocele

Hospital Pequeno Príncipe é responsável, desde 2013, pelo Programa Appam, que garante qualidade de vida a portadores da doença
25/10/2016

No Dia Internacional de Mielomeningocele, 25/10, o Hospital Pequeno Príncipe chama a atenção para essa doença congênita, que provoca má-formação na coluna vertebral e que também é considerada uma das mais graves anormalidades do tubo neural. Apesar de não ter cura,  com tratamentos específicos e acompanhamento médico  as crianças conseguem chegar à vida adulta tendo uma vida praticamente normal.

dsc_0021
Amarante reforça que é preciso tratar cada paciente de acordo com as suas necessidades individuais.

Por conta da data, é importante reforçar a necessidade de prevenção e de adotar os cuidados necessários. O cirurgião com ênfase em urologia do Hospital Pequeno Príncipe, Antonio Carlos Moreira Amarante, explica que o diagnóstico pode ser feito por meio de exames pré-natal, ultrassom ou logo após o nascimento. De acordo com o especialista, a falta de ácido fólico na dieta materna pode aumentar a incidência da mielomeningocele. Logo quando a criança nasce, ela é submetida a uma cirurgia e precisa de acompanhamento contínuo.

Amarante conta que a fase inicial do tratamento é conduzida pelo neurocirurgião, responsável por fechar a falha da coluna e proteger a medula. Depois disso, a criança fica em observação para perceber se ela desenvolve ou não a hidrocefalia, evitando que ocorra uma lesão cerebral. Por conta da má-formação da placa neural, pode haver defeitos em órgãos internos – bexiga, reto, ânus – como também nos membros inferiores – atrofia muscular, pés tortos e paralisia. Nesses casos, entram em cena os urologistas e ortopedistas, respectivamente.

Depois do fechamento da medula e da correção da hidrocefalia, faz-se um ultrassom para avaliar se há alguma dilatação nos rins e também para verificar como está a espessura da bexiga – com o objetivo de avaliar se a criança tem a bexiga neurogênica. Nesses casos, é preciso fazer com que a pressão diminua, evitando a ocorrência de infecções urinárias e insuficiência renal.

O cirurgião reitera que as mães são orientadas a realizar o cateterismo intermitente nos filhos, por meio de uma sonda, pelo menos três vezes ao dia, além da utilização de remédios para o relaxamento da bexiga. “É preciso tratar cada paciente de acordo com as suas necessidades individuais. Eles precisam estar conscientes de que têm uma deficiência, mas que podem levar uma vida quase normal. Podem trabalhar, ter uma vida social, casar e até ter filhos. Só precisam seguir o tratamento corretamente”, ressalta o médico.

Appam
Desde 2013, o Programa de Apoio, Proteção e Assistência às Crianças e Adolescentes com Mielomeningocele (Programa Appam) – Centro de Reabilitação e Convivência do Hospital Pequeno Príncipe foi incorporado à Associação de Proteção à Infância Dr. Raul Carneiro, mantenedora da instituição hospitalar. O projeto  tem 105 pacientes cadastrados e atende, em média, 60 crianças e adolescentes por mês.

Criado em 1992, o Programa Appam tem no seu grupo de fundadores o médico Antonio Ernesto da Silveira, coordenador de ensino e pesquisa do Hospital Pequeno Príncipe, e sua esposa, Eloí Bruel da Silveira. “É uma alegria muito grande ver o crescimento desse trabalho e lembrar de toda trajetória para que ele fosse possível”, diz o especialista.

Com o objetivo de desenvolver trabalhos integrados de reabilitação para promover a qualidade de vida dos portadores de mielomeningocele, o Programa Appam oferece atendimentos de fisioterapia, hidroterapia, psicologia e serviço social, além de atividades culturais e de informática.

Quem reconhece com muito carinho e gratidão o trabalho de Silveira e toda equipe é o paciente Rodrigo Alencar Wiedehoft, de 32 anos. “A Appam tem uma importância enorme nas nossas vidas e sou muito grato ao doutor Antonio Ernesto e a todos os profissionais que sempre me acompanharam”, fala.

O Programa Appam foi de fundamental importância para Rodrigo Alencar Wiedehoft.
O Programa Appam foi de fundamental importância para Rodrigo Alencar Wiedehoft.

+ Notícias

16/07/2024

Corrida e Caminhada Pequeno Príncipe 2024: veja como foi!

A oitava edição contou com a participação de mais de duas mil pessoas em uma mobilização social que uniu esporte e solidariedade
13/07/2024

ECA: ampliação de leis fortalece proteção contra violência

Entre as atualizações, está a inclusão de bullying e cyberbullying no Código Penal. Neste Dia do ECA, o Hospital Pequeno Príncipe chama a atenção para dados alarmantes destes tipos de violências
10/07/2024

Por que é importante não reprimir o choro?

Hospital Pequeno Príncipe dá dicas de como criar um ambiente seguro e acolhedor para crianças e adolescentes expressarem as emoções
09/07/2024

Sessão de cinema diverte pacientes da hemodiálise

Crianças e adolescentes atendidos no Hospital Pequeno Príncipe saíram do espaço com o coração aquecido e memórias inesquecíveis
08/07/2024

Nota de solidariedade ao hospital pediátrico bombardeado em Kiev

Pequeno Príncipe manifesta a dor pela violência cometida contra pessoas inocentes, dentre elas crianças doentes e hospitalizadas
04/07/2024

Tratamento de efluentes: Hospital e Sanepar assinam parceria

Iniciativa pioneira no país vai testar diferentes maneiras de reduzir antibióticos e combater o surgimento de superbactérias no esgoto hospitalar
Ver mais