Palestra sobre fibrose cística reúne interessados no tema no Hospital Pequeno Príncipe
O Instituto Unidos pela Vida e o Complexo Pequeno Príncipe realizaram na tarde deste sábado o Ciclo de Palestras “Exercício Físico na Fibrose Cística”. O Auditório César Pernetta ficou lotado de profissionais de saúde, estudantes e familiares de fibrocísticos.
Na abertura do evento, o diretor-clínico do Hospital, Dr. Donizetti Dimer Giamberardino Filho, destacou o desenvolvimento das especialidades oferecidas pelo HPP no atendimento de crianças e adolescentes. Ainda informou que o “Hospital está aberto aos movimentos da sociedade em prol do incentivo às pessoas exercerem sua autonomia. Para isso é necessário informação, e o trabalho do Unidos Pela Vida também é nesse sentido e está de parabéns”.
A diretora do instituto, Verônica Stasiak, contou um pouco sobre as batalhas pessoais contra a doença e como teve a ideia de fundar a entidade. Também ressaltou que a fibrose é desconhecida pela sociedade. Segundo ela, “um pouco dessa falha está no diagnóstico da doença já no Teste do Pezinho”. A psicóloga ainda falou sobre o trabalho e os projetos realizados no instituto.
Palestras
A primeira palestrante foi a Dr. Jocemara Gurmini, coordenadora do Grupo de Terapia Nutricional do Hospital Pequeno Príncipe. A médica explicou o que é a fibrose cística, seus sintomas e problemas provocados à saúde dos pacientes. Ela também comentou a respeito das alterações nutricionais e da importância de vitaminas e de minerais no tratamento.
“A alimentação correta, de três em três horas, é fundamental e deve ser hipercalórica e hiperproteica. Assim como é necessária a ingestão de enzimas, e evitar substituir refeições por suplementos”, orientou.
Em seguida, a coordenadora do Serviço de Fisioterapia da Associação de Fibrose Cística do Paraná, Augusta Stofella, abordou a importância da atividade física na vida dos fibrocísticos. Conforme a fisioterapeuta, os exercícios aeróbicos e anaeróbicos trazem benefícios como o aumento da capacidade pulmonar e da força muscular, e se refletem em melhoria da qualidade de vida.
“O ideal é a prática regular de exercícios, ou seja, pelo menos três vezes por semana, no mínimo durante 30 minutos. Eles devem se incorporar à rotina do paciente desde o diagnóstico da doença e ser feitos por toda a vida da pessoa”, recomendou.
O evento foi encerrado por volta das 18 horas, com o relato de dois pais de crianças fibrocísticas.
A doença
A fibrose cística é provocada por um gene defeituoso e que afeta as glândulas exócrinas. Seus sintomas são: pneumonia de repetição, tosse crônica, dificuldade para ganhar peso e estatura, diarreia, pólipos nasais, entre outros. Quanto antes a fibrose cística for identificada, melhor. É possível diagnosticá-la por meio do Teste do Pezinho, entre o terceiro e o sétimo dia de vida do bebê. A confirmação se dá com teste do suor ou por exames genéticos.