Miguel Miranda Romero: o segurança que fala quatro línguas

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Miguel Miranda Romero: o segurança que fala quatro línguas

“Para mim, o Pequeno Príncipe representa esperança, fé e cura. É ter a certeza que o seu filho vai ter o melhor cuidado possível.”
27/03/2023
Miguel Miranda Romero
Há 13 anos no Pequeno Príncipe, Miguel Miranda Romero viu no Hospital uma oportunidade para atuar na área da saúde.

Miguel Miranda Romero desembarcou no Brasil em 1974. Vindo de Santiago, no Chile, o destino inicial era o México – mas, por questões diplomáticas, a família de Miguel decidiu morar em terras brasileiras. Depois de conhecer diversos estados e viver em lugares como Rio de Janeiro e São Paulo, o chileno chegou a Curitiba e não saiu mais. Formado em Fisioterapia e com experiência na área, o profissional fala espanhol – sua língua nativa –, português, francês e inglês. Há 13 anos no Pequeno Príncipe, Miguel viu no Hospital uma oportunidade para atuar na área da saúde. O profissional é segurança na instituição e também faz parte da equipe de treinamento de novos profissionais do setor de Segurança Patrimonial.

Desembarque no Brasil

“Cheguei no Brasil ainda criança. Sempre fui muito próximo do meu pai, então, quando decidimos mudar de país, eu disse a ele que queria morar no Brasil, e ele concordou. Como meu pai era engenheiro elétrico, viajamos muito pelo Brasil, junto com minha mãe, que era professora acadêmica e de línguas estrangeiras, e minha irmã, que hoje é psicóloga. Aprendi a cultura dos brasileiros, o português e, no Brasil, escolhi ser fisioterapeuta. Concluí minha faculdade e trabalhei em diversas instituições de saúde. No país também me casei, com uma brasileira, e tive duas filhas gêmeas, que são enfermeiras. Me acostumei com o Brasil e gosto de morar no país. Mas meu sonho ainda é conhecer os Estados Unidos.”

Chegada ao Pequeno Príncipe

“Quando cheguei em Curitiba, atuei em diversas áreas até conhecer o Pequeno Príncipe. Enviei meu currículo, fiz a entrevista e fui contratado para ser segurança. Adoro trabalhar no Pequeno Príncipe. Quando comecei a trabalhar no Hospital, sonhava sempre com a escada histórica do César Pernetta. Eu deitava e já sonhava, de tanto que olhava para ela durante o dia [risos]. Gosto muito de trabalhar na instituição. A ideia era ficar somente três meses na função e voltar para fisioterapia, mas acabei ficando e estou no Hospital até hoje.”

Diversidade de idiomas

“Eu falo espanhol, português, francês e inglês. Se pudesse aprender outra língua, seria o dialeto nigeriano. Quando chega no Hospital uma família que fala outro idioma, sou eu quem atendo. As pessoas gostam da forma como trato elas, principalmente porque muitas famílias vêm de outras cidades para o Pequeno Príncipe. Então é preciso ter um ambiente acolhedor. Como segurança também conheço muitas famílias. Quando fico no corredor da Cardiologia, faço muitos amigos, tanto pacientes e familiares quanto colaboradores. As mães até falam: ‘Nós vamos voltar, mas só para te visitar.’ É gratificante trabalhar e viver momentos como esses.”

Treinamento a novos profissionais

“Quando realizo treinamento com os novos profissionais da Segurança, passo para eles minha experiência atuando em um hospital pediátrico e sempre reforço a gentileza no contato com os pais. Falo para eles que é importante ter jogo de cintura e entender que o bem-estar dos pais é fundamental. Se ver que um pai ou mãe está com muitas bolsas e está tendo dificuldade para passar a catraca, ofereça ajuda, abra a porta, se necessário. E sempre, sempre, seja gentil.”

Superação

“Depois de quase quatro anos atuando no Pequeno Príncipe, descobri que tinha câncer no intestino. Os médicos falaram que eu tinha que fazer muita radioterapia antes de realizar a cirurgia; caso não fizesse, teria muitas complicações no procedimento cirúrgico. Inclusive, uma médica que me atendeu também disse que ia me acompanhar por mais dois meses, porque depois disso não adiantaria mais nada. Mesmo assim fiz dez sessões de quimioterapia e fui para a cirurgia. O nódulo que eu tinha media de 13 a 14cm na área da perna. Minha cirurgia durou quase 12 horas, e passei a usar bolsa de colostomia. Hoje, dez anos depois, estou bem e vivo.”

“Para mim, o Pequeno Príncipe representa esperança, fé e cura. É ter a certeza que o seu filho vai ter o melhor cuidado possível.”

Olhar humanizado

“Trabalhar no Pequeno Príncipe mudou minha forma de agir e de pensar. No Hospital, aprendi a ser gentil, cuidadoso com os pacientes e familiares e a usar o diálogo diante de conflitos. Me tornei uma pessoa muito mansa e tranquila. Para mim, o Pequeno Príncipe representa esperança, fé e cura. É ter a certeza que o seu filho vai ter o melhor cuidado possível.”

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