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Antonio Carlos Moreira Amarante: um propósito passado por gerações
Vindo de uma família de médicos, o cirurgião pediátrico Antonio Carlos Moreira Amarante já tinha no sangue a missão de cuidar do outro. Mas ele não imaginava que seu destino estava tão perto, já que era atendido por um dos seus avôs no então Hospital de Crianças César Pernetta – atual Pequeno Príncipe – na sua infância. Ao longo de sua trajetória, encantou-se pela urologia pediátrica – especialidade na qual tem orgulho de atuar no maior hospital exclusivamente pediátrico do país e poder transformar a vida de meninos e meninas por meio da técnica, excelência e amor.
Um amor de gerações
“Inicialmente, eu queria fazer Engenharia Eletrônica, mas venho de uma família de médicos, quase todo mundo é médico na minha família – meu pai, meus avós de ambos os lados e meu bisavô paterno. Meu pai me encorajou a fazer Medicina e disse que, se não gostasse, eu podia trancar e tentar outra opção. Mas eu gostei, trabalhei em um departamento de anatomia patológica e acabei achando a medicina a coisa mais legal do mundo. No fim, foi a melhor escolha que eu poderia fazer. Hoje, sei que vou passar o resto da minha vida cuidando de outras pessoas.”
A paixão pela urologia pediátrica
“Ao entrar na faculdade não sabia qual área seguir. Quando fiz a monitoria de cirurgia pediátrica no Hospital de Clínicas, vinha para o Pequeno Príncipe passar visita. Na época, o doutor Sylvio ainda era residente e eu estava no terceiro ano da graduação. Me encantei pela cirurgia pediátrica, porque a gente fazia muita correção de malformações congênitas e sempre tinha muito a ser feito. Fiz a residência de cirurgia pediátrica no Pequeno Príncipe durante três anos e depois consegui uma bolsa de estudos para fazer especialização na Inglaterra, onde tive a oportunidade de fazer plantões na área de urologia e me apaixonei. Quando voltei de lá, resolvi me dedicar à urologia pediátrica, e o doutor Ernesto, que se tornou um grande companheiro de trabalho e amigo, me convidou para trabalhar com ele no Serviço de Urologia Pediátrica do Pequeno Príncipe e, de lá para cá, já se passaram 39 anos.”
A evolução ao longo dos anos
“O Pequeno Príncipe evoluiu muito. Para ter ideia, quando eu fiz residência, só existia a parte mais antiga, do prédio César Pernetta. A parte do Pequeno Príncipe nova era um terreno baldio, que passava um rio dentro; a UTI tinha cinco leitos. Nós dormíamos na casa antiga, tínhamos realmente uma residência aqui – eu só ia para a casa no fim de semana buscar roupas novas e levar outras para lavar. Aqui era, literalmente, minha casa! Por estar 24 horas na instituição, acabei tendo uma experiência muito grande de cirurgia, nunca reclamei de excesso de trabalho, pois aprendi muito. Quando voltei da Inglaterra, já tinha inaugurado a parte nova do Pequeno Príncipe.”
Histórias inspiradoras
“Várias histórias passam por nós e mostram o sentido do que fazemos. Um menino, do Mato Grosso, teve uma complicação bem séria em uma apendicite e acabou parando na minha mão. Mas o mais legal de tudo é que esses tempos ele me mandou o convite para formatura em medicina dele. Foi muito emocionante, porque disse que se tornou médico cirurgião por minha causa. Teve também uma menina que eu fiz uma cirurgia de extrofia de bexiga, e o mais legal foi que, ano passado, me telefonou contando que estava grávida. Ela não é de Curitiba, mas veio para cá e pediu para eu acompanhar o parto. Tudo isso faz nossa profissão valer a pena. É muito gratificante ver que, por meio da técnica, conseguimos dar mais qualidade de vida para os pacientes seguirem seus caminhos, conquistarem seus sonhos. Isso não tem preço.”