Visita ao Hospital serve de inspiração para chefs
Antes de colocarem as receitas em prática e assumirem o controle da cozinha da Noite dos Chefs, os chefs convidados fazem uma visita ao Hospital Pequeno Príncipe. Conhecer a realidade da instituição e ver de perto a batalha pela vida encampada por centenas de crianças e adolescentes fazem com que a participação no evento ganhe um novo sentido: não se trata apenas de uma ajuda naquilo que eles amam fazer, é abraçar uma causa e colocar a gastronomia a serviço dela.
A experiência de imersão faz com que os chefs tenham em mente os pacientes e os serviços do Hospital enquanto preparam cada prato. “Não é só ajudar a quem precisa. A gente se comove vendo todo o trabalho que é feito no Pequeno Príncipe. Eu fiquei encantadíssimo e estou muito feliz em estar aqui participando e ajudando”, diz Ivo Lopes, do La Varenne Gastronomia. “Quando a gente visita o Hospital e sabe de toda a estrutura que eles precisam, a gente fica muito sensível. Não tem como não ajudar”, afirma Ivan Lopes, do Mukeka Cozinha Brasileira.
De acordo com o padrinho e curador do evento, Fabiano Marcolini, a visita ao Pequeno Príncipe passou a ser obrigatória aos participantes de cada edição. Esse tempo que os chefs têm juntos é o primeiro passo para que todos trabalhem em conjunto na cozinha. Cada participante tem liberdade para propor o prato que deseja executar. “A receita é totalmente de cada chef. Eu não dou o menor palpite ou o menor critério. O que eu faço depois é harmonizar um chef com o outro porque o cardápio é sequencial”, explica Marcolini.
A 8ª edição da Noite dos Chefs foi promovida pelo Complexo Pequeno Príncipe em 15 de outubro, no Graciosa Country Club e reuniu cerca de 250 pessoas interessadas em ajudar e contribuir com a causa da saúde infantojuvenil. “Poder fazer o que eu gosto, sabendo que eu vou ajudar, pelo menos um pouquinho, alguém que precisa muito é demais”, afirma Rodrigo do Prado, do Espaço Gourmet Escola de Gastronomia.
Na cozinha
O trabalho conjunto predomina nos bastidores. O esforço das equipes e dos chefs é compartilhado para que todos os pratos estejam prontos e bem executados no momento certo de irem às mesas. “Quem tem saúde e participa de uma vida ativamente, como é o meu caso, tem de saber parar em determinados momentos e se envolver com causas. Nada melhor do que uma causa com crianças, que são o futuro de uma nação”, diz Laurent Suaudeau, do Espaço Cultural Laurent.
O chef Emmanuel Bassoleil, responsável pela cozinha do Hotel Unique e do Skye Restaurante & Bar, participou da Noite dos Chefs pela terceira vez e só neste ano conseguiu visitar o Pequeno Príncipe. “Hoje eu posso falar com convicção, depois de ter entrado e visitado [o Hospital]. Pretendo repetir a experiência sempre que precisarem. Se já vim antes sem conhecer, imagina depois de eu ter conhecido”, diz.