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Vacinação na primeira infância previne doenças comuns
A primeira infância, que abrange o período da gestação aos 6 anos de idade, é a fase crucial do desenvolvimento. Entretanto, o sistema imunológico está em formação, o que torna os pequenos mais suscetíveis a diversas doenças infecciosas, como: sarampo, caxumba, rubéola, coqueluche, poliomielite, hepatite A e B, pneumonia, rotavírus, varicela (catapora), meningite, entre outras.
Segundo o IBGE (censo demográfico 2022), são mais de 18 milhões de crianças de 0 a 6 anos no Brasil. A criação do Mês da Primeira Infância, conforme estabelecido pela Lei 14.617, reforça a conscientização da sociedade sobre a importância da atenção integral nessa etapa da vida.
Nesse sentido, a vacinação ainda nos primeiros anos é a forma mais eficaz de prevenir essas enfermidades e suas sequelas – além de contribuir para a imunidade coletiva, ao evitar o ciclo de transmissão de doenças entre os grupos sociais e familiares.
“Na primeira infância, a criança começa a socializar, frequenta a creche ou a escola, e mantém interação e contato com outras crianças e pessoas, expondo-se a inúmeros agentes infecciosos. Por isso, é fundamental manter a carteira de vacinação em dia, o que garante qualidade de vida e reduz a cadeia de transmissão das doenças”, explica a pediatra e coordenadora do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, Heloisa Ihle Garcia Giamberardino.
- Veja também – Primeira infância: por quê falar sobre essa fase?
Principais vacinas na primeira infância
- BCG
- Hepatite B
- Difteria, tétano e coqueluche
- Sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral)
- Haemophilus influenzae tipo b (Hib), contra meningite e pneumonia
- Poliomielite
- Meningocócica ACWY e meningocócica B
- Pneumocócicas
- Rotavírus
- Varicela
- Febre amarela
- Dengue
- Influenza
- COVID-19
Confira mais detalhes sobre a vacinação na primeira infância, e os imunizantes indicados para as crianças, aqui.
Mitos sobre a vacinação na primeira infância
1 – Depois de um quadro gripal, é preciso esperar de 10 a 15 dias para vacinar a criança?
MITO. Crianças com sintomas respiratórios leves, como coriza ou tosse, ou que estejam recuperando-se de quadros infecciosos anteriores, mas sem febre, podem receber os imunizantes. A contraindicação é somente para pacientes febris. Nesses casos, a recomendação é adiar a aplicação vacinal por 24 a 48 horas, após cessar o quadro de febre.
2 – Quando em tratamento com o uso de medicamentos, a criança não pode receber imunizantes?
MITO. Mesmo na vigência de tratamento com o uso de medicamentos, como antimicrobianos, anti-inflamatórios e até de corticoide tópico, é possível realizar a vacinação.
3 – Não é recomendada a aplicação de mais de uma vacina no mesmo dia, pois a criança pode ter reação?
MITO. A administração simultânea de vacinas indicadas é recomendada, segura e eficaz para todas as faixas etárias. Bebês, crianças, adolescentes e adultos têm capacidade imunológica suficiente para responder a múltiplos antígenos. A administração simultânea deve ser a primeira opção quando está em risco o cumprimento dos calendários de vacinação. Existem vacinas que são combinadas, ou seja, oferecem proteção para mais de uma doença com a aplicação de uma única injeção. Portanto, é possível fazer a aplicação de diferentes imunizantes em um mesmo dia.
Vacinação para toda a vida
Além das crianças, adolescentes, adultos, gestantes e idosos também precisam da proteção conferida pelas vacinas. Para cada faixa etária, é importante manter a caderneta de vacinação atualizada, seguindo os imunizantes indicados no Calendário Oficial de Vacinação do Ministério da Saúde e pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3: Saúde e Bem-Estar (ODS 3).