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Enurese: perda involuntária de urina durante o sono precisa de atenção
As crianças podem adquirir o controle esfincteriano noturno e sair da fralda até completarem 5 anos. A partir dessa idade, a perda involuntária de urina durante o sono é chamada de enurese. A situação é diagnosticada em crianças com idade superior a 5 anos que molham a cama, pelo menos, de duas a três vezes por semana e por três meses.
De acordo com a nefrologista pediátrica Mariana Cunha, do Hospital Pequeno Príncipe, essa situação é comum, afetando até 10% das crianças aos 7 anos. “É importante a família buscar ajuda especializada quando há enurese associada a infecção urinária, constipação intestinal, ausência de controle esfincteriano diurno após os 4 anos, doença neurológica ou, ainda, desgaste psicológico da criança e/ou família”, frisa a médica.
Em mais de 90% das crianças, a enurese tem causa funcional. “A genética influencia muito e se ambos os pais fizeram xixi na cama, a chance de o filho também fazer é de 77%”, comenta a nefrologista. A minoria dos casos tem problemas psicológicos como causa. As consequências, entretanto, estão relacionadas especialmente ao quadro emocional, com baixa autoestima, ansiedade, baixo rendimento escolar e problemas sociais.
Quando o diagnóstico da enurese é confirmado, e dependendo de algumas características do quadro clínico, pode ser indicado o uso de alarme de condicionamento, medicações específicas, sempre em conjunto com as mudanças de comportamento. A psicoterapia é eficaz em vários casos, e situações específicas também podem beneficiar-se com fisioterapia. “A criança sofre com essa situação, por isso é preciso apoiar com paciência, para ela entender que não está sozinha e que o mesmo pode acontecer com milhares de crianças”, finaliza a nefrologista.
Serviço de Nefrologia
O Serviço de Nefrologia do Hospital Pequeno Príncipe é o único exclusivamente pediátrico do Paraná e o único que realiza hemodiálise em crianças no estado. Além disso, é considerado um dos mais completos do Brasil e também oferece diálise peritoneal, transplante renal, hemodiafiltração, plasmaferese e urodinâmica, além de ambulatório geral de nefrologia e ambulatórios especializados para atender pacientes com doença renal crônica em tratamento conservador, litíase, tubulopatias, glomerulopatias, bexiga neurogênica e hipertensão arterial.