Setor de Educação e Cultura do Hospital Pequeno Príncipe completa 18 anos
Um dos focos da atuação do Hospital Pequeno Príncipe ao longo da sua história tem sido a garantia dos direitos fundamentais de crianças e adolescentes também no ambiente hospitalar – o que inclui o direito à educação e à cultura. E dentro desse contexto, a instituição conta com o trabalho de uma área muito especial: o Setor de Educação e Cultura (Educ), que completou 18 anos nessa segunda-feira, dia 2. Pioneiro, o Hospital desenvolve, desde a década de 1980, atendimento educacional aos seus pacientes e, em 2002, o Educ passou a ser o responsável por essas ações.
O Setor de Educação e Cultura promove atividades de acompanhamento escolar, incentivo à leitura, disseminação do conhecimento e oficinas de arte e cultura. São ações que não ficam restritas à sala destinada ao setor, mas que também ganham espaço nos quartos, enfermarias, corredores e ambulatórios, e contam com a participação dos meninos e meninas em tratamento na instituição, bem como de seus familiares e dos colaboradores do Hospital.
Assim, o Pequeno Príncipe se transforma em uma escola diferente, que não tem salas de aula ou horários fixos, e onde a cada minuto um corredor ou um leito se tornam locais propícios à aprendizagem, valorizando as necessidades, potencialidades e desejos de cada menino e menina. O Hospital também se transforma em um grande palco, que encanta crianças, adolescentes e adultos, e contribui com a democratização da cultura.
“Aqui a gente tem a escola dos sonhos, nós não somos enquadrados por uma série de jeitos de fazer que a escola tradicional tem. A margem de inovação em uma escola é muito menor. No Pequeno Príncipe, a gente pode ser o que realmente é. Nós ousamos, inventamos, vamos atrás, buscamos maneiras diferentes de fazer. Pensamos a educação e o processo de aprendizagem de uma maneira que seja envolvente, rica e que traga a criança para a ação”, ressalta o educador e coordenador do Setor de Educação e Cultura, Claudio Teixeira.
Ele também destaca a importância a importância da presença dos pais, que participam juntos das atividades de educação e cultura promovidas pelo setor. “Os pais estão o tempo todo com os pacientes, fazendo a atividade, participando das oficinas, aprendendo juntos. O vínculo entre eles é um momento qualificado”, afirma Teixeira. “Trazer os pais para a aprendizagem é uma oportunidade de compartilharem o que eles sabem. A gente recebe pais que vem do interior e nas oficinas de jardinagem, por exemplo, tornam-se educadores também. Por isso digo que o Pequeno Príncipe é uma escola especial”, completa.
Pioneirismo
O Hospital Pequeno Príncipe é pioneiro no que se trata à educação no ambiente hospitalar. A instituição disponibiliza, desde 1987, atendimento educacional aos pacientes internados. Em 1988, foi o primeiro hospital do Paraná a assinar um convênio com a Secretaria de Estado da Educação (Seed), que passou a ceder professores da rede de ensino para atender os meninos e meninas em tratamento na instituição. Assim, as crianças internadas não ficavam alheias ao conteúdo que continuava sendo oferecido na escola.
As ações foram sendo ampliadas até que em março de 2002 foi criado o Setor de Educação e Cultura. Além das atividades de escolarização, o Educ promove uma intensa programação cultural, com oficinas de música, teatro, cinema, artes plásticas e fotografia, sessões de cinema, contação de histórias e apresentações musicais e teatrais, que proporcionam momentos que encantam os pacientes. Além disso, há projetos que permitem a troca de experiências sobre diversos assuntos – como história, cultura, saúde e bem-estar – e a difusão de saberes.
Somente em 2019, o setor realizou mais de 7,4 mil atendimentos para acompanhamento escolar e 7,9 mil atendimentos culturais e educacionais.