“Foi um prazer”
No fim, os músicos posaram para fotos com as crianças, ainda curiosas com os instrumentos que passaram a conhecer. “A música faz todos se sentirem melhores”, comentou Aloysio Fagerlande, que há 18 anos integra o Quinteto Villa-Lobos. Segundo ele, atividades como a realizada no Pequeno Príncipe fazem parte da rotina do grupo. “Foi um prazer e nos divertimos fazendo isso porque gostamos do que fazemos”, acrescentou.
Quinteto Villa-Lobos encanta pacientes no Pequeno Príncipe
O Quinteto Villa-Lobos, o mais duradouro conjunto musical brasileiro de música de câmara, fez uma apresentação especial na manhã desta segunda-feira, dia 11. Para um público formado pacientes do Hospital Pequeno Príncipe, e seus acompanhantes, pais, avós, eles tocaram e deram uma aula sobre os instrumentos que usam. Foi uma palhinha poucas horas antes da estreia dos Concertos Gols pela Vida, hoje, às 20h, no Teatro Guaíra. No dia 13, quarta-feira, também Às 20h, o espetáculo será no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Na Praça do Bibinha, local da apresentação, crianças e adultos ouviram com atenção, interagiram com os músicos e aproveitaram para gravar tudo em celulares e tablets. Rubem Schuenck (flauta), Luis Carlos Justi (oboé), José Freitas (clarinete), Philip Doyle (trompa) e Aloysio Fagerlande (fagote) intercalaram informações sobre os instrumentos com música clássica e sons bem conhecidos dos pequenos, como a abertura do Sítio do Picapau Amarelo e atirei o pau no gato.
O som aos poucos atraiu mais gente e a praça ficou lotada. Felipe Teles, de dez anos, chegou com cadeira de rodas, mas levantou-se dela para gravar. “Achei muito interessante”, disse. Cleusa dos Santos, de 44 anos, trouxe a filha, Joice, de 13, para uma consulta e as duas aproveitaram para ver toda a apresentação. “Só tinha assistido na televisão”, comentou a mãe. “Já tinha vontade de aprender a tocar piano e violão, agora tenho mais vontade ainda”, acrescentou a filha.
Na primeira fila, meninos e meninas mexiam o corpo ao som da música e respondiam as perguntas feitas pelo quinteto. Jonathan Mogosek, de 12 anos, carregou o suporte com soro e, com o mesmo tablet que vai usar para jogos nos 21 dias previstos de internamento no Pequeno Príncipe, gravou tudo o que viu. “Gostei”, disse. Atento, Alan Pierre, de 5 anos, prestou atenção na aula e, quando os músicos fizeram uma brincadeira para ver quem acertava qual instrumento estava sendo usado, ele respondeu rapidamente “trompa” e ganhou um CD do grupo.
No fim da apresentação, Lara Lang, de nove anos, entregou ao quinteto dobraduras feitas pelas crianças com o grupo de voluntários do Hospital. “Achei muito bonita a música deles”, contou ela, que aprendeu a fazer dobraduras no Pequeno Príncipe e, também pela primeira vez, acompanhou uma apresentação de música ao vivo.